Wagner Gonzalez |
Provas de classificação poderão mudar para melhorar o show; equipes poderão ter orçamento anual limitado a US$ 200 milhões em 2015
Ainda sem um
patrocinador principal – aquele que aparece junto ao nome oficial da equipe nas
folhas de resultados – a Williams fechou contrato com a Petrobrás para usar
combustíveis e lubrificantes desenvolvidos pela empresa brasileira. Embora a
Mercedes Benz, fabricante do motor instalado nos novos monopostos FW36 .
tenha contrato semelhante com a Petronas (empresa malasiana), o acordo foi
possível porque a exclusividade é restrita à equipe oficial da marca
alemã.
Detalhe curioso é que a
marca da Petrobras aparece em vermelho no capacete do finlandês Valteri Bottas e
em formato que se adapta à pintura do capacete de Felipe Massa. Poucas vezes na
F-1 o logotipo de uma empresa apareceu em cores diferentes do que aquelas usadas
para fixar sua imagem e marca. A mais conhecida foi obra de Colin Chapman que,
a partir do antológico Lotus 72, usou apenas as cores preta e dourada. Esse
esquema gráfico ficou imortalizado quando Emerson Fittipaldi conquistou o título
mundial de 1972.
Novo Lotus E22
estréia em Jerez
Única equipe
ausente dos treinos da semana retrasada em Jerez de la Frontera, a Lotus
finalmente testou seu carro para a temporada de 2014, o E22 no mesmo circuito.
Usando a brecha regulamentária de usar o carro do ano para filmagens
promocionais foi possível completar cerca de 100 km no traçado andaluz e, mesmo
usando pneus de especificação antiga, fazer um shakedown e checar as primeiras
modificações no motor Renault F1 Energy 2014.
Em foto vazada
na internet é possível notar a preocupação dos mecânicos em refrigerar o
sistema de gerenciamento eletrônico: um dos mecânicos aparece segurando um
soprador voltado para a entrada de ar instalada na parte posterior do capô do
motor e distante da tomada de ar destinada ao sistema de alimentação. Vale
lembrar que todas as equipes (Red Bull, Toro Rosso e Caterham) que utilizam o
propulsor francês e participaram do primeiro teste da temporada tiveram
problemas com este equipamento. Segundo a Renault as modificações feitas no V6
francês foram mudanças no hardware, correção de bugs e recalibração do
sistema.
A Red Bull
inclusive criou uma saída de ar extra no costado inferior do RB10 evidenciando
alguns pontos instigantes no funcionamento do motor Renault: os novos controles
eletrônicos e sistemas de recuperação de energia estão sujeitos a altas
temperaturas e o conceito de vedação do carro da Red Bull mostrou eficiência
perfeita. Dito isto, os ensaios de Bahrein serão ainda mais críticos dado que a
temperatura ambiente é bem mais alta que em Jerez e os as retas do traçado
barenita bem mais longas
Sauber modificada
A equipe Sauber
foi a primeira a confirmar que participará da segunda jornada de treinos livres
com modificações em seu carro para esta temporada, o C33, equipado com o motor
Ferrari 1,6 T. Segundo Monisha Kaltenborn as alterações serão principalmente na
configuração aerodinâmica:
“Trata-se de um
pacote bastante amplo de alterações e esperamos avaliar a maior parte dessas
mudanças no primeiro teste de Bahrein: falo de novas asas dianteira e traseira,
defletores laterais e vários outros pequenos elementos. Para o segundo teste
teremos mais algumas peças novas.”
Kaltenborn
evitou comparar o desempenho mostrado por seus rivais na pista de Jerez
alegando que “por enquanto tem muita gente escondendo o jogo”. Espera-se um
número maior de carros na pista, com várias equipes levando dois carros para
seus dois pilotos titulares.
Enquanto isso no
outro lado do mundo.
A Honda segue o
o desenvolvimento do motor que marcará seu retorno à F-1 no ano que vem, quando
o construtor japonês vevive nas pistas sua parceria com a McLaren. Os testes na
sede de Milton Keynes, na Inglaterra, serão iniciados em junho, quando ficam
prontas as novas instalações de dinamometro e montagem. No Japão o programa era
baseado, até o mês passado, no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de
Automóveis, em Haga-machi. Desde então todos os projetos voltados para a F-1 e
automóveis de competição passou a funcionar em uma nova sede em Sakura, cidade
também situada na região de Tochigi, totalmente dedicada ao projeto da F-1 e
atividades voltadas ao automobilismo de competição.
Dedo duro
milionário
Não é de hoje
que Bernie Ecclestone lança idéias surpreendentes para manter o produto F-1
crescendo em popularidade e, principalmente, em faturamento econômico. Com a
mais recente onda de contenção de custos que assola a categoria (algo que
acontece a intervalos regulares, Ecclestone se dispôs a pagar um milhão de
euros para quem fornecer informações que ajudem a comprovar que uma equipe da
categoria gasta mais de U$ 200 milhões por ano. O bilionário inglês que
controla a F-1 há décadas confirmou que essa é a proposta em estudo e que
poderá entrar em vigor no ano que vem. Tal como nas tentativas anteriores de se
estabelecer um limite de gastos para as equipes a proposta volta a esbarrar em
sua formatação: a especificação do que estaria incluído no valor máximo e a
forma de controlar esse gasto.
Outra mudança em
vista, e que poderá ser aplicada já em 2014, é o formato das provas de
classificação. Como atualmente os pilotos são obrigados a largar com os mesmos
pneus usados na Q-3 – o terço final da tomada de tempos e quando se definem os
primeiros lugares no grid de domingo –, cogita-se a liberação de um jogo extra
de pneus para essa parte do evento. Também se cogita a alteração da duração das
sessões Q1 e Q3.
O maior torque
dos motores turbo que serão usados este ano aumentou muito a incerteza sobre a
durabilidade e eficiência dos pneus, situação que atinge diretamente a
estratégia das corridas. Há quem diga que não será surpresa se um piloto evitar
ir à pista para a Q-3 visando economizar pneus para a prova. As equipes deverão
discutir o assunto mais profundamente durante o teste de Bahrain na semana que
vem. Deste encontro deverá ser encaminhada uma proposta à FIA e à FOM.
Alencar Jr
vistoria novo asfalto de Goiânia
Reformas estão avançadas no Autódromo de Goiânia
(foto Alencar Jr)O piloto Alencar
Jr, goiano que venceu o campeonato brasileiro de stock car em 1982, vai
vistoriar hoje o novo asfalto do Autódromo Internacional de Goiânia, cujas
reformas incluem também um novo edíficio de box e nova área do paddock.
Alencar
informou ao Autoentusiastas que vai pilotar "um Porsche, um
Corvette e um protótipo para verificar as possíveis ondulações do traçado
goiano, que continua igual ao original mas com segurança atualizada aos padrões
atuais". Após a avaliação ele se reunirá com Jayme Rincon (ex-piloto de
kart e presidente da autarquia que cuida da reforma do autódromo) para definir
as correções que permitirão a pavimentação da camada superior de asfalto.
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