O Porsche GT3 Cup Challenge Brasil participa nesta semana do Congresso SAE
Brasil 2012, no Expo Center Norte, em São Paulo, como expositor de equipamentos
e ideias. Na terça-feira, dia de abertura dos trabalhos no Pavilhão Vermelho,
Dener Pires fez parte do painel sobre automobilismo, entitulado "O apoio das
montadoras e sistemistas ao motorsport", e expôs aos espectadores como funciona
o evento automobilístico do qual ele é diretor. Foram quase duas horas de
conversa e troca de informações.
Em seu discurso inicial, Dener contou
que o Porsche GT3 Cup Challenge Brasil tem uma ligação de mão dupla com a
montadora alemã. "Nossa troca com a Porsche é praticamente simuntânea", disse.
"Temos uma equipe que cuida de quase 50 carros. É um grande laboratório para a
Porsche na Alemanha. Não existe uma equipe que cuide de tantos carros.
Conseguimos, então, ter uma avaliação bem fina do que acontece. Já a Porsche nos
passa as novidades, nos alerta sobre o que pode acontecer."
O diretor
afirmou que, na Porsche alemã, se aproveitam nos automóveis de passeio
conhecimentos e tecnologias das pistas. "Como os carros de rua da Porsche já são
extremamente esportivos, dá para entender quando alguma coisa chega às pistas e
depois é desenvolvida para os veículos de rua", declarou Dener, que ressaltou
que no Porsche GT3 Cup Challenge Brasil o objetivo é a obtenção da maior
igualdade possível entre os carros.
De acordo com Dener, o campeonato é
também uma oportunidade para jovens engenheiros mostrarem serviço: "Vimos chegar
às nossas categorias um monte de gente com capacidade, mas que não havia
conseguido colocar seus conhecimentos em prática. Outros não os tinham, mas os
adquiriram lá dentro".Também participou do debate Nonô Figueiredo,
piloto-consultor do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil, que falou um pouco sobre
seu trabalho: "É muito gratificante e me sinto privilegiado por fazer parte da
estrutura do Dener. Esse trabalho de consultor é difícil, porque uma coisa é
você saber fazer, outra é ensinar. Com a estrutura que o Dener oferece, que
inclui um carro com banco de passageiro e rádio, o instrutor e o piloto em
treinamento conseguem conversar ao mesmo tempo que este melhora seus
procedimentos". Nonô e outros pilotos-consultores também são responsáveis por
fazer os testes pré-corrida nos carros.
No Congresso SAE Brasil 2012,
evento sobre inovações tecnológicas do setor da mobilidade que vai até esta
quinta-feira, o Porsche GT3 Cup Challenge Brasil tem um estande. Lá estão
expostos um caminhão Volkswagen 24.250 que, em fins de semana de corrida, é um
laboratório de preparação de motores e câmbios e dois Porsches de competição, os
de Ricardo Baptista e Sylvio de Barros, atualmente líderes das tabelas de
pontuação das categorias Cup e Challenge, respectivamente.
O baú do caminhão é
uma espécie de corredor, em que o público entra pela lateral, vê a "oficina
móvel", passa por uma exposição de fotos da categoria e sai pela parte traseira,
dando de cara com os dois 911 GT3 Cup."Esse caminhão é usado para
reparos de caixas de câmbio, motores e qualquer componente mais delicado do
carro", disse Dener. "Ele permanece isolado o tempo inteiro no autódromo, com
profissionais brasileiros, mas treinados na Alemanha, dentro dele. Ele não só
serve para o reparo de problemas, mas também para análises do que ocorreu para
que possamos usar as informações preventivamente. Se fizéssemos isso em um box,
não teríamos a mesma agilidade e precisão."
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