Um grupo formado
predominantemente por soldados feridos, batizado de Race2Recovery, foi formado
para participar do Rali Dakar e arrecadar fundos às instituições de caridade
relacionadas ao Exército britânico. Eles estão em Lima, capital peruana, para
começar o desafio de ser a primeira equipe de atletas com alguma deficiência
física a completer a mais difícil corrida do mundo: o Rali Dakar.
Patrocinada pela
Land Rover, a equipe entra na corrida com quarto veículos Wildcat embasados no
Defender. No sábado, 5 de Janeiro, Lima dará a largada a uma corrida de 15 dias
e 8.500Km, que passará por terrenos extremos como montanhas e desertos pelo sul
peruano, passando a fronteira com a Argentina e terminando em Santiago do Chile
no domingo 20 de Janeiro.
A equipe
Race2Recovery também recebeu o apoio da Família Real britânica em Novembro,
quando recebeu o primeiríssimo aporte da Endeavour Fund, recentemente criada
pelos Duque e Duquesa de Cambridge, juntamente com o Príncipe Harry.
No início, a
campanha Race2Recovery começou com um Freelander e alguns associados. Hoje, a
equipe possui 28 integrantes e quarto veículos Wildcats, além de veículos de
apoio que percorrem o trajeto. Em Novembro e Dezembro de 2012, o Race2Recovery
treinou no Saara com especialistas da Land Rover, que fizeram atividades para
atuar em um terreno similar ao que a equipe experimentará de fato na corrida
dos próximos 20 dias.
Com o lema
“Beyond Injury – Achieving The Extraordinary”, o grupo pretende ser inspiração
para outras pessoas que possivelmente se feriram ou encaram adversidades
decorrentes da deficiência física. Pela corrida, o Race2Recovery tem levantado
fundos para o Tedworth House Personnel Recovery Centre, um dos seis centros de
recapacitação. Mais informações sobre e detalhes sobre doações para a entidade
podem ser encontrados em www.race2recovery.com
Direto de Lima,
Peru, o capitão e um dos pilotos da prova, Tony Harris, de 31 anos, teve
amputada uma de suas pernas, do joelho para baixo, durante serviço no
Afeganistão. Ele comenta: “Ser parte do Race2Recovery desde o comecinho e
trabalhar tanto com a equipe faz parecer esta parte, a chegada em Lima, algo
surreal. Estamos a poucas horas de começar a prova, mas já passamos noites em
claro neste ano para preparar os carros. Também a maneira como o grupo evoluiu
em 18 meses é algo fenomenal”.
Harris segue
dizendo que “todas as pessoas que os ajudaram devem se sentir orgulhosas agora,
família, amigos e patrocinadores. Vamos aproveitar essa experiência, mas
principalmente para atingir nosso objetivo que é terminar o percurso e poder
oferecer recursos para a Tedworth House Personnel Recovery Centre, portanto
pedimos a colaboração de todos, que entrem no site e façam uma doação”.
O gerente da
equipe Race2Recovery, Andrew Taylor, que também foi vítima com sequelas de
ataque suicida enquanto servia o exército, disse: “Poder ver o
crescimento da equipe e o progresso ao trabalhar ao lado de cada um, em
parceria, me enche de orgulho. Foi um privilégio em trabalhar com pessoas que
passaram por situação parecidas com a minha. Aqui no Peru começaremos a prova
mais difícil do mundo, mas estamos entre profissionais e especialistas. Além
disso estamos passando uma mensagem otimista para as pessoas – todos podem
atingir o extraordinário além do que falam das suas capacidades. Isso tudo
significa muito para a equipe, especialmente se formos a primeira equipe de
deficientes físicos a completar o desafio”.
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