Coluna 3817 - 22.09.2017
edita@rnasser.com.br
|
Honda Fit se aprimora para 2018
Pela Internet Honda apresentou a linha 2018
para seu bem sucedido Fit. Uma espécie de Geração 3 e ½, identificada
visualmente por alterações nos para choques, faróis e grade frontal. Mudança
principal, relatada na Coluna passada, foi o incremento em
itens de segurança usuais a versões de maior hierarquia. Segue o caminho
traçado nos modelos equivalentes nos EUA e Europa.
O ESP, iniciais do sistema de
controle de estabilidade; o TC, controle de tração – artifício faz
a transmissão arrancar em marcha fraca para evitar patinagem -; o manjado
assistente de partida em rampa, o Hill Holder; e luzes de freadas
emergenciais, são itens eletrônicos cujo crescimento na escala de uso permite
reduzir preços e tornar-se atrativos mesmo ante o lento crescimento de
aceitação e demanda pelos clientes brasileiros. A postura mercadológica pelo
emprego de itens eletrônicos de segurança talvez encontre justificativa ante as
exportações para a Argentina. O aliado do Mercosul pressiona o governo
brasileiro para exigir o ESP nos produtos nacionais – o Brasil remancha,
titubeia, engasga para regulamentar a obrigatoriedade. Somos lentos em adotar
legislação pró segurança.
Versões
São quatro degraus de conteúdo e preço, mas
há padrão básico: parte dos equipamentos listados, o pequeno motor L4, 1,5
litro, i-VTEC, variador de sincronia e abertura das 16 válvulas, 116/115 cv com
gasálcool e álcool, flex; transmissão automática CVT, com polias variáveis;
novo sistema de direção elétrico; freios ABS, o sistema anti bloqueio -, com
EBD, distribuidor eletrônico da pressão hidráulica forçada pelo pisar no pedal
do freio. Em segurança, cintos com ancoragem em três pontos para todos os
passageiros, e fixadores Isofix para cadeirinha infantil.
A tecnologia vem-se democratizando, como
exposto na escalada de conteúdo. Na versão básica DX, exceção está no uso de
quase órfã transmissão mecânica de 5 marchas – um mico ‘a hora da revenda, e obrigatório par de almofadas de ar
frontais. Versões superiores, transmissão automática por polias deslizantes, o
sistema CVT, com simulação para sete marchas, com acionamento por alavanquinhas
sub volante. Na EX, além das bolsas de ar frontais, também as há laterais. Em
seguida EXL amplia o oferecimento com bolsas laterais tipo cortina, totalizando
seis unidades. Nas duas versões superiores, ar condicionado digital.
Topo, a EXL contém novo módulo multimídia com
conexão para SmartPhones Apple Car Play e Android Auto.
A novidade fica por conta da versão Personal,
partindo de R$ 68.700 e permite a combinação de equipamentos pelo consumidor,
optando por um item, sem pagar por todo pacote de versão superior.
Quanto custa
Versão
|
R$
|
DX
|
58.700
|
Personal
|
68.700
|
LX
|
70.100
|
EX
|
75.600
|
EXL
|
80.900
|
Novidade é a versão Personal, admitindo
escolha pontual dos itens sem a necessidade da compra de pacote completo.
Experiência à busca de resultados.
TVR Griffit surpreende mantendo tradição
A TVR, quase desaparecida, depois
vendida ao russo Nikolay Smolensko, foi recomprada por grupo britânico.
Construiu nova fábrica, formulou novo produto, pequena capacidade de produção,
500 unidades anuais. Outra, a MacLaren, mesmo diapasão, mas apta a entregar
3.000 unidades/ano. Marcas inglesas, outrora míticos exemplos de britanicidade
são comandadas por capital estrangeiro: Rolls-Royce, BMW; Bentley, Volkswagen;
Jaguar Land Rover, da indiana Tata; Mini, BMW; Lotus, investimento malaio...
Projeto para performance, emprega materiais leves
para estrutura e carroceria, muito compósito em carbono, aço e alumínio colados
sob pressão, consegue segurar o ponteiro da balança em 1.250 kg. É mais leve e
menor ante concorrentes Porsche 911, Jaguar F Type e Aston Martin Vantage.
Projeto primoroso com apoio da Gordon Murray
Design, autora do projeto da Mc Laren, motor Ford Coyote V8 5 litros
desenvolvido pela Cosworth, aspirado produz 500 saudáveis e longevos cavalos,
com a característica de durabilidade, aversão a oficinas, e grandes intervalos
entre revisões. Entre eixos dianteiro permite excepcional distribuição de peso,
sonho de qualquer projetista: 50% em cada eixo. Tração traseira, transmissão de
seis velocidades.
Aerodinâmica privilegiada para estabilidade e
refrigeração dos freios. Rótulo principal, deve ser visto como o último grito
de uma tecnologia em descenso, a dos carros puramente movidos por motor a
combustão interna, sem engenhos elétricos para hibridizá-lo.
Série de lançamento, a Launch
Edition, porta revestimento em couro; rodas leves em desenho especial,
pintura exclusiva, grande painel incluindo tela por toque, e botão de arranque
imitando os utilizados nos jatos disparadores de foguetes, com pequena tampa a
ser basculada para permitir premer o botão.
Projeto, charme, quase exclusividade não custam
caro neste universo de carros personalizantes e de performance: 90 mil libras –
uns R$ 381 mil. Caro ? Não, em tempos de Lava Jato, merreca. As malas do importante Dr. Geddel
permitiriam para comprar 133 Griffith, quase 4 meses da produção do
automóvel, e surfar entre seus fiéis eleitores baianos.
Roda-a-Roda
Pesquisa – Fiat desenvolve soluções para manter
a liderança do Strada dentre picapes pequenos. Uma delas, preservar a
plataforma atual, resistente, testada, trocando a cabine por outra. Uma das
possibilidades, a do Mobi. Questão é segurar custos para evitar concorrer com o
Toro, líder na categoria superior.
Ajustes – Nas adequações sugere-se contrair a relação
de versões, limitando o Strada a duas portas e poucos equipamentos. E
simplificar o Toro para reduzir preço e conquistar clientes dos Strada das
antigas versões mais equipadas.
Conforto - Citroën confirmou lançamento próximo
dia 10 da van Jumpy, montada no Uruguai, objeto de informações
na Coluna 1117, aos 15.março. Formato inicial
de furgão – após, passageiros -, e característica principal e diferenciativa do
projeto é um olhar automobilístico sobre a ergonomia, a posição de conduzir,
comandos, e os dois passageiros. Quer destacá-lo como o de maior conforto para
usuários – motorista e auxiliares – ou caronas.
De volta – Da Coréia SsangYang confirmou volta
do país. Como Coluna informou anteriormente, retorno será
através de polivalente Venko, responsável pela chegada da chinesa Chery ao
Brasil – após a marca chinesa assumiu a operação. Importações a partir do
cancelamento do super IPI. Representação com prazo de 10 anos. Produto inicial,
inescapável SUV.
Vantagem – Governo Federal baixou Medida
Provisória satisfazendo concessionárias das estradas. Os investimentos nas vias
– obras de arte, duplicação, etccc – não cumpridos nos últimos 5 anos terão
mais 9 para ser viabilizados.
Razão - Generosidade dar-se-á com o dinheiro
do usuário, pois a tarifa cobrada para cobrir os investimentos não realizados,
em vez de ser suprimida, será mantida. Há triste frase a definir nossa
concessiva estrutura legal: no Brasil quem faz a lei é a mãe do bandido.
Boa idéia – Jornalistas Scheila Canto e Paulo Cruz
realizam segunda edição do Salão do MiniAutomóvel, interessante mescla de
automóveis em várias escalas, desde 1:87 até 1:1, no caso Nissan GT/R e Chevrolet
Camaro.
Fórmula - São mais de 4.000 unidades dos
modelos em escala. Caminho novo ao juntar carrinhos de brinquedo e de verdade,
com apoio dos fabricantes. No Shopping do Bosque, até set.24, Campo Grande, MS.
Ampliação – Toys for Boys Brasil,
importadora de brinquedos para homens, ampliou linha de produtos. Além de
automóveis esportivos, aeronaves e iates, traz, sob encomenda, lanchas Tigé.
Fórmula 1 – Mudanças redesenham a principal
categoria do antomobilismo:
União McLaren Honda abriu. Equipe
inglesa utilizará motores Renault. O asturiano Alonso permanecerá na equipe;
Toro Rosso com Honda –
Parece um meio termo para negócio maior, fornecer à controladora Red Bull em
2019;
Sainz Jr saiu da Toro Rosso, indo para a Renault;
Kubica não irá para a Renault. Piloto finlandês
procura equipe;
Recorde – Irv Gordon,
79, ex professor de Nova Iorque, coleciona recorde sempre aumentado, o de ter
dirigido a maior quilometragem, num mesmo carro, em uso privado. Com Volvo
P1800 de 1966, sólido e charmoso sueco recém completou 5M de Km, e no período
retificou-o apenas duas vezes. Um recorde.
Celebridade – Transformou-se em referência para
recomendar cuidados, manutenção em oficina autorizada, lubrificante indicado
pelo Manual, de qualidade e troca nos intervalos nele indicados pela
fabricante.
Mas – Porém, todavia, entretanto, sempre os
há, o até então indestrutível motor do Volvo não resistiu ao descompromisso
feminino. Razão descoberta pelo velho mecânico do automóvel, Da. Gordon, também
provecta condutora, não soltou o freio de mão; rodou até queimar as lonas de
freio; forçou o motor até debulhá-lo. Problemas não são solitários: ao saber da
notícia, o velho mestre enfartou.
Concept One. Mercedes-AMG escreve o manual dos
Hypercars
Mercedes-AMG surpreendeu o mundo apresentando seu
novo ponto de exclamação, o Concept One. Mescla tecnologia de carros da Fórmula
1 com as mais recentes conquistas de tração elétrica. Resultado prático,
um gran turismo classificado como Hypercar, muito acima dos
concorrentes escreve as regras para a nova categoria.
Três motores elétricos – 120 KW, 160 cv em cada
roda frontal, o terceiro tocado pela ponta do virabrequim do motor entre eixos
traseiro – ciclo Otto, V6, 1,6 litro, o dos carros da Mercedes na Fórmula 1.
Limite de giros e potência reduzidos relativamente aos carros de competição
para oferecer durabilidade e confiabilidade ao uso nas ruas e estradas, e o
turbo passou a ser elétrico, um motor com 80 kW – uns 107 cv - novo caminho
para este soprador de potência.
Confiança patente, após longos 50 mil km motor e
câmbio são retirados e, como nos Fórmula 1, inteiramente desmontados para
aferir desgaste.
O Concept One, nas palavras de Thomas Moers, CEO da
Mercedes-AMG, é o primeiro automóvel a tornar a tecnologia de Fórmula 1
utilizável nas vias, e a tomada de ar do motor expõe tal herança. O
comportamento dinâmico também busca semelhanças. Com mais de 1.000 cv de
potência, o conjunto de quatro motores o impulsionam do Zero aos 200 km/h em
menos de 6s – o Bugatti Chiron, com 1500 cv fazem 6,2s; velocidade final de 350
km/h. Transmissão para as rodas traseiras, com 8 marchas, embreagem por
monodisco seco. Dianteira por tração elétrica.
Outros dados: supera os Fórmula 1 em estabilidade;
suas baterias pesam 100 kg; marcha lenta reduzida de 4.500 rpm para 1.100 rpm;
funciona com gasolina de 95 octanas, como a Podium nacional; usa pneus Michelin
Pilot Sport Cup 2 285x35x19 à frente e 335x30x20 atrás. Projeta-se a construção
de 275 unidades a US$ 2,7M – uns R$ 8,4M - na Inglaterra, onde
produzido.
Não é apenas um degrau acima do pico dos
esportivos, mas bandeira para exibir tecnologia a migrar para os futuros AMG e
Mercedes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário