Proposta vai de encontro ao programa lançado pela
FIA para criar estágio entre o kart e a F3. Na F1 a Sauber define mais uma vaga
e Kamui Kobayashi conversa com Caterham
Mais do que criar uma categoria escola em moldes
profissionais a proposta da Mitsubishi Brasil desenvolver o projeto de lançar a
F-4 no Brasil quebra um jejum de muitos anos: a participação direta e oficial
de uma fábrica em uma categoria de pista.
Se a existência de equipes oficiais de fábrica nos anos 1960/70 semeou gerações de campeões mundiais, a debandada dessas empresas trouxe resultados nefastos ao esporte, consequências amplificadas pelo descaso com que os dirigentes tratam o setor: não há indícios de que a atual administração da Confederação Brasileira de Automobilismo tenha feito algum gesto formal de aproximação com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ou seus associados.
Se a existência de equipes oficiais de fábrica nos anos 1960/70 semeou gerações de campeões mundiais, a debandada dessas empresas trouxe resultados nefastos ao esporte, consequências amplificadas pelo descaso com que os dirigentes tratam o setor: não há indícios de que a atual administração da Confederação Brasileira de Automobilismo tenha feito algum gesto formal de aproximação com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ou seus associados.
Mais do que uma nova proposta ou novo projeto, algo
bastante comum no automobilismo brasileiro dos últimos anos, o novo projeto
parece destinado a ter sucesso maior que as recentes categorias lançadas no
País nos últimos anos. O histórico da Mitsubishi brasileira no esporte na
modalidade off road e mais recentemente com a Lancer Cup, além do autódromo
Velo Cittá, em Mogi-Guaçu, dão lastro à proposta.
Segundo o regulamento da FIA para a categoria os
competidores de um dado campeonato podem usar qualquer tipo de chassi
homologado mas devem usar motores iguais; na Inglaterra e na França a
motorização vem do Renault Campus. Além disso, para a homologação do certame é
exigido um programa de três anos e “aconselha-se” um calendário de 7 a 8
rodadas sendo que cada evento terá duas sesões de treino (entre 30´a 45´), uma
prova de classificação (entre 20´a 30´) e três corridas de 30 minutos. Detalhe
importante: a entidade internacional incentiva a realização de
treinos livres sem restrições, algo proibido e que praticamente sepultou a
F-Fiat lançada por Felipe Massa num passado recente.
Por enquanto não há definição do carro que será
usado na possível F-4 brasileira mas o piloto Renan Guerra já realizou cerca de
500 km de testes em Mogi-Guaçu com um chassi construído por José Minelli e
equipado com o motor do Mitsubishi Lancer, original, que tem 165 HP, algo
superior à faixa de 140/160 HP preconizada pela FIA. A recomendação, porém, não
seguida ao pé da letra e na Inglaterra chega-se a 185 HP. O veículo tem
dimensões próximas de um F-3 e está equipado com uma caixa de cambio sequencial
Sadev, de seis velocidades e está calçado com pneus Pirelli iguais aos usados
pela F-3 brasileira. O programa de testes prossegue em fevereiro, sempre na
pista do Velo Cittá “dois ou três
pilotos serão convidados a participar do processo de desenvolvimento. Além de
avaliar diferentes estilos de pilotagem também será analisada uma caixa
Hewland”.
O regulamento da FIA recomenda o uso de chassi em fibra de carbono, algo ainda
antieconômico para o mercado brasileiro. No Japão foi adotado um modelo de
construção que usa fibra de carbono sem honeycomb (colméia), solução que
barateia o custo e facilita a construção por construtores de pequeno e médio
porte. Na Índia é usado chassi tubular equipado com motor Maruti 1.300, e na
Inglaterra o chassi MSV-F4 013 (concebido pelo veterano Ralph Firman, da Van
Diemen), usa solução semelhante.
Construtor consagrado nos anos 1970/80, quando
conquistou títulos nacionais e regionais na F-VW 1300 com o piloto Elcio
Pellegrini, nos últimos tempos José Minelli mantém-se ativo fabricando peças
especiais para carros de competição. Nos últimos meses ele foi convidado pela
Federação Gaúcha de Automobilismo a produzir peças de reposição para os chassis
usados na F-Júnior disputada no Rio Grande do Sul e que emprega monopostos que
já não não mais fabricados; além disso ele também fornece e desenvolve
equipamentos especiais de competição.
F1: Possível teto orçamentário apressa contratações
na categoria
Em meio a pressões de Jean Todt e das equipes de
meio e fundo de grid para que seja estabelecido um teto orçamentário na F1 em
2015 a categoria segue vivendo um período de grandes e inúmeras contratações.
Mais do que reforçar possíveis perdas a razão desta agenda é, indiretamente,
aumentar os gastos para assegurar um teto mais alto caso a medida entre em
efeito. Ao praticar um orçamento mais alto as chances de manter um teto mais
elevado após a possível limitação ficam maiores.Entre as últimas mudanças estão a ida de Mark Ellis
e Gilles Wood, respectivamente responsáveis por dinâmica de veículos e
engenheiro-chefe de simulação e análises na equipe Red Bull. Ellis volta para a
Mercedes – onde trabalhou nos tempos que a equipe Honda ocupava o local -, como
diretor de performance enquanto Wood ocupará uma posição similar. Além deles a
equipe campeã também perdeu seu chefe de aerodinâmica, Peter Prodromou, que
após um período de desaquecimento – algo que os ingleses chamam de “gardening
leave” -, começa a trabalhar na McLaren.
Esta manobra é adotada por todas as equipes e tem
como objetivo impedir que a mudança de emprego se transforme em uma forma de
comprar segredos e pesquisas dos adversários. Até o momento a única mudança
formalizada, e divulgada, nos quadros da Red Bull foi a promoção de Pierre Wache
como substituto de Ellis e Wood. Wache ingressou na equipe em março e veio da
Sauber; anteriormente o francês trabalhou na Michelin.
Números definidos
Alguns pilotos já escolheram os números que
adotarão a partir do Campeonato Mundial de F1 de 2014. Enquanto o alemão
Sebastian Vettel usará o número 1, primazia do campeão atual, Sérgio Perez
adotará o 11, Fernando Alonso optou pelo 14, Felipe Massa pelo 19 e Valteri
Bottas pelo 77. Alonso alega que no dia 14 de 1996 ele tinha 14 anos de idade e
venceu o Campeonato Mundial de Kart usando esse número; Massa competiu no
Brasil com o número 19 e Bottas adotou o 77 por razões mercadológicas: explorar
os dois “T” do seu sobrenome.
Apoio de Slim mantém Gutiérrez na Sauber
Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, garantiu a
continuidade de Esteban Gutiérrez na equipe Sauber pelo quarto ano consecutivo
e segundo como piloto oficial. Mais do que definir a formação da esquadra suíça
para 2014, Slim provocou algum alvoroço continental ao explicar as razões de
sua decisão:
“Estamos orgulhosos de continuar sendo parte da
Sauber F1 e consolidar nossa história de sucesso no esporte a motor,
particularmente na F-1 e do nosso programa de desenvolvimento de pilotos
mexicanos e latinos...”
Proprietário das lojas Sanbors e dos monopólios de
telefonia fixa e móvel no México, Slim tem grandes interesses no continente,
incluindo o Brasil onde atua através da Claro. As últimas três vagas
disponíveis estão na Caterham Renault (duas) e na Marussia Ferrari. Especula-se
a volta do japonês Kamui Kobayashi para ocupar um dos carros da primeira. Até
agora este são os pilotos confirmados para 2014:
Red Bull-Renault: Sebastian
Vettel e Daniel Ricciardo
Mercedes: Lewis Hamilton e Nico Rosberg
Ferrari: Fernando Alonso e Kimi Räikkönen
Lotus-Renault: Romain
Grosjean e Pastor Maldonado (*)
McLaren-Mercedes: Jenson
Button e Kevin Magnussen
Force
India-Mercedes: Nico Hulkenberg e Sergio Pérez
Sauber-Ferrari: Adrian
Sutil e Esteban Gutiérrez
Toro Rosso-Renault: Jean-Eric
Vergne e Daniil Kvyat
Williams-Mercedes: Felipe
Massa e Valtteri Bottas
Marussia-Ferrari: Jules Bianchi, a definir
Caterham-Renault: a definir as duas vagas
(*) Motor não confirmado
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