A Ford está
desenvolvendo um projeto-piloto de pesquisa com a Microsoft que usa tecnologia
inspirada na computação quântica para simular a movimentação de milhares de
veículos e reduzir os congestionamentos.
“A computação
quântica pode transformar a indústria automobilística e o modo como nos
movimentamos”, diz Ken Washington, diretor de Tecnologia da Ford. “Na hora do
rush, vários motoristas solicitam ao mesmo tempo as rotas mais curtas
possíveis, mas os serviços de navegação atuais não levam em conta o número de
usuários de rotas semelhantes.”
Os computadores
tradicionais não conseguem processar tanta informação rapidamente e é aí que
entra a computação quântica. Os computadores existentes traduzem a informação
em 1 ou 0 – também conhecido como bit. Mas um computador quântico pode
processar a informação em bit quântico (ou um qubit), que pode existir
simultaneamente em dois estados diferentes antes de ser medido. Após a medição,
no entanto, 1 ou 0 aparece aleatoriamente e a probabilidade de cada um é
determinada por um conjunto de regras chamado de mecânica quântica.
Em última
análise, isso permite que um computador quântico processe informações em uma
velocidade mais rápida. A tentativa de simular recursos de um computador
quântico numa máquina com hardware não quântico levaram à tecnologia de
inspiração quântica – algoritmos poderosos que imitam
certos comportamentos
quânticos e são executados em hardware convencional especializado. Isso permite
obter alguns benefícios antes que o hardware quântico esteja totalmente
disponível.
Com capacidade de
processar grande volume de dados, a computação quântica poderá fornecer rotas
otimizadas para os motoristas, criando um fluxo de tráfego mais eficiente e com
menos emissões.
Esse sucesso
levou a Ford a expandir a parceria com a Microsoft para melhorar ainda mais o
algoritmo e estudar sua aplicação em cenários mais reais. O objetivo é entender
como o método se comporta diante de variáveis como, por exemplo, quando algumas
ruas estão fechadas ou se alguns motoristas decidirem não seguir as rotas
sugeridas, para que o roteamento balanceado possa trazer melhorias concretas
para as cidades.
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