A Ford está
pesquisando o uso da celulose certificada como material sustentável para a
produção de componentes dos veículos. O objetivo é buscar soluções como meio de
reduzir a dependência de matérias-primas tradicionais como fibra de vidro e
petróleo. O time de pesquisadores de biomateriais da Ford, nos Estados
Unidos, trabalha em parceria com a Weyerhaeuser, empresa líder em
reflorestamento e em produtos florestais.As fibras de celulose aplicadas nesse
novo composto provêm de árvores plantadas e colhidas de forma sustentável,
contribuindo para diminuir o CO2 e reduzir o impacto ambiental
dos veículos, entre outros benefícios. A pesquisa é voltada para a produção de
compostos plásticos usando fibras de celulose em vez de elementos minerais ou
químicos."O nosso compromisso é aumentar o uso de materiais sustentáveis
em aplicações que beneficiem tanto o meio ambiente como o desempenho do
produto", diz John Viera, diretor global de Sustentabilidade e Meio
Ambiente da Ford.A fibra de celulose é um excelente recurso renovável, que já
conta com uma infraestrutura estabelecida em todo o mundo. Por isso, é um
material ideal para os produtos globais Ford.
As pesquisas
avançadas da Ford mostram que os compostos plásticos feitos com celulose
atendem plenamente as especificações rigorosas da indústria automobilística
quanto à rigidez, durabilidade e resistência térmica. Além disso, esses
componentes pesam cerca de 10% menos, podem ser produzidos de 20% a 40% mais
rápido e com menor consumo de energia, ganhos que poderão se
traduzir também em redução de custos.Há cerca de três anos, a Ford começou a
trabalhar com a Weyerhaeuser para avaliar o potencial uso do composto plástico
de celulose em componentes de veículos. Como possíveis aplicações práticas
foram testados protótipos de descansa-braços feitos com esse material, que tem
alto desempenho e poderá ser usado também em peças externas e sob o capô.
A Weyerhaeuser
supervisiona mais de 20 milhões de acres de florestas certificadas em todo o
mundo e planta mais árvores do que colhe. No último ano, por exemplo, plantou
mais de 66 milhões de mudas como parte do processo de renovação e preservação
de florestas."A parceria desde os primeiros estágios acelerou o
desenvolvimento desse material que tem alta estabilidade térmica, não desbota e
não tem cheiro", diz a Dra. Ellen Lee, especialista técnica em pesquisa de
plásticos da Ford. "Isso é importante porque abre a possibilidade de uso
do material em uma ampla gama de aplicações, com benefícios ambientais em toda
a nossa linha de produtos."
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