terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Wagner Gonzalez em Conversa de pista


Wagner Gonzalez
A sensação de antagonismo ainda é forte tanto para Christian Fittipaldi quanto para quem o conhece ou trabalhou com ele. Em um fim de semana marcado por um desfecho igualmente surpreendente, o brasileiro encerrou um importante capítulo de sua história e inicia uma fase que é consequência o sucesso e carisma que consolidou desde que se associou à equipe Action Express. Um bom termômetro para aferir essa imagem foi o aplauso demorado com que jornalistas o saudaram ao entrar na sala de imprensa de Daytona, domingo, recepção calorosa o suficiente para provocar soluções e lágrimas. Ao final da salva de palmas levantou-se respeitosamente e curvou-se aos profissionais ali reunidos, alguns deles conhecidos de longa data.

Este colunista colunista seguiu Christian e o acompanhou bem de perto em sua passagem pela F-1, quando os planetas não estavam alinhados e muito menos os ventos sopraram a seu favor. Em meados da década de 1990 a juventude não conspirou a seu favor e, particularmente, não creio que aquele ambiente fosse, até mesmo seja, o melhor para sua índole. Se existe alguma exceção ela está bem escondida, mas em mais de duas décadas que acompanhei a F-1 não me lembro de pilotos tão boa gente quanto Christian que tenham conseguido alcançado o sucesso que merecem no mundo do mundo dos Grandes Prêmios: a engrenagem ali é cruel e não há marchas sincronizadas, daquelas que te ajudam a trocar de marcha sem arranhar o câmbio.

Já o automobilismo norte-americano reconhece e incentiva personagens como o filho de Suzy e Wilsinho. Mais até: a aparência saudável e o sorriso fácil levaram Paul Newman – que foi seu patrão nas corridas de F-Indy/Cart – tentou transforma-lo em um artista de cinema. Chegou até a enviar-lhe um script para que ele fizesse o papel de motorista em um do seus últimos filmes, mas entre dedicar seis meses aos estúdios de Hollywood preferiu seguir focado em corridas, mundo onde foi criado e  onde construiu a estrada de sua vida. 

Seu caminho teve curvas fechadas e outras mais suaves, disputas de freadas e até um voo na reta principal de Monza, onde o então companheiro de equipe Pierluigi Martini não aceitou ser derrotado na chegada do GP da Itália de 1993. Após uma longa conversa no motorhome da equipe os dois saíram e o brasileiro tomou a iniciativa de passar a borracha no que tinha acontecido. Um quarto de século depois Christian é reverenciado no  automobilismo e pouco ou nada se ouve do italiano.

Este colunista seguiu Christian em muitas categorias e o acompanhou bem de perto em sua passagem pela F-1, quando os planetas não estavam alinhados e muito menos os ventos sopraram a seu favor. Em meados da década de 1990 a juventude não conspirou a seu favor e, particularmente, não creio que aquele ambiente fosse, até mesmo seja, o melhor para sua índole. Se existe alguma exceção ela está bem escondida, mas em mais de duas décadas que acompanhei a F-1 não me lembro de pilotos tão boa gente quanto Christian que tenham conseguido alcançado o sucesso que merecem no mundo do mundo dos Grandes Prêmios: a engrenagem ali é cruel e não há marchas sincronizadas, daquelas que te ajudam a trocar de marcha sem arranhar o câmbio.

Já o automobilismo norte-americano reconhece e incentiva personagens como o filho de Suzy e Wilsinho. Mais até: a aparência saudável e o sorriso fácil levaram Paul Newman – que foi seu patrão nas corridas de F-Indy/Cart – tentou transforma-lo em um artista de cinema. Chegou até a enviar-lhe um script para que ele fizesse o papel de motorista em um do seus últimos filmes, mas entre dedicar seis meses aos estúdios de Hollywood preferiu seguir focado em corridas, mundo onde foi criado e  onde construiu a estrada de sua vida. 

Esse caminho teve curvas fechadas e outras mais suaves, disputas de freadas e até um voo na reta principal de Monza, onde o então companheiro de equipe Pierluigi Martini não aceitou ser derrotado na chegada do GP da Itália de 1993. Após uma longa conversa no motorhome da equipe os dois saíram e o brasileiro tomou a iniciativa de passar a borracha no que tinha acontecido. Um quarto de século depois Christian é reverenciado no  automobilismo e pouco ou nada se ouve do italiano.

O português Filipe Albuquerque pode ser considerado como o herdeiro da vaga de Christian Fittipaldi na Action Express: ele vai disputar a temporada de 2019 formando dupla com João Albuquerque, também lusitano e parceiro do brasileiro há muitos anos. Albuquerque só tem elogios para o ex-companheiro de equipe, a partir de agora seu novo diretor esportivo:
“O Christian é uma pessoa cinco estrelas, muito simpático, amigo do amigo. Mesmo dentro deste mundo competitivo consegue ver tudo em perspectiva, ficar calmo e dar aquela palavra de atenção a um piloto mais jovem como eu. Os anos passaram e ele continua a andar forte, com o pé embaixo. Sempre que pode ele não perde oportunidade para aprontar alguma comigo, especialmente quando compartimos o mesmo automóvel a caminho do autódromo.”

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