sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

FORD E MICROSOFT PESQUISAM A REDUÇÃO DOS CONGESTIONAMENTOS COM A COMPUTAÇÃO QUÂNTICA




A Ford está desenvolvendo um projeto-piloto de pesquisa com a Microsoft que usa tecnologia inspirada na computação quântica para simular a movimentação de milhares de veículos e reduzir os congestionamentos.

“A computação quântica pode transformar a indústria automobilística e o modo como nos movimentamos”, diz Ken Washington, diretor de Tecnologia da Ford. “Na hora do rush, vários motoristas solicitam ao mesmo tempo as rotas mais curtas possíveis, mas os serviços de navegação atuais não levam em conta o número de usuários de rotas semelhantes.”

Os computadores tradicionais não conseguem processar tanta informação rapidamente e é aí que entra a computação quântica. Os computadores existentes traduzem a informação em 1 ou 0 – também conhecido como bit. Mas um computador quântico pode processar a informação em bit quântico (ou um qubit), que pode existir simultaneamente em dois estados diferentes antes de ser medido. Após a medição, no entanto, 1 ou 0 aparece aleatoriamente e a probabilidade de cada um é determinada por um conjunto de regras chamado de mecânica quântica.

Em última análise, isso permite que um computador quântico processe informações em uma velocidade mais rápida. A tentativa de simular recursos de um computador quântico numa máquina com hardware não quântico levaram à tecnologia de inspiração quântica – algoritmos poderosos que imitam
certos comportamentos quânticos e são executados em hardware convencional especializado. Isso permite obter alguns benefícios antes que o hardware quântico esteja totalmente disponível.

Com capacidade de processar grande volume de dados, a computação quântica poderá fornecer rotas otimizadas para os motoristas, criando um fluxo de tráfego mais eficiente e com menos emissões.

Esse sucesso levou a Ford a expandir a parceria com a Microsoft para melhorar ainda mais o algoritmo e estudar sua aplicação em cenários mais reais. O objetivo é entender como o método se comporta diante de variáveis como, por exemplo, quando algumas ruas estão fechadas ou se alguns motoristas decidirem não seguir as rotas sugeridas, para que o roteamento balanceado possa trazer melhorias concretas para as cidades.

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