A re invenção do Sandero
Mudar tudo sem mudar o conceito. Este é da boa formulação, espaço interno,
rodar agradável e de baixo custo e, sobretudo, manter o rótulo de derivado do
Logan, e sua positiva fama de carro perto do inquebrável. O desafio é para o
novo Sandero, imposto a engenheiros e designers da Renault no
Brasil – onde surgiu -, repetir a fórmula sobre a nova plataforma do Logan – e
manter o fluxo de caixa na Renault, com densa representação de 40% nas vendas
da marca no país. A versão anterior do Sandero, ainda em remanescentes unidades
nas revendas, vendeu 500 mil unidades.
O Novo seguiu o caminho aberto pelo Logan, ser montado sobre plataforma
amplamente revista – estrutura; direção, freios, suspensões, e novas sensações
aos usuários, no visual e pelo emprego de melhores materiais e texturas mais
agradáveis ao contato. Implementou o conforto, com ar condicionado automático,
mudança do sistema elétrico antigo para o uso do sistema multiplex, capaz de
suportar todas as atuais exigências e frescuras eletrônicas, sensores,
comandos, interligações – sistema tradicional exigiria fios aos quilômetros. Na
parte relativa à evolução do sistema Media NAV, central multimedia, uma de suas
funções é ser o controle do piloto automático. Não é boiolice tecnológica, pois
demandada em 75% dos Logan. Nele, além, dois programas: um avalia os dados
obtidos durante a condução. Outra aconselha posturas no dirigir buscando
otimizar a economia. Muitas funções, mas não inclui uma, simplória, porém
exigência do dia, a câmera de ré.
No geral, em relação à geração passada, em últimas unidades a preços
induzidos, mudaram-se 80% das peças. Mantém a garantia total de três
anos.Visualmente tem o traço personalizante do novo designer chefe
da marca, com o losango como logo dividindo o painel frontal e a linha lateral
superior, do capô à traseira do carro.
Opções
Motores 4 cilindros, bloco em ferro, cabeçote em liga leve, 1.0, 16 v,
77/80 cv – nota A no Programa federal de redução de consumo -; e 1.6, 8V,
98/106 cv. Decoração em padrões Authentique, Expression e Dynamique. Motor 1.0
mandatório na Authentique, opcional na Expression, indisponível em Dynamique.
Transmissão mecânica por cinco velocidades, sem opção de automática.
Chegado na crise que contrai 15% das vendas, a Renault implementará
vendas do Sandero com equipamentos extra, e instigará melhor relacionamento com
os revendedores da marca. Aliás, no geral, esta crise fere em especial duas
categorias: fornecedores de auto peças e revendedores.
O Novo Sandero mantém a regra adotada pelo Logan. Mudar, deixando de ser
simplório instrumento de mobilidade, para ganhar equipamentos e confortos para
elevar-se no mercado, incorporando mais cuidados construtivos e itens de
conforto.
Quantos
|
R$
|
Authentique
|
29.890
|
Expression 1.0
|
34.990
|
Expression 1.6
|
38.590
|
Dynamique
|
42.390
|
Na prática a opção mais equilibrada, especialmente por itens de conforto
e segurança, é a Expression 1.6
Argentina permite os fora de série
Uma aragem de bom senso automobilístico perpassou a Argentina. Seu
Congresso aprovou projeto dos deputados Paula Bertol e Eduardo Amadeo,
autorizando a re fabricação de veículos antigos e a produção de esportivos. A atividade,
na qual os argentinos tem inegável talento, estava vedada pelo cartorialismo
latino: para impedir que velhas estruturas mecânicas de ônibus recebessem
carrocerias novas e fossem assim considerados, colocando em perigo usuários e
terceiros pelo uso de mecânicas desgastadas, passaram o rodo de maneira ampla e
irrestrita, barrando os carros de pequena produção ou, como lá dizem, AFF
– armados fuera de fabrica.
Boa parte da talentosa mão de obra se dispersou, e a restante
dedicava-se a executar bordados jurídicos-mecânicos, fazendo interpretação
artesanal dos desvãos legais. Na prática, usar o martelo e o taço para ocupar a
lacuna da lei. Outros aplicavam-se a apenas produzir para exportações, mercado
factível a poucos, equilibrando-se no garrote legal que, embora não vedasse
formal e legalmente a produção, impedia o licenciamento, situação responsável
por praticamente inviabilizar os que não ousaram interpretar o texto legal.
Nova legislação para o setor exige cautelas técnicas – para réplicas,
projetos e aprovações originais -; em criação, mesma base em técnica e
responsabilidade.
A atividade, segundo associação dos fabricantes e os parlamentares que a
defenderam, sustentava 1.000 famílias, tem seu píncaro nos Pur Sang, imbatíveis
réplicas de Bugattis e Alfa Romeo, construídas em Paraná, a 400 km de Buenos
Aires, fabricação manual de verdadeiros clássicos, incluindo motores e toda a
estrutura mecânica !
Outra referência, vencedor ex piloto, Nestor Salerno, instalado nas
beiradas do desativado aeródromo de San Torquato - 50 km da Capital -, produz
réplicas de puros sangue, como Ferrari GTO – um destes alcançou ano
passado, em leilão italiano, US$ 8,2M – 1/3 do valor venal de um dos 27 GTO
originais. Mesmo Salerno tem credenciamento da Lotus, ao tempo do mítico
fundador Colin Chapman, para produzir – não é réplica -, o lendário Lotus
Seven.
A barreira legal inviabilizadora foi afastada e a produção pode ser
retomada.
Roda-a-Roda
Negócios – No processo de juntar facilidades e sinergias, reduzir custos, garantir
sobrevivência, a Daimler – entenda Mercedes – e a Aliança Renault-Nissan
investirão 1B Euros na fábrica Nissan de Aguas Calientes, México.
Produtos – Efetivarão a fórmula imaginada – como contou a Coluna ao
início de 2013 - da fábrica Nissan em Rezende, RJ: montar Mercedes. No caso,
desenvolverão motor e plataforma comum para as duas marcas. Produção Nissan em
2017, Mercedes 2018, pico de capacidade 300 mil unidades em 2021.
O que - Infinity diferente dos conhecidos, mas veículo de menor porte,
cupê, sedã e novo utilitário esportivo dividindo plataforma e motores com os
sucessores dos Mercedes classes A, B, GLA e CLA.
México ? – Mercados dos EUA e Canadá à mão, custos industriais menores,
ausência de inimigos climáticos, e boa política comercial com o mundo. Dentre
os latinos, os mexicanos detém as melhores condições.
Controle – Renault assumiu 67% das cotas da empresa que controla a AutoVAZ,
maior fabricante russa – faz os Lada.
E ? - Osamu Suzuki, 85, mais um ano à frente da Suzuki. Companhia
familiar, sucessão pouco clara, maior percentual de lucro no setor ano passado.
Tais condições podem auxiliar as negociações com a Fiat Chrysler.
Pânico – A GM chamou a re call mais 4,8 milhões de veículos.
Não consegue saber a extensão dos problemas, acidentes, perdas e mortes pela
economia sem higiene de diminuir componentes da fechadura de ignição. Seja qual
for a extensão do problema, custar-lhe-à muito, e o governo estadunidense, após
torrar US$ 10B dos contribuintes para salvá-la, não bisará o socorro.
Resultado – As falhas que motivam os re calls dão prejuízo,
matam, fazem trocar presidentes. Desequilibram o caixa e, em tal volume,
desestimulam os acionistas a aplicar poupança nas empresas para indenizar erros
de engenharia ou omissão assumida. Os eventos com a Toyota e a GM devem mudar
as regras mundiais de procedimento.
Mini Truck – É como se enfeita a denominação dos mini picapes chineses. A
Lifan, com montagem no Uruguai, traz seu modelo Foison, com tentativa adequação
às características brasileiras e às operações de manutenção.
E ? – Difícil inventar em tais caminhõezinhos, mas o Foison tenta:
motor 1.3, 85 cv, 11,3 kgf.m de torque -, contra demais motores 1.0; caçamba
maior, 2,80mx1,52mx0,33m, para 800 kg. Duas versões: básica, R$ 34.900, e completa,
com ar condicionado e direção assistida, R$ 37.990.
De volta – Conhecida atualmente como fabricante do bem bolado esportivo Atom, a
Ariel, marca sobrevivente e ativa quando produzia motocicletas com motores de
quatro cilindros, entre 1930 e o fim da década de ’50s, voltou à atividade de
fabricar motos. Faz a Ace.
Montando – Configura as motos sob encomenda, com variáveis em seu chassi
exposto, em alumínio polido, suspensão, mantendo motor comum, o Honda V4 VFR
1200. Não tem rádio, aquecedor nas manoplas, para brisas ... É pura performance
e adrenalina. Seletiva, entre 100 e 150/ano, a US$ 34.000.
Preparativos – Grupo
Chrysler iniciou veicular informações na Internet para instigar mercado e
consumidores à novidade do novo Cherokee, e cadastro para informações.
Totalmente novo, motor Pentastar 3.200 cm3 e 270 cv, transmissão com 9 !
marchas. Outubro, pré Salão. Mais ? www.jeep.com.br
Mais do mesmo – Como esperado Governo Federal manteve contido
– e honesto - IPI sobre os veículos. Com eleições, sem certeza de êxito
peto-lulista, e dispensa de mão de obra no setor, não é hora de fomentar
preços.
E Mais – Ford marcou data para assinalar a nova operação de sua controlada
Troller, fabricante de jipes no Ceará: fábrica arrumada e ampliada, novo
produto já em fabricação: 15 julho.
Idem – Fiat idem para o novo Novo Uno. 1o. de agosto.
Ecologia – Novo acessório para quem passa muitas horas no carro, o Casecar tem
série de compartimentos para guardar objetos. Reciclado, feito em couro
ecológico, mede 21 cm x 31 cm e custa R$ 29. Afim?
Socorro – Utilidade pública trazida pelo grupo ARBR – a turma internética dos
proprietários de Alfa Romeo. Se, na faina de manter antigos, você ingerir
gasolina, não beba leite. A capacidade de absorção de pequena quantidade deste
combustível, é baixa. Assim, deixe quieto, de repouso. Volume de 20 ou 30 ml,
recomenda ida imediata – sem dirigir - ao Pronto Socorro para avaliar
necessidade de lavagem estomacal.
Leite – É maléfico, no aumentar a capacidade de absorção pelo sistema
digestivo e reduzir vômito espontâneo. Com gasolina, maior perigo é o inalação.
Prêmios – Usual em festivais de propaganda,
como o de Cannes, são filmes de lançamento, campanhas de venda ou
institucionais de produto ou marca. A Volkswagen mudou a escrita: na campanha
pelo fim, o Deslançamento da Kombi, ganhou 7 prêmios. Criada
pela marca com a AlmapBBDO, sua agência de propaganda. Para ver, www.vw.com.br/kombi
Vitória – O desafio auto imposto pela
Mitsubishi, subir o Pikes Peak, corrida montanha acima, no Colorado, EUA,
trouxe vitória à marca com seus dois carros elétricos, os MIEV III. A prova é
de grande repercussão no mercado estadunidense. Os Miev utilizaram quatro
motores elétricos, 603 cv, tração integral, e a marca tem pouca participação
nas vendas de elétricos.
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