Renegade,
um jipinho, muitos planos
Apresentado
no Salão de Genebra, o pequeno Jeep Renegade foi interpretado por várias
ópticas: pelos estadunidenses, pretensiosa excentricidade – italianos
fazendo Jeep para vender nos EUA ? e substituir os locais, menores da marca,
Compass e Patriot ? -; para os italianos, orgulho por reagir e sediar
parte da produção; resto do mundo, incluindo China e Rússia, futuros
produtores, interesse.
No Brasil,
no atacado, pelo primeiro produto e fornecedor de partes a outros veículos a
ser montados sob o sol marinho de Goiana, Pe, na nordestização das operações de veículos leves.
No varejo, o crescer da marca Jeep com produção no Brasil.
Para a
Jeep roduzir em Pernambuco não é chegada, é retorno. Já esteve ali, Jaboatão, a
partir de 1965, pioneirismo da Willys Overland, com o CJ5, terceira geração da
marca, montado, exatamente na instalação industrial que permitiu à Fiat
enquadrar-se em peculiar legislação de incentivos, instigadora da neo operação
pernambucana.
Renegade
Não é um
jipinho. É a mescla das engenharias e dos saberes da Fiat e da Chrysler, com
finais ajustes de suspensão e direção pela Fiat Automóveis no Brasil. Jeitoso,
a nosso país tem roteiro comercial tentativo, uma das bases para o sucesso do
projeto. Dele a Fiat quer vender mundialmente em 2015 nada menos que 150 mil
unidades.
Assim:
Lançamento –
primeiro trimestre de 2015;
Distribuição –
rede Jeep formada por revendedores Chrysler e Fiat;
Preços –
versão de base projetada entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, topo de habilidades
balizada em R$ 100 a 110 mil.
Versões –
base com motor nacional Fiat 1.6 EtorQ, transmissão manual, cinco marchas,
tração em duas rodas.
Acima,
câmbio automatizado, detalhes de decoração, eletrônica, tela multifuncional,
dois tetos em placas removíveis.
Topo com
apropriações à versão superior Trailhawk para o mercado dos EUA, como maior
altura livre do solo – no Brasil deve ser 25 cm -, e um dos sistemas de
tração total no esquema, o Jeep Active Drive Low, com cinco opções para
condução – Auto, Neve, Areia, Barro e Rocha. Neste, para galgá-la, redução de
20:1.
Diesel – Também virá, permitido legalmente
pela tração total. No cimo da tabela, motorização italiana, diesel VM,
indefinida entre três ou quatro cilindros, injeçãoCommon Rail –
pressão de 1600 atmosferas, turbo de geometria variável,
12 ou 16 válvulas, mono comando no cabeçote, eixos contra rotantes – para
anular as vibrações. Três cilindros, 1.500 cm3, 81 cv e 240 Nm de torque.
Quatro cilindros, - um três cilindros mais um -, 2.000 cm3, 160 cv e 350 Nm
de torque.
Curiosidade nestas versões é a transmissão
automática com 8 ou 9 velocidades.
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Honda Fit, coisas vistas e não vistas
Tá na cara, dirão os cariocas, da grande mudança
externa do Fit, recém lançado pela Honda. Data venia, irretorquíveis
alterações prima facie, dirão advogados ... Na prática a atualização
estética do menor dos Honda é claramente perceptível. Tanto, a marca aplicou o
insólito verbete sinapse para apresenta-lo na TV.
Mudou
muito em aparência e habitabilidade. Na plataforma, pouco, 3 cm na distância
entre eixos, medida de conforto. Porém, grosso modo, parece ter baixado o teto,
puxando a organização interna para trás, ocupando, via para choques, mais 10 cm
em comprimento. Agora quase 4m - um Fusca. O interior, em releitura, é trunfo
ao uso pelos arranjos com os bancos, e oferece mais espaço.
Motorização
padronizada, extinguiu o inexplicável motor 1.4. Restou o 1.5 em quatro
cilindros em linha, transversal, dianteiro, 1.500 cm3, 16 válvulas, comando com
abertura variável. Flex, faz 115 ou 116 cv a álcool, a 6.000 rpm – imagino,
o perfil de seus usuários nunca atingirá tais valores. Torque, de 14,8 para
15,2 e 15,3 quilos (álcool), a elevados 4.800 rpm. O sistema I-VTEC, criado há
décadas para melhorar a performance dos motores de Fórmula 1, desvia a dificuldade
mecânica dos com baixa cilindrada e 16 válvulas - uma ausência, uma dúvida
existencial, um não-estou-nem-aí quando o motorista demanda, e o motor demora a
ouvir e reagir. Nas baixas rotações utiliza 8 válvulas e, no embalo, entram as
16 completando a disposição.
Relativamente
à edição passada – algumas unidades em liquidação nas revendas -, houve ganho
operacional. De relevo, suprimiram o tanquinho de gasolina, auxiliar de partida
no motor a álcool. Agora a tubulação se aquece. Era, ao lado do macaco, uma das
anciliaridades ligando o automóvel a passado distante.
De
finitudes, foi-se a transmissão automática, hidráulica. Voltou a de polias
variáveis, agora com acoplamento hidráulico e não por embreagem centrífuga. A
elaboração leva o carro à Classe A de consumo no Inmetro, a faixa mais
econômica.
E ?
Coerente,
contido, reações quase previsíveis, silencioso, econômico, durável. Prazer
de conduzir ? Não. Uma senhora japonesa não dança tango. Porém isto é
exigência de estamina, de testosterona, compostos químicos de pouco perceber em
suas usuárias. O Fit é feminino – apenas estes seres superiores confiam
exclusivamente no pedal do freio para deter o automóvel, sem adjutório do freio
motor pela transmissão por polias ... Caixa de marchas mecânica, por engrenagens,
restrita às versões de menor preço. Nestas, transmissão por polias é opcional,
porém única nas versões melhor equipadas.
Mais
Há
aspectos importantes no Fit. Avulta o ter sido definido a ser líder da marca,
passar o Civic, até agora líder Honda no Mercosul. Das médias 5.000
unidades/mês, querem dele vender 6.000 mensais. Outro dado, consequente, é sua
bi localidade. É, e será feito em Sumaré, próxima a Campinas, SP, e também em
nova unidade, em Itirapina. Sua família - Fit, City, e o pequeno utilitário
esportivo para 2015 quer espaço no mercado. Operação muito rentável, pois
custam caro, entre R$ 50 mil na versão DX aos R$ 66 mil na de topo ELX – nada a
ver com os negócios do ex-tudo Eike Batista.
Razão
Curioso,
quando autoridades arrancam os cabelos ou desmancham o penteado para, sem criar
projeto de renúncia fiscal, resolver o problema do estoque e vendas de
automóveis, e ante as ameaças de dispensa de mão de obra, a Honda não passa
dificuldades e projeta expandir vendas em 20% ante contração de todas outras
marcas. Paulo Takeushi, discreto diretor executivo de relações institucionais
da marca, se declara preocupado com o mercado. Mas reage à pergunta do não
haver crise com as japonesas, expondo, na Honda não há azar, crise ou sorte,
mas felicidade por ter planejado produção e vendas dos modelos e novidades 2015
de maneira confortável para a marca e seus revendedores.
Coluna passada
informou, mesmo com Carnaval atrasado e Copa do Mundo parando a atividade econômica
do país, o Civic renovado está chegando.
13 de
maio, o Dia do Automóvel
Sabido, o
13 de maio marca o fim da escravatura. Desconhecido, dá início ao
rodoviarismo, o Dia do Automóvel, formalizado pelo Decreto 24.224, de 11 de
maio de 1934. Assinado por Getúlio Vargas, ditador-presidente, oito anos após a
inauguração da Rio-Petrópolis, primeira estrada pavimentada no Brasil.
Washington Luíz, presidente à época da inauguração, paulista, rotulou seu
governo com a frase Governar é construir estradas.
Usar o
automóvel para ligar gentes e lugares teve local exponencial no ligar a capital
federal, e a turística Petrópolis, a cidade imperial, de lazer por amena
temperatura. A estrada, com muitas obras de arte, implantada na serra por
iniciativa dos sócios e do Automóvel Club do Brasil, foi a primeira pavimentada
no país.
Sem
tecnologia, seguiu-se o caminho estadunidense da época, fazendo-a em concreto –
com cimento importado. O Automóvel Club, sociedade privada, ao criá-la cumpria
estatuto, no reunir e promover o uso dos automóveis, símbolo de status mesclado
poder e capacidade de locomoção.
Frota,
quase 15 mil automóveis e 5 mil caminhões, incentivava o uso dos automóveis.
Antes, para ir a Petrópolis, o carioca de posses ou vencia os lamaçais da
Baixada Fluminense, as valas e as crateras da Serra, ou cedia à incoerência da
praticidade: colocava o automóvel numa prancha da Estrada de Ferro Leopoldina –
também pioneira e privada -, usava o confortável vagão Pullman, fazia a viagem
de trem.
A data foi
instituída no IV Congresso Nacional de Estradas de Rodagem, Rio, dezembro,
1926, com pomposo nome de “Dia do Automóvel e da Estrada de Rodagem”. 88 anos
depois não há o que comemorar: o Brasil não produz único automóvel de projeto
nacional. Nossas estradas, mais caras e fugazes do mundo, lembradas a cada
buraco ou emenda superfaturada.
Roda-a-Roda
Telhado
– No fim o estoque dos Kia Soul 2a.
versão. Nova remessa mostra-los-á bem mudados: carro de nicho, concorrente do
Mini – em preço irá de R$ 69 mil a R$ 89 mil.
Marketing – No
lançar novo Mustang Ford faz invejável campanha de eventos. Desde desmontar,
levar as partes, e montá-lo ao alto do Empire State Building, atração turística
de Nova Iorque, até desafiar cinco famosos designers a criar,
cada um, três modelos de camiseta. Produção pela Loomstate, do ramo.
Mundialmente disponíveis.
Preferência
– Sedã Citroën C4 Lounge marcou em abril 1.014
vendas, 45% sobre números de março, em 2014 superando VW Jetta, Renault
Fluence, Mitsubishi Lancer, Hyundai Elantra, Kia Cerato. Das vendas, 65% é com
motor Turbo THP, 165 cv.
Razão – Em
abril Citroën vendeu sem juros em financiamento com 50% de entrada, atrativo
seguro, revisões com preço fixo. C 4 Lounge é muito agradável em uso.
Surpresa – Chegado
em outubro, novo Nissan Sentra cresce em vendas, em abril com recorde
histórico: 1.481 vendidos. Terceiro dentre os sedãs médios.
Razões - Diz a
Nissan segredo está em moldá-lo ao gosto do brasileiro, ser equipado, agradável
de uso, e ter preço: entre R$ 63.690 e R$ 75.490.
Mercado – Em
produção de veículos Abril superou Março em 1,6%. Pouco. Não muda o cenário ou
estoque, e a Anfavea, associação dos fabricantes, busca socorro e solução sob o
guarda chuva do governo federal.
Começou –
Primeiro afago, suspender vigência da obrigatoriedade de chip de
localização nos veículos. Justificativa, aumento de custo, inadequado ao
momento de retração de vendas. A Presidente Dilma não parece convencida da
necessidade, dos resultados, e da invasão de privacidade. Obrigação deve cair.
Incentivo –
Governo estuda o como retomar vendas, premido entre a renúncia fiscal pela
redução de impostos, e não frear o desemprego no setor.
Mercado –
Anuário da Associação de Locadoras, indica a Fiat como maior fornecedora de
carros novos para locação. Envolve 2.596 empresas e cerca de 530 mil
automóveis.
Quem - Em
percentual, da frota disponível, além de Fiat (26,8%); VW tem (21,2%); GM
(14,4%); Renault (9,4%); Ford (7,4%); e Toyota (1,3%). Restantes montadoras e
importadoras 19,2% dos automóveis da frota.
Conjuntura –
Aproveitando o clima, Honda fez pintura verde e amarela em suas motos mais
populares, as CG. Não as chamou de Copa pois, utilizasse o nome, deveria
pagar royalties à FIFA, que hoje nos dita e faz regras.
Atacado –
Renovando linha, a Valtra – marca da multi Agca nos tratores originados na
Valmet -, aproveitou exposição agrícola em Brasília, e lançou 18 ! modelos,
leves, médios e pesados.
Recall –
Range Rover Evoque 2014, chamada para checar lanternas frontais, em atrapalho
eletrônico. O Evoke, queridinho do momento, tem mazelas importantes:
risco de ruptura das fixações do braço de ligação da suspensão. Anula o sistema
eletrônico de estabilidade, e impede pelo motorista. Mais? 0800
012 2733,www.landrover.com.br, http://portal.mj.gov.br/recall.
Mutirão
– Patrocinadora, a Continental, de pneus, aproveita
os deslocamentos durante a Copa para implantar mutirão de informação e
consciência a frentistas e motoristas sobre a importância em calibrar os pneus
e a influência em segurança, economia e redução de poluição. Em S Paulo e sua
vizinha Jundiaí.
Conjuntura –
Indústria de peças para fábricas de automóveis e caminhões, Empresas Randon dão
um tempo. Adaptam folgas, afastamentos, Copa do Mundo. A Fras Le, de freios, e
a produção de vagões ferroviários não foram afetadas. Demanda continua.
Começou – Felipe Nasr, o promissor piloto brasiliense, testador, terceiro piloto da equipe
Williams de Fórmula 1, e competidor na Fórmula GP2, venceu a prova que
antecedeu o GP da Espanha. Saiu em sexto lugar, na segunda volta assumiu a
liderança. É esperança nacional para a Fórmula 1.
Charme –
Confirmada, de 18 a 23 de junho, feriado de Corpus Christi, o Brazil’s
Classic Fiat Show, patrocínio da montadora mineira e mais elegante dos
encontros brasileiros de automóveis antigos. É o tradicional Encontro de Araxá,
MG, com a coragem de organizá-lo, ante a Copa do Mundo no período.
Outro – À
data, outro encontro em Águas de Lindóia, SP, divisão desnecessária de público.
Em Araxá, durante o Fiat Classics, eleição para presidência da Federação
Brasileira de Veículos Antigos, órgão que pretende regrar a atividade no país.
O desgaste dos dois eventos disputando o mesmo público exibe a ineficiência da
entidade e levanta antiga questão sobre a desnecessidade de sua existência, um
ônus sem bônus.
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