A partir de abril de 2014, por meio do programa Inovar-Auto, a Kia Motors passa a ter direito à cota máxima de 4.800 unidades/ano sem os 30 pontos percentuais no IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. A portaria MDIC nº 56 foi publicada hoje no DOU – Diário Oficial da União.“Para uma empresa que comercializou média anual de 52 mil unidades entre 2010 e 2012, a cota máxima de 4.800 unidades/ano não será suficiente. Mas certamente vai contribuir muito para que 2014 seja um ano mais alentador”, analisa José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil.Para que a importadora volte a ter competitividade, 6 mil unidades do Bongo – produzido no Uruguai, portanto também sem os 30 p.p no IPI – serão contabilizadas em 2014. Nas estimativas de vendas da Kia Motors para este ano, Gandini espera obter crescimento de cerca de 3% sobre os volumes de 2013.
“Como fechamos o ano com 29 mil veículos emplacados, ao projetarmos 3% de crescimento, chegaremos a 30 mil unidades em 2014. Para chegarmos a essa projeção, contaremos com a cota de 4.800 unidades e 6 mil de Bongo, sem a alta de 30 pontos percentuais no IPI, e mais cerca de 20 mil unidades com o IPI diferenciado”, prognostica.Segundo Gandini, a Kia Motors do Brasil não aderiu ao Inovar-Auto, instituído em 3 de outubro de 2012, porque apenas como importadora e distribuidora não teria como atender aos requisitos mínimos do programa. “Sem o comprometimento jurídico da montadora sul-coreana, não teria como sustentar o nosso compromisso com o Governo brasileiro em outubro de 2017, quando todas as montadoras e importadoras precisam comprovar a redução de emissões”, argumenta.
Lançamentos – Outro cenário, agora factível, é a efetiva série de lançamentos que a Kia Motors deve fazer ao longo de 2014. Os dois primeiros já estão definidos: o sedã de luxo Quoris em maio e o novo Soul (segunda geração) em junho. Outros, no entanto, como do Cerato Hatch, nova Carens e o Cerato Koup, terão de ser postergados por conta do fator incompatibilidade de preços finais.“De qualquer maneira, agora temos mais alternativas. Com a cota, podemos direcionar os benefícios fiscais para produtos em alto volume ou para produtos de nicho, mas sempre em condições igualitárias em relação aos seus principais concorrentes”, enfatiza Gandini.
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