Sentar-se de maneira correta ao volante é uma das
premissas para direção segura. Infelizmente, alguns vícios se formaram ao longo
do tempo e o principal deles tornou-se modismo. Algumas pessoas até acham que
dirigir com os braços esticados demonstra capacidade de guiar melhor que os
outros. Ledo engano. Esse é, de fato, o posicionamento menos adequado e a
maneira mais fácil de perder o controle do carro numa manobra. Também pode
levar o motorista a sentir dores nas costas e dormência nas pernas, em especial
durante longas jornadas.
Existe um método simples para conseguir o melhor
posicionamento. A perna esquerda esticada tem que acionar todo o curso do pedal
da embreagem e o punho tocar o ponto mais alto do volante. Automaticamente os
braços ficarão arqueados, formando ângulo um pouco menor que 90 graus com os
antebraços. Altura do cinto de segurança, nos carros que possuem regulagem,
deve permitir que a fita superior passe no meio do ombro. E, por fim, ajustar a
altura do apoio de cabeça no mesmo nível dos olhos.
Assim se encontra a forma confortável de dirigir e, em
caso de acidente, garante a interatividade máxima entre cinto de segurança e
bolsa inflável.Quem pode comprar um automóvel com banco de comando
elétrico terá, em breve, uma nova tecnologia de pré-ajuste automático que
permite determinar a posição baseada no porte físico do motorista.
Especialistas em ergonomia da Johnson Controls desenvolveram um algoritmo capaz
de comandar os motores elétricos e mover assento/encosto para a posição
confortável e segura.
Pesquisas apontaram que as regulagens exatas de distância
e altura podem exigir algo mais do que se adaptar ao comprimento das pernas e
torso do motorista, em razão das diferenças do complexo esqueleto humano. Mudar
um parâmetro pode impactar outras variáveis. Mas foi possível habilitar um
programa capaz de “pensar” critérios de ajustes, depois de mais de 100 testes
com diferentes biotipos.Participantes do desenvolvimento classificaram a posição
regulada automaticamente como boa. Aqueles mais exigentes executaram pequenas
intervenções suplementares, a fim de atender a preferências pessoais e melhorar
a sua nota para muito boa.
Foi criado, ainda, um aplicativo que permite ao condutor
registrar a sua altura em um telefone inteligente e transmitir ao comando do
banco. Alternativamente, as informações podem se inserir no console central do
veículo. Também é possível uma câmera de bordo medir o tamanho do motorista,
antes mesmo de ele entrar no carro, e assim o banco se autoajustar.
Outra facilidade é armazenar os dados do cliente de
locadora ou de uma frota de serviços e enviar um sinal para o posicionamento
correto. Pessoas de estaturas diferentes que utilizam o carro da família também
apreciarão esse conforto adicional, sem a habitual perda de tempo para mudar
regulagens.“Conectividade nos veículos significa mais que acessar a
internet ou informações de rota. Conforto e segurança também podem ser
aumentados. Banco com pré-ajuste automático é um bom exemplo de interface
inteligente homem-máquina”, resume Andreas Eppinger, vice-presidente da
empresa.
PERFIL
Fernando
Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e
consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de
comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É
publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda,
correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
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também através do twitter: www.twitter.com/fernandocalmon
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