A previsão de uma corrida difícil sob forte chuva se confirmou para a 70ª edição das 24 Horas de Spa-Francorchamps, que contou com o recorde de 72 carros inscritos. Para Augusto Farfus, as baixas temperaturas tiveram seu lado positivo, sendo mais favoráveis ao desempenho da BMW M6 GT3 #42. Correndo ao lado do alemão Martin Tomczyk e do norte-americano John Edwards, o brasileiro conseguiu imprimir um grande ritmo de corrida, avançando muito no grid. Após largarem em 31º, o trio chegou à 3ª posição durante a madrugada - no horário local -, colocando-se como um dos postulantes à vitória. Porém, com cerca de metade da prova completada, o carro #42 foi acertado em cheio por um adversário, com Edwards ao volante, e foi jogado contra o muro, marcando assim o fim da prova para o conjunto do BMW Team Schnitzer.
Farfus chegou para a maior corrida de 24 Horas de GT3 do mundo como o único brasileiro a ter participado das quatro principais provas de longa duração do automobilismo mundial em 2019. Campeão em Daytona, ele também disputou Le Mans e Nürburgring em semanas consecutivas, e chegou à Spa- Francorchamps confiante em um bom resultado, em etapa válida também pelo calendário do Intercontinental GT Challenge (IGTC).
Os primeiros dias de atividades de pista, foram marcados por altas temperaturas, beirando os 40° Celsius. Nas sessões classificatórias, isso acabou interferindo na performance do carro, e eles asseguraram o 31º lugar no grid de largada da prova no tradicional circuito belga.
Já no sábado, a forte chuva esteve presente desde a largada, que teve Tomczyk no volante, com Farfus assumindo na sequência. O brasileiro conseguiu recuperar muito terreno com belas ultrapassagens, e, com seis horas de corrida,
eles já estavam no top-10. Augusto ainda fez um stint triplo durante a madrugada, quando conseguiu alcançar o 3º lugar, e parecia se encaminhar bem para um lugar no pódio. Porém, enquanto Edwards estava no carro, ele foi acertado na traseira por um adversário que perdeu o controle e atingiu o #42. Os danos no carro foram tão severos que o trio teve de abandonar a corrida após cerca de 12 horas de disputa.
A prova ainda foi interrompida com bandeira vermelha por um período, por causa das más condições climáticas, além de várias entradas de safety-car, que marcaram a corrida - vencida pelo Porsche da equipe GPX Racing.
Para Farfus, o próximo desafio no IGTC será as 10 Horas de Suzuka, no Japão, que acontece entre os dias 23 e 25 de agosto.
Augusto Farfus:
“A gente estava bem, sabíamos que o carro na corrida seria melhor, por conta das temperaturas mais baixas, e assim foi. Consegui recuperar boa parte das posições no meu turno, e, num momento, pela estratégia de pit-stops, chegamos a estar na liderança. Mas depois do meu triplo stint na madrugada, quando entreguei o carro para o Edwards, a condição estava muito difícil, muita chuva, aquaplanando, com neblina, e ele foi acertado, o que nos fez abandonar a prova. É uma pena, pois a corrida era bem promissora para nós. Mas tem sido um ano incrível para mim, fui o único brasileiro a fazer todas as principais provas de 24 horas do mundo neste ano, e vamos continuar o trabalho forte já pensando em Suzuka”.
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