terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Wagner Gonzalez - Conversa de pista

Wagner Gonzalez


Provas de classificação poderão mudar para melhorar o show; equipes poderão ter orçamento anual limitado a US$ 200 milhões em 2015


Ainda sem um patrocinador principal – aquele que aparece junto ao nome oficial da equipe nas folhas de resultados – a Williams fechou contrato com a Petrobrás para usar combustíveis e lubrificantes desenvolvidos pela empresa brasileira. Embora a Mercedes Benz,  fabricante do motor instalado nos novos monopostos FW36 . tenha contrato semelhante com a Petronas (empresa malasiana), o acordo foi possível porque a exclusividade é restrita à equipe oficial da marca alemã. 

Detalhe curioso é que a marca da Petrobras aparece em vermelho no capacete do finlandês Valteri Bottas e em formato que se adapta à pintura do capacete de Felipe Massa. Poucas vezes na F-1 o logotipo de uma empresa apareceu em cores diferentes do que aquelas usadas para fixar sua imagem e marca.  A mais conhecida foi obra de Colin Chapman que, a partir do antológico Lotus 72, usou apenas as cores preta e dourada. Esse esquema gráfico ficou imortalizado quando Emerson Fittipaldi conquistou o título mundial de 1972.


Novo Lotus E22 estréia em Jerez
Única equipe ausente dos treinos da semana retrasada em Jerez de la Frontera, a Lotus finalmente testou seu carro para a temporada de 2014, o E22 no mesmo circuito. Usando a brecha regulamentária de usar o carro do ano para filmagens promocionais foi possível completar cerca de 100 km no traçado andaluz e, mesmo usando pneus de especificação antiga, fazer um shakedown e checar as primeiras modificações no motor Renault F1 Energy 2014. 


Em foto vazada na internet é possível notar a preocupação dos mecânicos em refrigerar o sistema de gerenciamento eletrônico: um dos mecânicos aparece segurando um soprador voltado para a entrada de ar instalada na parte posterior do capô do motor e distante da tomada de ar destinada ao sistema de alimentação. Vale lembrar que todas as equipes (Red Bull, Toro Rosso e Caterham) que utilizam o propulsor francês e participaram do primeiro teste da temporada tiveram problemas com este equipamento. Segundo a Renault as modificações feitas no V6 francês foram mudanças no hardware, correção de bugs e recalibração do sistema.


A Red Bull inclusive criou uma saída de ar extra no costado inferior do RB10 evidenciando alguns pontos instigantes no funcionamento do motor Renault: os novos controles eletrônicos e sistemas de recuperação de energia estão sujeitos a altas temperaturas e o conceito de vedação do carro da Red Bull mostrou eficiência perfeita. Dito isto, os ensaios de Bahrein serão ainda mais críticos dado que a temperatura ambiente é bem mais alta que em Jerez e os as retas do traçado barenita bem mais longas  


Sauber modificada
A equipe Sauber foi a primeira a confirmar que participará da segunda jornada de treinos livres com modificações em seu carro para esta temporada, o C33, equipado com o motor Ferrari 1,6 T. Segundo Monisha Kaltenborn as alterações serão principalmente na configuração aerodinâmica:

“Trata-se de um pacote bastante amplo de alterações e esperamos avaliar a maior parte dessas mudanças no primeiro teste de Bahrein: falo de novas asas dianteira e traseira, defletores laterais e vários outros pequenos elementos. Para o segundo teste teremos mais algumas peças novas.”

Kaltenborn evitou comparar o desempenho mostrado por seus rivais na pista de Jerez alegando que “por enquanto tem muita gente escondendo o jogo”. Espera-se um número maior de carros na pista, com várias equipes levando dois carros para seus dois pilotos titulares.

Enquanto isso no outro lado do mundo.

A Honda segue o o desenvolvimento do motor que marcará seu retorno à F-1 no ano que vem, quando o construtor japonês vevive nas pistas sua parceria com a McLaren. Os testes na sede de Milton Keynes, na Inglaterra, serão iniciados em junho, quando ficam prontas as novas instalações de dinamometro e montagem. No Japão o programa era baseado, até o mês passado,  no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Automóveis, em Haga-machi. Desde então todos os projetos voltados para a F-1 e automóveis de competição passou a funcionar em uma nova sede em Sakura, cidade também situada na região de Tochigi, totalmente dedicada ao projeto da F-1 e atividades voltadas ao automobilismo de competição.

Dedo duro milionário
Não é de hoje que Bernie Ecclestone lança idéias surpreendentes para manter o produto F-1 crescendo em popularidade e, principalmente, em faturamento econômico. Com a mais recente onda de contenção de custos que assola a categoria (algo que acontece a intervalos regulares, Ecclestone se dispôs a pagar um milhão de euros para quem fornecer informações que ajudem a comprovar que uma equipe da categoria gasta mais de U$ 200 milhões por ano. O bilionário inglês que controla a F-1 há décadas confirmou que essa é a proposta em estudo e que poderá entrar em vigor no ano que vem. Tal como nas tentativas anteriores de se estabelecer um limite de gastos para as equipes a proposta volta a esbarrar em sua formatação: a especificação do que estaria incluído no valor máximo e a forma de controlar esse gasto. 

Outra mudança em vista, e que poderá ser aplicada já em 2014, é o formato das provas de classificação. Como atualmente os pilotos são obrigados a largar com os mesmos pneus usados na Q-3 – o terço final da tomada de tempos e quando se definem os primeiros lugares no grid de domingo –, cogita-se a liberação de um jogo extra de pneus para essa parte do evento. Também se cogita a alteração da duração das sessões Q1 e Q3.

O maior torque dos motores turbo que serão usados este ano aumentou muito a incerteza sobre a durabilidade e eficiência dos pneus, situação que atinge diretamente a estratégia das corridas. Há quem diga que não será surpresa se um piloto evitar ir à pista para a Q-3 visando economizar pneus para a prova. As equipes deverão discutir o assunto mais profundamente durante o teste de Bahrain na semana que vem. Deste encontro deverá ser encaminhada uma proposta à FIA e à FOM.

Alencar Jr vistoria novo asfalto de Goiânia


Reformas estão avançadas no Autódromo de Goiânia (foto Alencar Jr)O piloto Alencar Jr, goiano que venceu o campeonato brasileiro de stock car em 1982, vai vistoriar hoje o novo asfalto do Autódromo Internacional de Goiânia, cujas reformas incluem também um novo edíficio de box e nova área do paddock. 

Alencar informou ao Autoentusiastas que vai pilotar "um Porsche, um Corvette e um protótipo para verificar as possíveis ondulações do traçado goiano, que continua igual ao original mas com segurança atualizada aos padrões atuais". Após a avaliação ele se reunirá com Jayme Rincon (ex-piloto de kart e presidente da autarquia que cuida da reforma do autódromo) para definir as correções que permitirão a pavimentação da camada superior de asfalto. 

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