Os dados de
emplacamentos das empresas filiadas à Abeiva - Associação Brasileira
das Empresas Importadoras de Veículos Automotores, em 2012, mostraram
expressiva desaceleração de 35,2% em relação ao desempenho de 2011. Foram
emplacadas 129.205 unidades contra 199.366 veículos do ano anterior, enquanto
mercado interno anotou crescimento de 6,1%, passando de 3.425.738 unidades
emplacadas, em 2011, para 3.635.065 unidades em 2012.
Com esse
resultado, a participação de importadores oficiais, no mercado brasileiro,
significou 3,55% em 2012. Ao considerar somente o segmento de importados, as
associadas à entidade anotaram market share de 16,48% em 2012, do total de
913.351 veículos importados, enquanto as montadoras locais responderam por
83,52%, o equivalente a 784.146 unidades emplacadas no ano.
Ao isolar
somente o desempenho de vendas em dezembro do ano passado, os dados de
emplacamento da Abeiva indicaram crescimento de 15,7% em relação ao mês de
novembro. Foram 9.309 unidades contra 8.137. Ante o mês de dezembro de 2011, a
queda foi de 51,4% (9.309 x 19.151unidades).
“Experimentamos
em 2012 o pior ano da história de 22 anos do segmento oficial de importação de
veículos automotores no Brasil. A partir de setembro de 2011, quando foi
anunciado o Decreto 7.567, responsável pela diferenciação da alíquota do IPI de
30 pontos percentuais entre carros nacionais – incluindo os de procedência do
Mercosul e do México – e os importados, o nosso setor sofreu duro impacto. Fato
que se consolidou com o Programa Inovar-Auto, decretado no dia 3 de outubro de
2012”, analisa Flavio Padovan, presidente da Abeiva.
Das 29 empresas
associadas à entidade, somente três conseguiram obter resultados positivos, 23
marcas amargaram índices negativos e três ainda não iniciaram suas atividades
operacionais. Do quadro associativo da Abeiva, 26 empresas solicitaram
habilitação ao Programa Inovar-Auto, das quais Bentley, BMW, Chery, JAC Motors,
Porsche, Rely, SsangYong, Suzuki e Volvo já obtiveram aprovação, como newcomers
ou apenas importadoras.
Na avaliação de
Padovan, “a situação de nossas associadas BMW, Chery, JAC Motors e Suzuki, esta
já em fase de lançamento do veículo nacional, está bem definida. Outras deverão
anunciar fábrica brevemente. Mas a maioria não terá condições de instalar
fábrica noPaís. Com o super IPI ou com o benefício parcial por meio de cota do
Inovar-Auto, o setor oficial de importação vai durante realidade de mercado nos
próximos quatro anos”.
De qualquer
maneira, a primeira estimativa de vendas para 2013 é de 150 mil unidades, 16%
mais em relação às 129 mil unidades de 2012, mas muito abaixo do desempenho de
2011, quando o setor oficial de importação de veículos automotores chegou a 199
mil unidades.
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