Coluna
1315-27.03.2015 edita@rnasser.com.br
Renegade, da
Jeep, redefine os SUV
Jeep, marca de
volta à operação industrial no Brasil, entra no mercado com o pé direito: grande
fábrica em Pernambuco, área de produção de autopeças, processos de manufatura
otimizados. Começa com o Renegade, primeiro de sua escala de produtos, e por si
só uma vitória: é um Fiat com decoração e parte do DNA Jeep, mas é assim visto
até mesmo pelos executivos norte americanos à frente da parte Jeep na FCA.
Produto mundial, mesma estrutura dará origem a novos produtos, um deles
substituindo os atuais modelos Patriot e Comando.
Como toda
novidade está distante dos concorrentes atuais, com equipamentos como tela
maior de navegação, faróis em xênon, suspensão independente nas 4 rodas, Park
Assist, o manobrador automático, freio para arrancada em subida, freio de mão
com acionamento elétrico. Em segurança o modelo feito em fábrica ex-Fiat, em
Melfi, Itália, passou pelo teste EuroNCap.
Terá quatro
versões de decoração e conteúdo: Simplesmente Renegade; Sport; Latitude e
Trailhawk – esta com maior distância livre do solo. Mecânica com motor 1.8
flex, base BMW aprimorado e flexibilizado pela Fiat, e agora novo cabeçote para
maior torque em rotações inferiores. Outro motor, diesel, 2.0 e 190 cv. Três
transmissões: mecânica 5 velocidades; automática com 6; e automática com 9,
estas para as versões com tração nas quatro rodas. Desta renca de marchas, a
saída faz-se em segunda marcha, e a primeira é utilizada em casos extremos,
quando, por exemplo, o condutor pede a marcha reduzida. Não é engrazada numa
caixa de redução, mas apenas engrena e retém a primeira velocidade,
extremamente reduzida, a 20:1. Ampla gradação de preços, de R$ 66.900 a R$
116.900.
Tem a diferença
de contar com a opção do motor diesel e transmissão com 9 velocidades, único
destes conjuntos no setor – a Ford poderia ter feito isto com o
EcoSport, mas bobeou. O conjunto a par da extrema economia operacional, - a
120 km/h, em nona, estará a 1.000 giros, rotação quase marcha lenta - confere
reações quase esportivas, como acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 9s e
cravar 190 km/h como velocidade final.
Nova etapa
Não é apenas um
produto adicional no mercado, um simples lançamento, mas a volta de uma das
marcas pioneiras na indústria automobilística no Brasil – aqui os Jeeps
começaram a ser montados em 1948. Como marca não é recente, necessitando de
crença, mas uma das mais emblemáticas, com produto que abriu seu próprio caminho.
O grande pacote inclui o atrevimento da mixagem de tecnologias italiana da
Fiat, e da Jeep, para fazer um produto mundial para ser o de menor preço.
Tem grandes
pretensões, de levar imagem a habilidades a segmento onde não estava presente
por tamanho e preço, sendo uma das âncoras de amarração ao sucesso da operação
de sobrevivência da Fiat e salvação da Chrysler e sua marca Jeep.
Diz a fábrica, é
a reinvenção do segmento. Para o Brasil é mais, é o emprego uma região de ralo
emprego de mão de obra, sua qualificação, o recolhimento de impostos.
Jeep é Jeep, não
é jipinho
O segmento dos
utilitários esportivos, ampla gradação misturando morfologia com habilidades –
ou falta delas -, batizando-os genericamente SUVs ou pior ainda de jipinhos, é
o de maior crescimento. Tanto, permite imaginar, um ano de contração geral de
vendas, terá expansão. As 134 mil unidades vendidas em 2014 devem crescer a 180 mil, calcula Sérgio Ferreira , diretor geral da operação
Chrysler/Dodge/RAM/Jeep.
Ano passado os líderes foram Ford EcoSport e Renault Duster, vendendo respectivos 53 mil e 47 mil unidades. Neste exercício mexida geral no setor: Duster reformulado no
grupo óptico; EcoSport com novo motor e câmbio enfrentarão Honda HR-V, o Jeep
Renegade, e pela beiradas haverá o Peugeot 2008.
Após o
lançamento dos três novos competidores, o mercado não será mais o mesmo, e a
liderança do EcoSport e os picos do Duster no setor serão apenas registro em
história. Por ser novidades e por característica e conteúdo, as fatias deste
bolo serão redesenhadas. No caso do Renegade, por ampla configuração, conteúdo
e versões, conquistará vendas em todos os segmentos. As versões diesel, com
transmissão automática absorverão a clientela órfã do Mitsubishi TR4, e tomará
algumas unidades ao Troller – outras serão pinçadas pelo Suzuki Jimny, capaz
das mesmas artes, porém custando metade do preço. Prejudicará diretamente o
Duster 2.0, exigindo reposicionamento e preço menor.
Por
características Jeep deveria fazer uma campanha para interessados comparem sua rolagem
com a do Eco e do Duster. A suspensão independente nas 4 rodas, direção com
assistência elétrica, suspensão e direção acertadas primorosamente o tornam
muito mais agradável de uso contra Duster e Eco, ambos com tração simples.
Quantos R$
versão
|
motor
|
câmbio
|
||
Simplesmente
Renegade
|
1.8
|
Manual
|
5
marchas
|
66.900
(+)
|
Sport
|
1.8
flex
|
Manual
|
5
marchas
|
69.900
|
Sport
|
1.8
flex
|
Automático
|
6
marchas
|
75.900
|
Sport
|
2.0 diesel
|
Automático
|
9
marchas
|
99.900
|
Longitude
|
1.8
flex
|
Automático
|
6
marchas
|
80.900
|
Longitude
|
2.0 diesel
|
Automático
|
9
marchas
|
109.900
|
Trailhawk
|
2.0 diesel
|
Automático
|
9
marchas
|
116.900
|
(+) lançamento em
90 dias
Agenda positiva
ex-governo
Neste
princípio de re-governo que não deixará saudades a ninguém, quando o país
desgovernado convive com más notícias econômicas e a falta de perspectivas,
medidas, planos ou projetos, curiosamente a única boa notícia econômica não vem
do governo, mas da iniciativa privada. Grande fábrica em região pobre, norte de
Pernambuco e sul da Paraíba, empregadora por si só e pela instalação de vizinho
parque de produção de auto peças, recolhedora de impostos, movimentadora da
roda da economia. Estamos a quase 90 dias do governo Dilma 2, e a única
novidade positiva não vem de quem recolhe impostos e os gasta muito e ma, mas
de quem os recolhe. RN
Roda-a-Roda
Martelo – Surpresa no leilão dos ativos e restos da De
Tomaso, fábrica italiana de esportivos. Ofertas em torno de 500 mil euros,
dispararam na disputa entre holdings
chinesa e outra com base em Luxemburgo, a L3. Ganhou com lance de 2 milhões e
cinquenta mil euros e a proposta de voltar a funcionar, recontratar 360
funcionários, e fazer esportivo com motor traseiro.
Cadastro – A empresa com operações na Itália e base
fiscal em Luxemburgo, é do ramo: é dona da Lotus, competidora da Fórmula 1.
Propõe fazer esportivo com motor traseiro. Curioso abandonar o sedã Deauville,
projeto recente da Pininfarina, encomendado e pago pela administração anterior.
Caminho – Governo argentino vai atrás e instiga Nissan
fazer picape Frontier em seu país. Seria na fábrica da Renault, em Santa
Isabel, Córdoba. Efetivado, sedimentaria na mesma usina a produção do picape
Renault tratado como Raptur, aproveitando a base Nissan – como na Coluna da edição passada.
No freio – Má situação para os BRICS com crescimento
apenas para China e Índia. Brasil sinaliza encolher impensáveis 25%, e Rússia
caiu 20% em 2014. Lá, GM através da Opel, freou, parará produção, suprindo
presença com importados.
Mais - No cenário governo russo disponibilizou auxílio de
US$ 166M para indústrias locais fazer ponte até 2016. Ford mantém sua aposta;
coreana SSang Yong suspendeu exportações, e Nissan, por queda de vendas, parou
produção.
Liderança – Norbert
Reithofer, presidente do Conselho da BMW, acredita na manter liderança no
mercado Premium em 2015, incluindo recorde de faturamento, vendas e lucros
antes dos impostos. Calca no leque de modelos e na soma das operações MINI,
Rolls-Royce, e motos BMW.
Briga – Mercado
dos veículos alemães Premium em briga embolada. BMW vendeu 1,82M em 2014, Audi
1,7M e Mercedes 1,6M, ambas em crescimento.
Férias – Acima da disparada do Euro ? Vais a Paris
até 10 de maio ? No bater pernas pela Avenida Champs Elisées, pare no
número 42, o DS World Paris. Lá, exposição da jóias da designer Nathalie Colin, da Casa Svarowski, conhecida pelos
cristais, e em torno do Divine DS, carro conceito da nova marca.
Tempero – Hyundai fará série especial de 3.500 unidades
do HB20. Itens para sugerir esportividade, como saias laterais e difusor de ar
na traseira, rodas em desenho exclusivo. Cuidou do conforto com comandos de
rádio no volante, tela de 7”. Nas versões de 2 e 4 portas hatch, 1.0 e
1.6. Simples, 1.0, transmissão manual R$
44,450. Equipado, 1,6, automático, R$ 53,545.
Racionalidade –
Para difundir a necessidade de racionalização do uso da água, Mercedes-Benz
realiza campanha dentro de sua fábrica matriz, em São Bernardo do Campo, SP. Dá
exemplo no economizar anualmente 84 milhões de litros – nos últimos 10 anos
reduziu consumo em 20%.
Festa – Em mais
de seis décadas, da simplória montagem à produção, VW fixou seu emblema em 22
milhões de veículos – destes, exportou mais de 3,3 milhões. Agora em processo
de nivelamento internacional, tem um produto global em cada uma de suas
fábricas.
O que – Modernos
motores EA 211 de três e quatro cilindros em São Carlos; novo Jetta em São
Bernardo do Campo; up! em Taubaté, em São Paulo, e fará o novo Golf em São José
dos Pinhais, Pr. Em motores já produziu 23 milhões.
Espartano – No
processo de revitalização de sua pioneira fábrica em São Bernardo do Campo, SP,
Toyota resgatou diretoria para lá. Economia de custos.
Base – Para
aumentar produção de peças para motores, como virabrequins e bielas, para uso
local e exportações, terá três turnos de funcionamento.
Assinatura – Novos
terminais e ponteiras de escapamento como decoração automobilística, lançamento
da Tuper, maior fabricante de escapamentos da América Latina. Para durar, são
em inox polido, para nacionais e importados.
Reparos – Sikkens,
linha Premium de itens de pintura da PPG será utilizada pela rede Toyota para
reparos em veículos da marca. Não é apenas uso de material a preço atrativo,
mas uso do conceito Reparo Rápido, processo de otimização dos carros nas
oficinas, com vistas a maior lucratividade.
Razões – Pelo
processo, pequenos reparos de pintura realizados em apenas 2 horas, durante a
revisão ou reparo do veículo. Tipo Jac –
jac o carro está na oficina, conserta tudo ... Diz, não há choque entre a
pintura original e o retoque.
Nos dias atuais,
seguros e serviços devem pagar a conta da concessionária – venda de veículos
tende a ser lucro bruto.
Tecnologia – Pirelli,
fornecedora oficial de pneus para a Fórmula 1, parece, acertou a química na
temporada de 2014, evitando dechapamentos, e melhorou-a para 2015. Nos treinos
da prova de abertura, GP da Austrália, tempos baixaram entre 3s e 2s, e na
corrida Lewis Hamilton fez a volta mais rápida em 1s e 5/10 menos.
Avião – Cada vez
mais próxima a realidade do avião da Honda, o Honda Jet. A FAA, agencia
estadunidense para aviação autorizou produção dos motores pela joint venture entre GE e Honda. Exigirá
apenas comandante, será o mais econômico e o de maior autonomia. Fábrica é em
Lynn, Massachussets, EUA.
Retífica RN – Coluna
informou produção dos BMW Serie 1 em Araquari, SC, e ilustrou com foto do
modelo novo. Errou. Modelo inicialmente montado será o em descontinuação, de
2011. Cronograma e acordo com o programa Inovar-Auto, justificou a BMW.
Gente – Persio
Lisboa, paulista, administrador, píncaro. OOOO Presidente de operações da
Navistar, objetivo perseguido há 27 anos. OOOO Marca inclui operações da Internacional caminhões e motores MWM. OOOO
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