Rubens Barrichello teve o primeiro contato oficial com um carro da Stock Car na
manhã desta segunda-feira no Autódromo de Curitiba. O piloto começou a andar às
9 horas, deu algumas voltas e fez várias paradas para receber e passar
informações para o chefe da Equipe Medley-Full Time, Maurício Ferreira, e se
entrosar com o carro e com os membros da escuderia. Apesar de ter andado pouco,
pois terá direito somente a três horas de treinos para conhecer o carro da
principal categoria do automobilismo nacional, Rubinho deixou em aberto a
possibilidade de também participar da prova de Curitiba, no próximo final de
semana, no dia 11 de novembro, em Brasília, além, é claro, da Corrida do Milhão
Goodyear, no dia 9 de dezembro, o motivo que o levou a correr na Stock
Car.
``Quando a gente faz algo com o coração, sempre faz bem feito. Tem
gente que fala de mim na Fórmula 1, mas quantos de lá também tiveram a chance de
guiar um Stock, um carro de uma categoria importante como essa brasileira? Estou
recomeçando a aprender aos 40 anos``, disse Rubinho que ficou 19 temporadas na
F1 e neste ano correu na Fórmula Indy nos Estados Unidos.
Até o final da
tarde ele fará a quantidade máxima de voltas possível e no final do dia realiza
a simulação de uma prova, com 40 minutos seguidos. Até lá, o recordista em
participações na Fórmula 1 (326 corridas) já terá conhecido e se adaptado um
pouco mais o carro de Turismo, algo difícil para quem nas duas últimas décadas
só pilotou monopostos, ou seja, carros abertos e com rodas
descobertas.
``Meu objetivo nesses treinos é me adaptar o melhor que
puder ao carro e à pista, pois não corro aqui em Curitiba desde 1989. Quando
terminar o treino fecho a porta, converso com a equipe e penso direitinho se
faço as outras duas etapas``, completou Barrichello.
Rubinho foi o primeiro piloto a testar, na pista, o novo banco da
categoria. Feito e projetado especialmente para a Stock Car, o banco atual é de
fibra de carbono e com várias outras inovações que os colocam entre os melhores
do mundo.
``Esse banco é mais seguro, então, não tem nem o que falar.
Temos de usar e pronto. É como quando o Hans (Head and Neck Suport) ficou
obrigatório. Machucava um pouco o ombro, mas nos acostumamos. Tudo o que for
para melhorar e dar mais segurança é bom``.
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