quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Coluna do FERNANDO CALMON

Alta Roda nº 1080/380– 31/01/2019
                                                                                                               
Fernando Calmon
VENCEDORES E VENCIDOS
O ano de 2018 foi melhor que o esperado em termos de vendas de automóveis, SUVs, monovolumes e picapes. Mas mostrou poucas surpresas dentro da classificação organizada pela coluna e distribuída por 16 segmentos. As station wagons ficaram fora por sua baixa representatividade no mercado, confirmada pelo fim de produção da SpaceFox, na Argentina, no fim do ano passado. É o mesmo caso dos hatches médios: Cruze, Focus e Golf, entre outros, deixaram de atrair consumidores suficientes para formar estatística relevante.
Hatches subcompactos e sedãs compactos subiram acima da média, bem como os quatro subsegmentos de SUVs. Entretanto, estes se estabilizaram em torno de 20% das vendas totais, o que não deixa de surpreender, embora a tendência seja de avançar nos próximos anos para pelo menos 25% (nos Estados Unidos, por exemplo, representam 55% do mercado). 


A reviravolta do ano foi preconizada pelo Hyundai Creta ao desbancar da liderança, pela primeira vez, o Honda HR-V. Luta equilibrada, pois os três primeiros se mantiveram no patamar de 14% das preferências. Outro novo campeão, o BMW Série 5, reflete a boa aceitação da geração recém-lançada. 

Resultado curioso envolveu o Ford Ka. Ele foi o terceiro nos dois segmentos em que concorre, mas somados ultrapassaram a família HB20 de hatch e sedã, subindo para o segundo lugar. Venderam 142 mil e 137 mil unidades, respectivamente, em números redondos. Já a família Onix e Prisma entrou na garagem de 282 mil brasileiros, quase o dobro do segundo colocado. 

A base de pesquisa é o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Estão citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento. A compilação é de Paulo Garbossa, da consultoria ADK. 

Hatch subcompacto: Kwid, 48%; Mobi, 35%; Up!, 15%. Kwid avançou um pouco. 

Hatch compacto: Onix, 26%; HB20, 13%; Ka, 12,6%; Gol, 9,5%; Polo, 8,5%; Argo, 8%; Sandero, 6,5%; Fox, 5%; Etios, 2,4%; Yaris, 2,3%, Uno, 1,8%; Fiesta, 1,7%; March, 1,5%. Onix mais líder ainda. 

Sedã compacto: Prisma, 19%; Virtus, 11%; Ka, 10%; Voyage, 8,5%; HB20, 8,4%; Cronos, 7,6%; Versa, 7,3%; Logan, 5,8%; Cobalt, 5,6%; Etios, 4,7%; Grand Siena, 4,5%; City, 3,9%; Yaris, 3,6%. Prisma se manteve. 

Sedã médio-compacto: Corolla, 45%; Civic, 20%; Cruze, 15%; Sentra, 3,4%; Jetta, 3,3%; Focus, 3,2%; C4 Lounge, 2,5%; Cerato, 1,9%. Liderança folgada. 

Sedã médio-grande: Mercedes Classe C, 30%; Fusion, 27%; BMW Séries 3/4, 21%. Em 2019 isso deve mudar. 

Sedã grande: BMW Séries 5/6, 38%; Mercedes Classes E/CLS, 30%; Panamera, 19%. BMW volta à ponta. 

Sedã de topo: Mercedes Classe S, 56%; BMW Série 7, 20%; Jaguar XJ, 16%. Bem tranquilo, Classe S. 

Cupê esportivo: Mustang, 69%; Audi TT, 10%; BMW M2, 7%. Mustang absoluto. 

Cupê esporte: 718 Boxster/Cayman, 44%; 911, 35%; Jaguar F-Type, 6%. Porsche domina. 

SUV compacto: Creta, 14,8%; HR-V, 14,5%; Kicks, 14,2%. Creta virou o jogo. 

SUV médio-compacto: Compass, 51%; ix35/Tucson, 12%; Tiguan, 5%. Domínio total do Compass. 

SUV médio-grande: SW4, 44%; Equinox, 17%; Volvo XC-60, 10%. Consolidação do SW4. 

SUV grande: Trailblazer, 33%; Mercedes GLC, 9%; Land Rover Discovery, 6%. Trailblazer volta a avançar. 

Monovolume: Fit/WR-V, 57%; Spin, 34%; C3 Aircross, 8%. Fit perdeu só um pouco. 

Picape pequena: Strada, 48%; Saveiro, 33%; Oroch, 10%. Strada firme, como sempre. 

Picape média: Toro, 31%; Hilux, 21%; S10, 17%. Toro reconfirma liderança.

ALTA RODA

RECALL
 inusitado anunciado pela Volkswagen. Pretende localizar e recomprar 194 veículos que não deveriam ter sido vendidos, entre 7 milhões produzidos no Brasil de 2008 a 2017. Estas unidades, sem nenhum defeito relativo à segurança, apresentam especificações diferentes das definitivas, em geral de acabamento. Promete pagar tabela Fipe, se o proprietário concordar. 


FONTES na Argentina indicam que Alaskan não entra em produção este ano por lá. Picape média da Renault foi descontinuada no México e ainda permanece sem plano de negócio no Mercosul. Por outro lado, revitalização de meia geração de Sandero e Logan está prevista para outubro. Desta vez, hatch e sedã serão lançados juntos, como ano-modelo 2020. 

JAC T50 é um SUV de estilo bem resolvido e bastante equipado. Colunas largas e vigia subdimensionada restringem a visibilidade traseira, amenizada em parte pela câmera com visão de 360°. Motor de 1,6 L parece ter menos que os 138 cv declarados, mas parte da lentidão se deve à caixa automática CVT. Espaço interno é muito bom. Porta-malas, na média do segmento, não tem os 600 litros, no padrão VDA. 

COOPER STANDARD investe para oferecer no Brasil o Fortrex, novo material plástico para vedações diversas que substitui a borracha com vantagens, inclusive de peso. Mangueiras e tubos para turbocompressor, em sua nova fábrica de São Bento do Sul (SC), confirmam a tendência de mais modelos adotarem turbos para garantir maior potência e menor consumo. 


Toyota Yaris ganha versão X-Way



A Toyota do Brasil iniciou as vendas da versão X-Way, novidade para a linha Yaris 2019, em toda rede autorizada da marca no País. O modelo foi uma das novidades apresentadas pela fabricante ao público na última edição do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro do ano passado. A nova versão do compacto premium da Toyota chega com a missão de atrair consumidores que privilegiam design descolado e moderno.

Com a adição do X-Way, o Yaris passa a oferecer uma das gamas mais completas em sua categoria, com 11 versões. O X-Way chegará às concessionárias a partir de hoje,1º de fevereiro, com preço de R$ 78.990,00.

O modelo traz roda de liga leve com acabamento na cor preta, rack no teto, apliques de para-choque e para-lama, frisos nas laterais e logotipo X-Way na parte traseira. O nome da versão, de grafia personalizada, também aparece estampado nos tapetes do motorista e passageiro dianteiro.

A linha Yaris vem ganhando destaque no mercado pelo nível de equipamentos de série em relação ao seu segmento. A versão X-Way herdou os itens de conveniência, tecnologia e segurança, traço da alta qualidade do modelo. Entre eles estão vidros e travas elétricas com função Auto/Up-Down e antiesmagamento para todas as janelas, controle de estabilidade, tração e assistente de subida, faróis de neblina dianteiros e traseiros, faróis com regulagem elétrica de altura, acendimento automático e função ‘Follow Me Home.

O interior do modelo X-Way reúne sofisticação. Os bancos, em padrão couro, entregam ambiente luxuoso de conforto. Para elevar a experiência dos motoristas a uma direção mais funcional, o painel traz computador de bordo com tela de 4.2’’, dotado da tecnologia TFT em tela colorida de alta resolução, além de sistema multimídia Toyota Play+ Harman e câmera de ré integrada. O Yaris X-Way tem ainda ar condicionado digital, retrovisores externos com rebatimento elétrico e ajuste em botão fixado no descansa-braços, Smart Entry e sistema de partida sem chave tipo Start Button.

O motor 1.5L 16V flex do Yaris X-Way dispõe da tecnologia de duplo comando de válvulas variável Dual VVT-i, sistema mundialmente consagrado pela marca, pois garante excelente desempenho, conforto e uma experiência única ao dirigir. O câmbio, do tipo CVT, simula sete velocidades e beneficia, da mesma forma, desempenho com baixo consumo, atrelados a uma direção confortável. Trocas sequenciais também podem ser praticadas por meio das borboletas localizadas atrás do volante.

Com esta motorização, o Yaris X-Way atinge 110 cv de potência a 5.600 rpm com etanol e 105 cv a 5.600 giros trabalhando com gasolina. Seu torque máximo nesta configuração, a 4.000 giros, é de 14,9 kgfm (com etanol) e de 14,3 kgfm (com gasolina).

O Yaris X-Way pode ser encomendado nas cores sólidas Branco Polar e Vermelho Super;  nas metálicas Cinza Cosmopolita, Prata Lua Nova, Preto Infinito e Azul Titã, além da opção Branco perolizado.

Apesar de todas as versões do Yaris, tanto hatchback quanto sedã, já contarem com excelente nível de equipamentos de série, a Toyota desenvolveu uma ampla linha genuína de acessórios para o modelo, composta atualmente por mais de 40 itens.

O grande diferencial, no entanto, fica por conta da garantia exclusiva de três anos para todos eles, sem limite de quilometragem, desde que tenham sido adquiridos e instalados na rede autorizada de concessionárias Toyota.
Preços

Segue abaixo a tabela de preços completa da linha Yaris 2019: 
YARIS
HATCH BACK
1.5L
XLS
CVT
R$ 81.990,00
X-Way
R$ 78.990,00
XS
R$ 75.890,00
1.3L
XL Plus Tech
R$ 71.790,00
XL
CVT
R$ 67.090,00
MT
R$ 61.590,00
YARIS
SEDÃ
1.5L
XLS
CVT
R$ 83.590,00
XS
R$ 78.490,00
XL Plus Tech
R$ 74.990,00
XL
R$ 68.740,00
MT
R$ 65.290,00

SsangYong Brasil reforça pós-vendas com tecnologia e nacionalização

Desde que iniciou suas operações sob o comando da Venko Motors, a SsangYong Brasil adota estratégias para atender aos antigos e novos proprietários. A marca coreana realiza ações como o desenvolvimento de componentes nacionais, inserção de equipamentos tecnológicos para o monitoramento dos serviços prestados pela rede, além de ampliar com frequência a disponibilidade de peças e a cobertura nacional, com novas oficinas credenciadas. 

A marca coreana também trabalha no desenvolvimento de componentes nacionais, como filtros e freios, além de acessórios como bancos de couro, estribos, capota marítima e kit multimídia com maior conectividade e espelhamento da tela do smartphone para algumas versões oferecidas no Brasil. A marca mais antiga de carro da Coréia do Sul estreou no País com quatro modelos de veículos de uma só vez: o SUV compacto Tivoli, os SUVs Korando e XVL e a picape Actyon Sports, sendo que cada veículo é oferecido em duas versões, STD (Standard) e DLX (versão Deluxe).

Com estrutura completa de atendimento e suporte - a SsangYong Brasil possui instalações em Salto, onde está o Centro de Operações e Distribuição de Peças; em Vitória (ES), área com capacidade para 12 mil veículos, onde são desembarcados e nacionalizados, e em Itajaí (SC), onde mantém uma área portuária alternativa -, a marca coreana ainda realiza o monitoramento remoto dos serviços prestados para garantir qualidade. 

Vale acrescentar que além de toda eficiência no pós-vendas, a marca já se prepara para oferecer dois novos modelos Premium até o primeiro semestre desde ano. O SUV Rexton e da picape Musso – conhecida no mercado interno sul-coreano como Rexton Sports – irão surpreender os brasileiros.

Mercedes-Benz mobiliza todos os funcionários para resolver demandas dos clientes


Dia 29 de janeiro de 2019 entra para a história da Mercedes-Benz do Brasil. Nessa data, todos os colaboradores das plantas de São Bernardo do Campo e Campinas, em São Paulo, e também de Juiz de Fora, em Minas Gerais, pararam suas atividades para participar de um dia totalmente dedicado a ouvir clientes influenciadores de veículos comerciais.

Durante o evento inédito – Dia D Cliente - todos os funcionários, tanto das áreas administrativas como produtivas, e também do Banco Mercedes-Benz, SelecTrucks e Reman se reuniram à rede de concessionários para receber um grupo de 20 grandes frotistas de caminhões e ônibus na empresa.
O propósito desse encontro? Ouvir, entender e transformar em realidade os pedidos dos clientes com mais assertividade, agilidade e rapidez, tudo isso no mesmo dia.

As estradas falam. A Mercedes-Benz ouve é um lema que está cada vez mais forte em nossa atuação no mercado de veículos comerciais. Mas, além de nossos representantes de Vendas e Pós-Venda, todos os colaboradores da nossa empresa, coligadas e rede de concessionários também precisam vivenciar essa estratégia diariamente. O Dia D Cliente nasceu com essa missão: envolver toda a Mercedes-Benz do Brasil em uma mudança de comportamento em que o cliente seja sempre o foco de nossa atenção”, conta Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil & CEO América Latina.

O evento, que aconteceu durante todo o dia, foi dividido em três etapas. Na primeira, chamada “Voz do Cliente”, foram realizados painel e palestras com o intuito dos participantes ouvirem quais são as expectativas dos transportadores e suas necessidades em produtos e serviços e como é realizar negócios com a Mercedes-Benz. Na segunda parte, “Sessões com os Clientes”, diversas salas foram reservadas para que os empregados e transportadores avaliassem cada etapa da jornada que percorrem juntos, do pré ao pós-venda, explorando novas oportunidades. E por fim, na última parte, “Pontos Críticos”, colaboradores, concessionários e coligadas definiram soluções e prazos para cada demanda apontada pelos clientes.

Para que todos os colaboradores se envolvessem nessa programação, telões foram espalhados pelas linhas de produção e foram utilizados espaços de eventos e salas de reuniões, dentro da fábrica de São Bernardo do Campo. Além disso, foram realizadas transmissões ao vivo para todas as fábricas de veículos comerciais da Mercedes-Benz do Brasil.  

Há 4 anos, a Mercedes-Benz do Brasil lançou o slogan “As estradas falam. A Mercedes-Benz ouve”. Desde então, a empresa tem ido a campo para ouvir dos próprios clientes quais seriam as suas necessidades operacionais. Já foram desenvolvidos, inclusive, diversos caminhões e ônibus com aplicações específicas solicitadas pelos transportadores.

Nesse sentido, também foi criado no ano passado o “Embaixador da Voz das Estradas” para uma maior interação com clientes de todo o Brasil. Motorista com mais de 50 anos de experiência, João Moita tem sido um interlocutor entre os caminhoneiros e a fábrica, buscando entender e trazer para a empresa cada vez mais as demandas do transporte brasileiro.
     
Agora, a companhia dá mais um passo para o engajamento de todos os colaboradores nessa missão. “O Dia de Cliente dá uma nova dimensão ao slogan ‘As estradas falam. A Mercedes-Benz ouve’ à medida que envolve toda a empresa na estratégia 100% focada no cliente”, comenta Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
  
Com a realização do Dia D Cliente, a empresa, que completará 63 anos de Brasil, busca manter a liderança de vendas nos segmentos de caminhões e ônibus e, também muito importante, sua posição de Top of Mind entre os clientes brasileiros e de exportações.

“Pelos sinais do mercado, mais propício para renovações e ampliações de frota, devido a um ambiente econômico mais favorável, 2019 deverá ser melhor do que 2018 para os negócios de veículos comerciais. O Dia D, portanto, vem para somar. Nos permite enxergar as oportunidades futuras e conscientizar cada funcionário de que ele deve estar sempre em sintonia com o que cliente espera da Mercedes-Benz do Brasil”, conclui Schiemer.

Alessandro Zanardi e as das adaptações necessárias para que ele mantenha viva sua paixão pelo automobilismo



Quando o italiano Alessandro Zanardi pilotou o BMW M8 GTE na 24 Horas de Daytona (Estados Unidos), realizada de 26 a 27 de janeiro, ele escreveu o mais recente capítulo de sua carreira de sucesso como piloto da BMW. Apenas dois anos após o acidente na corrida que mudou sua vida, ele já estava pilotando um BMW 320i, adaptado às suas necessidades, no Campeonato Europeu de Carros de Turismo, em 2003. Desde então, ele disputou várias provas pela BMW M Motorsport. Nesse processo, os engenheiros da marca aperfeiçoaram os carros usados pelo piloto, do BMW 320i, BMW Z4 GT3 e BMW M6 GT3 ao BMW M4 DTM e BMW M8 GTE. 

“Quando acordei e percebi que não tinha mais pernas, eu não me perguntei ‘oque farei sem elas?’, mas, sim, ‘ok, o que preciso para fazer tudo o que quero sem pernas?’”, lembra Zanardi, sobre o acidente em 15 de setembro de 2001. Ele planejava um rápido retorno às pistas, mas encontrou ceticismo, afinal, um piloto amputado de ambas as pernas era inédito no automobilismo. “As pessoas temiam que algo pudesse acontecer comigo, e fiz inúmeros exames médicos para obter minha licença!”. Em Munique, ele foi recebido de braços abertos. “Tive a sorte de a BMW se interessar pelo projeto”.

BMW 320i e BMW 320si – ETCC e WTCC
A história começou em 2003, com o BMW 320i. Ao lado da BMW Motorsport e do time da BMW na Itália e Espanha, Zanardi planejava correr no final da temporada do Campeonato Europeu de Carros de Turismo (ETCC, na sigla em inglês) em Monza, na Itália. “No início, eu pensei que teria de fazer tudo com as mãos”. Porém, após os testes iniciais Zanardi sugeriu usar suas pernas artificiais: “Os engenheiros estavam um pouco céticos, mas eu tinha certeza de que poderia aplicar força suficiente ao pedal do freio se minha perna artificial estivesse presa a ele e eu pudesse usar meus quadris para aplicar pressão”. Com isso, o sistema estava concluído: um anel no volante foi usado para acelerar, os freios foram operados através da perna artificial e do pedal de freio, e a caixa de câmbio manuseada pela mão direita. O sistema foi usado no ETCC de 2003 a 2004 e depois de 2005 a 2009, no Campeonato Mundial de Carros de Turismo da FIA (WTCC, na sigla em inglês), onde Zanardi obteve quatro vitórias no BMW 320i e no BMW 320si.

BMW Z4 GT3 - Série Blancpain GT
Após um hiato dedicado ao paraciclismo, a sua segunda paixão, Zanardi voltou às pistas em 2014, com um BMW Z4 GT3. “Usamos o que desenvolvemos no BMW 320i e deu certo”, diz Zanardi. Uma das poucas diferenças era que ele não trocava marchas pela manopla, mas por aletas no volante. No entanto, um novo desafio surgia: em 2015, Zanardi correu ao lado de Timo Glock (Alemanha) e Bruno Spengler (Canadá) na 24 Horas de Spa-Francorchamps, na Bélgica. Ele compartilhou o cockpit e, com os engenheiros da BMW, precisou modificar o BMW Z4 GT3 de modo que tanto ele quanto os colegas não deficientes físicos usassem o mesmo veículo. “Mostrei aos engenheiros minha perna artificial, que é um tubo oco, e sugeri que poderíamos substituir o pedal de freio por um sistema no qual uma espécie de pino era inserida na prótese”, relata o italiano. “Eles abraçaram a ideia e desenvolveram um pedal de freio muito fino, montado à direita da caixa de pedais. Timo e Bruno usaram os pedais normais de acelerador e freio no meio da caixa de pedais”.

BMW M6 GT3
Quando Zanardi fez sua estreia no BMW M6 GT3 em 2016, o atuador da embreagem foi substituído por uma embreagem totalmente automática, desenvolvida pela ZF, parceira da BMW M Motorsport. Para Zanardi, o sistema tem a vantagem de não exigir operar a alavanca da embreagem com uma das mãos. “É incrível como o mecanismo funciona. Essa embreagem é extremamente confiável, tem desgaste mínimo e, portanto, há menos problemas nela do que com uma embreagem padrão. A estreia de Zanardi no BMW M6 GT3 foi um sucesso e ele conquistou uma vitória muito aclamada na corrida no final da temporada do Campeonato Italiano GT no circuito de Mugello, na Itália.

BMW M4 DTM e BMW M8 GTE
"Tínhamos um sistema rápido, porém era difícil ficar dentro do carro por muito tempo”, diz Zanardi. Devido à ausência das pernas, ele não tem extremidades que ajudam a resfriar o corpo através da circulação sanguínea. Além disso, as hastes justas das pernas artificiais não permitem transpiração. “Toda vez que eu saía do carro, estava cozido”, relata o piloto. Ficou claro para Zanardi que ele seria capaz de dirigir por muito mais tempo e se sentir mais confortável no carro sem suas próteses. Assim, ele criou com os engenheiros um sistema que permitiria controlar tudo com seus braços e mãos. Isso teria sido um problema no BMW 320i em 2003 devido à caixa de câmbio H, mas com a moderna transmissão e embreagem automática, não era mais um obstáculo.

O pedal de freio foi substituído por uma alavanca de freio, que Zanardi empurrava para a frente com o braço direito. Já a aceleração ocorreu por meio de um anel no volante, operado pela mão esquerda. As marchas são trocadas usando uma alavanca de câmbio no volante. As mudanças agradaram ao piloto: “Se o regulamento permitisse, eu poderia fazer uma corrida de 24 Horas sozinho”, diz ele, rindo. “Estou muito confortável no carro sem minhas pernas artificiais”.

O segredo é a paixão
Desde 2003 até o momento, Zanardi faz questão de salientar o trabalho dos engenheiros da BMW M Motorsport: “É óbvio que é preciso habilidade e esforço – mas acima de tudo, você precisa de paixão. Quando os engenheiros estão levando o trabalho para casa de suas famílias, demonstram estar apaixonados. O que temos é o resultado da paixão, compromisso e expertise”. O sistema de freios de mão no BMW M8 GTE abre “uma nova dimensão”, enfatiza. “Ele também funciona aos outros, ou seja, qualquer um que não possa usar as pernas, mas tem dois braços e pode dirigir”. Após o acidente, ele foi recebido com ceticismo no meio, o que não ocorreria hoje. “Foi um longo caminho, mas o que atingimos criou novas perspectivas aos outros. Ninguém mais pergunta se um piloto com deficiência pode correr. As pessoas querem saber hoje o quão bom você é”.

Panorama das soluções adotadas por Alessandro Zanardi

BMW 320i e BMW 320si (2003-2009): pedal de freio modificado, preso à perna artificial; volante com anel para aceleração; engrenagens alteradas utilizando a alavanca de câmbio H, operada com a mão direita.

BMW Z4 GT3 - Série Blancpain GT (2014): pedal de freio modificado, acoplado à perna artificial; volante com anel para aceleração; troca de marchas por aletas no volante.

BMW Z4 GT3 - Spa-Francorchamps 24h (2015): Pedal de freio anexado à prótese da perna; volante com anel para aceleração; troca de marcha por aletas no volante; embreagem a cabo.

BMW M6 GT3 (2016): pedal de freio fino, semelhante ao usado na 24h Spa-Francorchamps; volante com anel para aceleração; mudanças de marchas usando aletas no volante; embreagem centrífuga.

BMW M4 DTM e BMW M8 GTE (2018-2019): Alavanca de freio manual para frenagem; volante com anel para aceleração; aletas no volante, embreagem centrífuga.

Audi e-tron leva celebridades do cinema ao Festival de Cinema de Berlim


O Audi e-tron conduzirá as estrelas para o tapete vermelho no 69º Festival Internacional de Cinema de Berlim, um dos principais do gênero no mundo. Em sua sexta temporada como o principal patrocinador, a Audi e o Berlinale receberão juntos os visitantes do Audi Berlinale Lounge, para mergulhar na experiência do festival diretamente no tapete vermelho. De 7 a 16 de fevereiro, o Berlinale Open House Program apresentará diversos formatos de eventos e discussões emocionantes com visionários das áreas do cinema, da cultura e de negócios sobre temas de tendências socialmente relevantes. O Audi Berlinale Lounge é aberto a cineastas e a jornalistas, bem como visitantes do festival.

No meio do glamour urbano do 69º Festival Internacional de Cinema de Berlim, na Potsdamer Platz, o Audi e-tron será o primeiro modelo de produção totalmente elétrico da marca a demonstrar localmente como é a mobilidade livre de emissões.

Na inauguração de gala, nas premieres e na cerimônia de premiação, as celebridades do cinema irão se dirigir ao tapete vermelho no SUV elétrico. O diretor do festival, Dieter Kosslick, já está guiando o Audi e-tron para seus numerosos compromissos na atual temporada da Berlinale e testando sua adequação para o uso diário na capital. “É uma experiência emocionante estar na estrada com o Audi e-tron. O carro define o curso para uma nova era de mobilidade.”

O Festival Internacional de Cinema de Berlim reúne cineastas corajosos e pouco convencionais. Eles estão moldando as mudanças do nosso tempo e abrindo novos caminhos com um espírito de descoberta autoconfiante. 

Audi Berlinale Lounge oferece uma plataforma especial para troca de ideias e networking. É um pavilhão temporário montado diretamente no tapete vermelho em frente à Berlinale Palast e está aberto a todos os visitantes do festival. No âmbito do Berlin Open House, a Audi e o Berlinale apresentarão discussões com participantes de alto nível, entrevistas e eventos especiais diariamente durante o festival, de 7 a 16 de fevereiro.

Na véspera da estreia do Electric Minds com o moderador Jörg Thadeusz, mentes criativas do cinema, da cultura e da sociedade vão transferir tópicos da mobilidade elétrica, como voltagem, silêncio e alcance para outras áreas da
vida. Na aula de podcast, os visitantes aprenderão como os podcasts podem ser usados ​​de forma eficaz pelo especialista Vincent Kittmann, chefe da rede de marketing Podstars OMR. À noite, o Berlinale Lounge Nights será realizado com concertos exclusivos e conjuntos de DJs. A cerimônia de abertura e a premiação do Berlinale também serão transmitidos ao vivo.

A Audi, mais uma vez, projetou a bolsa do festival para o Berlinale deste ano e produziu 27.000 unidades. 

Em 2020, a Audi voltará a ser o principal patrocinador do Berlinale no 70º aniversário do festival. A fabricante de automóveis e o Berlinale estenderam sua parceria por mais um ano.

MINI Cabrio: Como surgiu e evoluiu a versão a céu aberto



A atual geração do MINI Cabrio, o conversível mais carismático e tecnológico do segmento compacto premium mundial, já pode ser vista nas ruas das principais metrópoles do mundo, inclusive por aqui, no Brasil. No entanto, o carisma dele não se deve, simplesmente, ao design inconfundível. Sua qualidade premium – única no segmento de conversíveis compactos – e sua funcionalidade inteligente também ressaltam instantaneamente o seu estilo individual.

Na realidade, desde o momento que ganhou as ruas do Reino Unido, em meados de 1993, o MINI Cabrio confirmou a sua reputação de legítimo representante da marca ao mesmo tempo que evidenciava o caráter de exclusividade e a dirigibilidade a céu aberto. O para-brisas vertical, por exemplo, permitia que o motorista e os passageiros percebessem que estavam ao ar livre assim que o teto fosse recolhido. Eixos situados bem perto das extremidades da carroceria, grandes caixas de roda, linha de ombro elevada e vários elementos de design marcantes não deixavam dúvidas quanto as origens do conversível de quatro lugares. E graças à capota retrátil, de formas precisamente definidas, os contornos tradicionais de um legítimo MINI eram instantaneamente reconhecidos com o teto fechado.

Após três décadas desde o surgimento do primeiro Mini, um conversível baseado no modelo clássico finalmente surgiu em 1991 graças à iniciativa da concessionária Mini Lamm, da cidade alemã de Kappelrodeck. Beneficiada por uma estrutura reforçada e um subchassi integrado, a qualidade do trabalho de conversão da carroceria impressionou os responsáveis ​​pela matriz da Rover, a fabricante do Mini clássico, no Reino Unido. Como resultado, a empresa decidiu produzir uma série de 75 exemplares do Mini Cabrio, apenas para o mercado britânico.

Após o relançamento da marca, em 2000, os admiradores da condução ao ar livre tiveram de esperar relativamente pouco para a estreia de uma opção conversível. O MINI Cabrio celebrou sua estreia apenas 3 anos após o Hatch de 3 portas ter sido lançado no mercado. Por uma década, o novo Cabrio tornou-se referência de condução a céu aberto no segmento de carros compactos, conquistando seu espaço como elemento-chave dentro do programa de desenvolvimento de novos modelos da marca.

O MINI Cabrio foi apresentado à imprensa e ao público, pela primeira vez, em 2004, durante o Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça. Ele foi lançado no mercado europeu em três versões – MINI One Cabrio, MINI Cooper Cabrio e MINI Cooper S Cabrio. Além dos novos para-choques dianteiros e traseiros, diferenciados em relação ao MINI Hatch convencional, a gama de cores externas disponibilizada para o modelo contava com 10 tonalidades diferentes.

A segunda geração do Cabrio foi revelada no Salão de Detroit de 2009, ano que marcou o 50º aniversário da MINI. Com aprimoramentos no design e que refletiam um estilo ainda mais esportivo, motores mais potentes e eficientes, um interior de qualidade premium ainda mais refinado, uma configuração otimizada e inúmeros recursos de equipamentos inovadores, o novo MINI Cabrio preservava a história de sucesso de seu antecessor.

Barras de proteção, de seção única, quase invisíveis, e que irrompiam apenas em caso de risco de capotamento, combinada à maior rigidez da carroceria, mostraram um progresso adicional no campo da segurança. A capota de tecido de alta qualidade também apresentava propriedades acústicas aprimoradas, bem como a janela traseira de vidro e dotada de aquecimento. O teto podia ser aberto e fechado em 15 segundos, a velocidades de até 30 km/h.

A gama de motores também foi significativamente expandida. Passaram a oferecer três unidades a gasolina, de 98cv, 122cv e 184cv, e duas a diesel, de 112cv e 143cv; além da opção top de linha MINI John Cooper Works Cabrio, a gasolina, capaz de entregar 211cv. Todos os motores estavam combinados a uma transmissão manual de seis marchas de série, enquanto um câmbio automático de seis velocidades era oferecido como opcional.

Em março de 2018, o novo MINI Cabrio foi lançado no mercado europeu com novas atualizações de design e tecnologia. Além do teto de acionamento totalmente elétrico, cada MINI Cabrio vem com faróis e lanternas equipados com LEDs, Controle de Distância de Estacionamento Traseiro (PDC), tela de 6,5 polegadas, chamada de emergência inteligente (E-call), rádio digital e conectividade Bluetooth entre outros itens de série. Atualmente, o MINI Cabrio é oferecido em cinco opções de motorização – One, Cooper, Cooper S, Cooper D e Cooper SD – equipadas com motores de 3 ou 4 cilindros, movidos a gasolina ou diesel, e associadas a transmissões automáticas ou manuais de seis, sete ou oito marchas. O tempo de abertura da capota que é de 18 segundos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Tarcísio Dias em Mecânica Online

Seu carro pode deixar você na mão por vários motivos. Conheça alguns deles

Quando você faz o seguro do seu veículo é sempre importante observar se existe a disponibilidade de guincho em caso de panes e qual a distância em relação ao endereço do segurado que ele realiza o socorro do seu veículo.
O motivo desse cuidado fica por conta do risco de pane que seu veículo pode apresentar, característica cada vez menor com o avanço da engenharia automotiva e soluções mais confiáveis em tecnologias, para manter a rodagem do veículo por maior tempo.

Mesmo que você siga a risca a manutenção do seu veículo, em conformidade com o manual do fabricante, alguns problemas podem surgir e literalmente deixar você na estrada, ou mesmo em casa, bem na hora de sair.
A sua coluna Mecânica Online® resgata um pouco da sua origem e vai buscar abordar temas mais próximos dos motoristas e suas tecnologias para condução, segurança e eficiência energética.

Problemas no sistema de arrefecimento, pane elétrica, sistema de transmissão e deficiência da lubrificação do motor são os relatos mais comuns de situações que podem fazer seu veículo parar “do nada”.

Assim como acontece nas vias, a sinalização por luzes como a verde, amarela e vermelha também aparece no painel do veículo.

Quando uma luz indicadora na cor amarela surgir, atenção, seu veículo ainda pode ser conduzido, mas é necessário que tão logo seja levado para verificar a ocorrência de problemas. Algum sensor ou mesmo atuador tem problema e precisa ser examinado.

Quando surgir a indicação vermelha, assim como nos semáforos, pare. É indicação de um problema grave e continuar a rodar com seu veículo pode gerar problemas ainda maiores e até mesmo, colocar sua segurança em risco, então, nem pense duas vezes, pare.

Você está dirigindo de boa e acende a luz vermelha do sistema de arrefecimento. Pare o veículo o quanto antes. 

O motor está trabalhando acima da sua temperatura de funcionamento e seu indicador com certeza mostra um valor acima do normal.

Problemas como nível do líquido de arrefecimento muito baixo, presença de água comum no sistema, aditivo fora do padrão estabelecido, válvula termostática sem atuação ou sistema do eletro ventilador são as ocorrências mais comuns.

E quando logo pela manhã você vai ligar seu veículo e nada? A pane elétrica pode ser efeito da falta de carga elétrica na bateria.
Mau funcionamento de dispositivos como rádio, alarme, travas e vidros são indícios de problemas elétricos no carro.

Mesmo parado, o carro consome energia da bateria com os equipamentos que ficam em stand by, como a central de injeção eletrônica, o alarme e a parte frontal do rádio.

Veja algumas dicas para seu carro não ficar sem energia:
- Retire a frente do rádio, quando possível, para evitar o consumo de energia;
- Evite deixar rádio ou faróis ligados com o carro desligado, pois acelera a descarga da bateria;
- Se for instalar um som potente, avalie se a peça está de acordo com a capacidade da bateria do carro.
É preciso ter atenção na manutenção da bateria e do alternador, ou mesmo quando há sobrecarga do sistema elétrico.

Se ao acelerar o carro e ele começar a patinar, não sair do lugar ou parar completamente, pode ser que a embreagem esteja desgastada. Essas situações podem acontecer devido a:
- Mau uso, como subir em rampas com o carro frio;
- Pisar fundo na embreagem ao trocar as marchas;
 - Dirigir sem tirar o pé do pedal.

A embreagem faz parte do sistema de transmissão. Algumas vezes o problema pode ser apenas no sistema de acionamento da embreagem e não propriamente na peça.

Usar lubrificante errado, andar com baixo nível de óleo ou demorar para trocá-lo, podem fazer o motor parar de funcionar. Esse problema pode ser evitado se a troca de óleo for feita de acordo com o período estipulado pela montadora, informação presente no manual do fabricante do veículo.

Verifique sempre que possível o nível de óleo com auxílio da vareta que tampa o reservatório ou no posto de gasolina ou oficina.

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