Augusto Farfus concluiu sua jornada de 24 Horas em
Daytona com o sentimento de objetivo cumprido. Na mais tradicional prova de
longa duração do automobilismo norte-americano, o brasileiro foi um dos
responsáveis por conduzir a nova BMW M8 GTE, novo modelo da montadora bávara
para competições.
O carro mostrou grande confiabilidade, terminando a prova em
7º lugar na classe GTLM sem nenhum problema técnico, o que foi considerado um
ótimo resultado e recompensa pelo desenvolvimento do carro com o qual a BMW vai
disputar o campeonato completo do WEC (World Endurance Championship) e as 24
Horas de Le Mans - tendo Farfus como um dos pilotos oficiais - em 2018.
O desafio era grande para a estreia do carro. O circuito
de Daytona é muito técnico, e a edição deste ano teve o menor número de
bandeiras amarelas da história da prova, com apenas 4 intervenções no total, ou
seja, a corrida foi muito intensa, inclusive, com alguns períodos sob forte
chuva. O BoP (balance of performance) não foi favorável ao novo carro da BMW,
mas isso não interferiu nas metas da montadora, que chegou ao fim da corrida
com seus dois carros. Correndo pela equipe BMW Team RLL, ao lado de Nick
Catsburg, Jesse Krohn e John Edwards, o quarteto do carro #24 completou a prova
depois de 773 voltas no total.
A vitória geral da corrida ficou com o Cadillac #5 da
classe Protótipos, pilotado por Christian Fittipaldi, Filipe Albuquerque e João
Barbosa, com o novo recorde de 808 voltas completadas.
Após a maratona de 24 Horas em Daytona, Farfus viaja
nesta segunda-feira (29) dos Estados Unidos para a Austrália, onde disputa as
12 Horas de Bathurst já no próximo fim de semana (2 a 4 de fevereiro). O
curitibano correrá pelo Team Schnitzer, a bordo da BMW M6 GT3 #43, ao lado de
Chaz Mostert e Marco Wittmann. Os treinos oficiais acontecem na sexta-feira e
sábado, quando o grid de largada é definido. A prova, no domingo, tem largada
marcada às 5h45 (horário local em Mount Panorama).
Augusto Farfus:
“A BMW fez um trabalho excepcional na estreia da M8 GTE.
O objetivo era chegarmos ao fim da prova, e fizemos isso com os dois carro. No
#24, não tivemos nenhum problema, e no #25, foi só o pneu que estourou, mas
isso não é uma questão técnica. Infelizmente, o BoP não nos ajudou, então não
tivemos um carro tão rápido, e, como a prova foi muito intensa, com poucas
bandeiras amarelas, dificultou nosso ritmo de corrida e a chance de brigarmos
pelas primeiras posições. Mas saímos daqui orgulhoso e felizes, o carro tem uma
base boa para crescer. Agora, vou direto para a Australia, onde corro as 12
Horas de Bathurst com a equipe Team Schnitzer, minha equipe em Macau e também
nas 24 Horas de Nürburgring. Temos um time realmente forte e vamos tentar
brigar pela vitória lá”.
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