Referência mundial em sustentabilidade e preservação do
meio ambiente, a unidade da General Motors em Joinville (SC) comemora três anos
de operações amanhã, dia 27 de fevereiro. Com mais de 218 mil motores
produzidos nas versões 1.0 e 1.4 litros, destinados à fábrica da GM de Gravataí
(RS), que são usados nos modelos Onix e Prisma, e cabeçotes de alumínio. No ano
passado, a produção atingiu 121.357 unidades.
Entre as diversas inovações existentes, destacam-se a energia
fotovoltaica, o uso racional da água e da energia elétrica, tratamento de
esgotos por meio de jardins filtrantes e tratamento de água por osmose reversa.
Em março de 2014, Joinville foi a primeira fábrica do setor
automotivo da América do Sul a conquistar a certificação internacional de
construção sustentável Leadership in Energy and Environmental Design (Leed
Gold) e a segunda a receber a certificação entre as fábricas da GM no mundo.
Durante o processo de certificação, foram consideradas as práticas e
iniciativas sustentáveis da construção civil em diversas fases; da concepção do
projeto à operação. Um dos requisitos era reduzir em 10% o consumo de energia
em toda da fábrica. A GM de Joinville conseguiu obter uma economia de 13,8% e
deixa de emitir anualmente cerca de 120 toneladas de CO2.
A fábrica também reutiliza 26 mil metros cúbicos de água/ano,
volume equivalente ao consumo de cerca de 100 residências. Em outubro do mesmo
ano, atingiu o status zero resíduo para aterro, reciclando, reusando e
convertendo em energia todos os resíduos das suas operações diárias.
Produção valoriza meio ambiente
O processo de manufatura de montagem dos motores conta com linha paletizada
automática, controle à prova de erros e 100% de controle eletrônico de torques.
Já a usinagem dos cabeçotes conta com centros de usinagem CNC e flexibilidade
para reconfiguração rápida de produtos. O controle de qualidade conta com
processo amparado pelo laboratório metrológico CMM e 100% de rastreabilidade de
produção. O teste a frio dos motores não utiliza combustíveis e tem zero de
emissões de gases e seus parâmetros são controlados por computadores.
Ainda na área da qualidade, para manter as rígidas tolerâncias nos processos de
usinagem e montagem dos novos motores, todo o galpão industrial tem temperatura
e umidade controlados.
Alinhado com o conceito de se buscar a máxima eficiência
energética no uso de equipamentos, o sistema de ar-condicionado tipo VRV
(volume de refrigerante variável) proporciona uma redução substancial no
consumo de energia por meio do monitoramento interno dos níveis de CO2 para
controlar o volume de ar externo de renovação em função da ocupação.
O sistema de compressores de ar com variador de velocidade e secador por
adsorção - seca o ar por reação físico-química - é 8% mais econômico comparado
à ASHRAE, norma norte-americana que regula o assunto.
O ambiente interior conta com luz natural e dimerização (controle automático do
nível de luz artificial), monitoramento da qualidade de ar, além de controle de
temperatura do ar. E ainda, o sistema de iluminação interna é de alta
eficiência e toda a iluminação externa é feita por sistemas de LED.
Energia gerada por sistema inédito
O inédito sistema implantado na unidade da GM em Joinville, conta com a
instalação de 1.280 módulos fotovoltaicos que ocupam uma área de 2.115 metros
quadrados, e gera energia para toda a unidade industrial. A energia gerada por
este sistema equivale ao consumo de 220 casas, e evita a geração de 10,5
toneladas de CO2 por ano.
Aquecimento solar garante economia
O sistema de aquecimento solar na unidade de Joinville tem capacidade para
fornecer 15.000 litros de água quente por dia, o equivalente ao consumo de 750
pessoas. A economia prevista por ano pode chegar a 8.800 m3 de gás natural – ou
ainda, ou 7.190 Kg de GLP ou 96.100 kWh -, evitando a geração de 17,6 toneladas
de CO2 por ano. Esta iniciativa supre as necessidades dos vestiários e cozinha.
No final de semana, com a produção parada, cerca de 15% a 20% do consumo de
energia é suprido por energia solar.
Uso racional da água evita desperdícios
Todas as instalações dos sanitários da unidade da GM em Joinville são dotadas
de torneiras e descargas de baixo fluxo, com sensor ou temporizador. Outra
iniciativa de uso racional de água e também de energia é o sistema conhecido
como “Wetland” (Jardins Filtrantes), considerado altamente sustentável no
tratamento de esgotos, já que não utiliza produtos químicos. Na verdade, ele
usa e a vegetação adaptada ao local e integrada à paisagem para o tratamento
dos efluentes. Tem baixo consumo de energia, remove 90% dos poluentes e
apresenta reduzida geração de resíduos sólidos.
Os jardins filtrantes ocupam uma área de 650 m2 do total dos
3.500 m2 ocupados pelo sistema de tratamento de efluentes e geram uma
expressiva economia de energia elétrica, - superior a 60% se comparado a uma
instalação convencional de 124 MWh/ano – deixando de gerar 3,6 toneladas de CO2
por ano, além de o custo de implementação ser bem menor que uma convencional do
mesmo porte.
Mais qualidade por meio da Osmose Reversa
A tecnologia de tratamento de água por Osmose Reversa produz uma água de
excelente qualidade, muitas vezes superior à da água de origem, que permite
aplicação industrial irrestrita, com baixa salinidade e condutividade e isenta
de micro-organismos.
Ele permite o reuso de até 26 mil m3 por ano de água,
evitando o consumo de água potável suficiente para abastecer o equivalente ao
consumo de 100 casas populares. A água tratada com elevado teor de pureza é
utilizada para fins não potáveis, como processo industrial, sanitários,
irrigação, jardinagem e lavagem de pisos.
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