Não é mais novidade que o futuro da mobilidade urbana
gira em torno dos veículos elétricos – e, em alguns casos, possivelmente sem
motorista. Mas para quem vive a realidade brasileira, essa tecnologia
parece distante. Os primeiros ônibus elétricos do País começaram a circular em
são Paulo no mês de março e não há estimativas que esse número passe de 60 até
o final do ano. Isso acontece porque o custo de um veículo desses pode ser até
3 vezes maior do que o do modelo tradicional a diesel, o que demanda um investimento
muito alto para a troca da frota. Ainda assim, muitos países já estão mudando
suas legislações para garantir a mudança das frotas, em nome da diminuição das
emissões de poluentes – é o caso da Colômbia e do Chile.
Além dos custos de produção, existem outros empecilhos
que atrasam a adoção dos ônibus elétricos. O principal é em relação à recarga,
já que os modelos disponíveis hoje demandam cerca de 4 horas de carga para uma
autonomia de 200 quilômetros. Isso implica na necessidade de uma frota muito
maior para atender o mesmo número de passageiros, já que o tempo de inatividade
dos veículos aumenta. Resultado: os operadores de transporte público não se
sentem estimulados para trocar sua frota à combustão por modelos elétricos.
Uma solução desenvolvida para driblar esse problema já
vem sendo utilizada com muito sucesso em Genebra, na Suíça. Trata-se da TOSA, solução desenvolvida em exclusividade pela ABB que permite que os ônibus sejam
carregados nos pontos de parada, durante o período de embarque e desembarque de
passageiros. Assim, o tempo de inatividade e custos operacionais do veículo são
reduzidos.
A tecnologia empregada no TOSA é revolucionária, pois é
extremamente rápida e não requer que o ônibus fique inativo nem vá para uma
garagem para ser recarregado. Por meio de um “braço” que se conecta ao veículo
no momento do embarque e desembarque de passageiros, o sistema recarrega a
energia em aproximadamente 20 segundos. Assim, o ônibus tem energia o
suficiente para chegar ao próximo ponto, onde recebe nova carga, e assim
sucessivamente. Em Genebra, onde a tecnologia já está em funcionamento, o
veículo é recarregado em 13 dos 50 pontos do itinerário.
Além disso, a ABB oferece outras possibilidades para esse
setor, como pontos de recarga em terminais e sistemas de monitoramento de
frota, para garantir que o sistema funcione em sua totalidade.
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