Eu corro pensando nele! Essa frase de Felipe Giaffone bem
que poderia ser parte de uma dessas músicas sertanejas, mas, menos romântico,
ele fala sobre as várias partes do seu caminhão Volkswagen Constellation que
venceu as duas primeiras provas da temporada da Fórmula Truck. Mais do que
ganhar em Santa Cruz do Sul e em Curitiba, Felipe fez 105 dos 106 pontos
possíveis em disputa nas etapas. O único pontinho que deixou escapar ficou com
Paulo Salustiano, que fez uma das duas melhores voltas na pista gaúcha, na
abertura do campeonato. Agora, dia 15 de maio em Campo Grande, capital do Mato
Grosso do Sul, Giaffone quer continuar na frente, mas a experiência o ensinou a
não ir com tanta sede ao pote.
“Sem dúvida que este é o melhor começo de temporada que já tive. Apesar disso,
sei que é importante, mas pode não significar muito. Veja que no ano passado
ganhei quatro vezes e acabei em terceiro lugar no campeonato. Pode ser um
momento em que a maré está do meu lado e sei que o jogo pode virar rapidamente.
Por isso, mantenho a cautela e sei que não dará para brigar pela vitória em
todas as corridas. Quero me manter ali entre os três ou quatro primeiros
colocados”, diz Felipe, que tem um total de 25 vitórias na categoria.
Para conseguir chegar ao pódio nas corridas ele precisa tentar evitar acidentes
e, algo que depende diretamente de sua pilotagem, economizar ao máximo o
equipamento durante as oito provas restantes desta 21ª temporada da Fórmula
Truck.
“Eu corro pensando nele! Claro que falo do equipamento. Sempre busco economizar
o motor, o turbo, a suspensão, enfim tudo, para tentar chegar ao final em boas
condições.Normalmente as quebras não acontecem pelo estilo de pilotagem, mas
ser muito agressivo o tempo todo pode atrapalhar. Veja o turbo. A maioria das
vezes não tem a ver com a maneira como se guia, mas sabemos que quanto mais alta
a rotação, maiores são as chances de quebra. É uma peça sensível que é
utilizada acima do seu limite e daí vêm os problemas. Pelo que a gente usa, o
turbo até quebra pouco”.
Os dois excelentes resultados na abertura só serviram para comprovar que Felipe
Giaffone é forte candidato ao tetracampeonato. E o resultado do campeonato
mostra que ele acertou na previsão de que os caminhões Mercedes-Benz seriam
seus principais adversários nesta temporada. O vice-líder, Diogo Pachenki, o
terceiro colocado, Raijan Mascarello, e o quarto, Gustavo Magnabosco usam os
caminhões da marca alemã.
“Claro que quero o título, pois faz tempo que conquistei o último, pois foi em
2011. Tenho um caminhão bem acertado e sei que posso estar ali entre os quatro
ou cinco primeiros se nada de anormal acontecer. Fica claro que os MAN-Volks e
os Mercedes estão um passo à frente, mas tenho certeza que quando o Leandro
Totti acertar o Volvo dele virá igual ou até melhor. Tenho bom retrospecto em
Campo Grande e vamos ver como meu caminhão se comportará lá”, finalizou
Giaffone.
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