A Embraer Aviação Comercial divulgou hoje, no
Singapore Airshow, a previsão de mercado para a região da Ásia-Pacífico, que
inclui a China. A Companhia acredita que as companhias aéreas vão encomendar
cerca de 1.570 novos jatos no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20
anos (no valor de USD 75 bilhões, a preços de lista), o que representa 25% da
demanda mundial para o segmento no período. De acordo com as perspectivas
globais de mercado para o segmento de 70 a 130 assentos divulgadas pela
Embraer, nas próximas duas décadas, todo o mercado vai demandar 6.350 novos
jatos a categoria, que é avaliada em USD 300 bilhões no período.
O mercado da Ásia-Pacífico se tornará mais rico,
competitivo e aberto, estimulando ainda mais as companhias aéreas a buscar
maior eficiência do sistema, diferenciação de marca e melhores níveis de
serviço. Neste contexto, o segmento de jatos de 70 a 130 assentos desempenhará
papel fundamental no apoio ao desenvolvimento intra-regional na Ásia-Pacífico.
“Estamos mostrando às companhias aéreas o benefício de
afastar-se de um mercado lotado e buscar oportunidades em mercados que estão
atualmente carentes, ou sem serviço algum, onde os rendimentos são também mais
fortes, passando de um a dois dígitos”, disse Paulo Cesar Silva, Presidente
& CEO, Embraer Aviação comercial.
A região da Ásia-Pacífico tem experimentado rápido
desenvolvimento social e econômico nas últimas décadas. A expansão acima da
média da economia da região, com uma taxa de crescimento anual do PIB projetada
em 4,1% para os próximos 20 anos, combinada com o aumento da urbanização e
mudanças nos padrões demográficos, resultará em aumento do rendimento familiar
e aumento dos gastos discricionários, incluindo viagens aéreas.
Segundo aponta o estudo, a ascensão das companhias aéreas
de baixo custo (Low Cost Carrier - LCC) foi uma resposta direta e natural para
o aumento da demanda por viagens aéreas na região na última década. Porém, o
grande aumento de capacidade tem influenciado os preços das passagens e criou
uma nova dinâmica: um ciclo vicioso, onde rendimentos menores forçam custos
unitários mais baixos, levando a aeronaves maiores que adicionam capacidade, o
que leva a taxas de ocupação mais baixas e descontos maiores nas tarifas.
Reduzir as tarifas para compensar a queda de passageiros tem limites, e
concentrar-se principalmente nas receitas auxiliares não é uma estratégia de
negócio sustentável. Já há sinais de saturação; apesar do crescimento de 8,6%
no número de passageiros por quilômetro transportado (RPK, na sigla em inglês)
em 2015, estima-se que as operadoras da região tenham obtido uma margem líquida
que de apenas 2,9%, em média, impulsionado pelo preço mais baixo do petróleo. A
rentabilidade permanece indefinida para as empresas asiáticas que enfrentam o
desafio de excesso de capacidade.
A Embraer vê oportunidades inexploradas na Ásia-Pacífico,
onde mais de 250 mercados, ou 30% dos mercados exclusivos de narrow-bodies, são
servidos com menos de uma frequência diária. Mercados como estes seriam melhor
servidos com jatos de 70 a 130 assentos, com base no número médio de
passageiros por decolagem. Além disso, 37% da capacidade intra-regional é
oferecida por turboélices em rotas com cerca de 400 quilômetros, que são mais
adequados para operações com jatos, devido à maior produtividade, melhor
economia operacional e conforto superior aos passageiros.
A substituição de frotas mais antigas é outra
oportunidade na região, onde existem mais de 250 jatos na categoria de 50 a 150
assentos com mais de 10 anos de idade, que se tornarão alvos para substituição
no futuro próximo.
A Embraer Aviação Comercial está presente em 11 países da
Ásia-Pacífico, com mais de 20 clientes e mais de 200 aeronaves voando na
região. A família de E-Jets já registrou mais de 1.700 pedidos e mais de 1.200
entregas até à data, e está em serviço com cerca de 70 clientes de 50 países.
No segmento de 70 a 130 lugares, a Embraer tem uma participação global de
mercado de 51% das encomendas e 62% das entregas desde 2004.
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