F-Truck: Jardim festeja seu melhor resultado e vislumbra novo pódio

A temporada de 2013 dos campeonatos Sul-Americano e Brasileiro de Fórmula Truck impôs um novo desafio à RM Competições. Pela primeira vez, a equipe apresentou-se para a disputa tendo seus caminhões equipados com os motores de 12 litros, mais potentes que os de nove litros utilizados até 2012, e que implicam o aumento de peso. Com a temporada próxima da metade, o time começa a colher os resultados do trabalho de desenvolvimento. A quarta das dez corridas do calendário, disputada no dia 9 de junho no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO), teve dois pilotos da RM no pódio. O paranaense Leandro Totti, largou em último e repetiu o terceiro lugar da etapa anterior, realizada em Caruaru (PE). Adalberto Jardim, décimo no grid, foi segundo colocado, comemorando seu melhor resultado na categoria – a vitória foi do brasiliense Geraldo Piquet, da ABF/Mercedes-Benz. O resultado foi bastante comemorado. “Não só pelo pódio, em si, mas sobretudo por termos conquistado esses resultados ainda no início do trabalho de desenvolvimento do novo equipamento”, destaca Jardim, já manifestando a expectativa de voltar ao pódio na quinta corrida, dia 7 de julho em São Paulo (SP), no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. “Ainda tem muita coisa para desenvolvermos, mas o equipamento já mostra competitividade”, observa. Uma das preocupações de Jardim na etapa goiana dizia respeito à alta temperatura. “Fazia muito calor e o clima em Goiânia é muito seco, isso castiga muito os motores. Estipulamos uma faixa de temperatura segura, que oscilava de 110 a 112 graus. Era essa faixa que eu vinha mantendo durante a corrida, sempre administrando, para que o equipamento resistisse sem problemas até o fim da corrida. Acabou dando certo”, destacou o experiente piloto. Na segunda metade da corrida, Jardim via um pelotão à frente e outro logo atrás de seu Volkswagen-MAN. “Além das características do clima, a pista de Goiânia tem um trecho muito longo de exigência máxima do motor. Houve um instante em que fiz um teste. Cumpri a reta toda sem acelerar ao máximo. A temperatura caiu a 102 graus. O pelotão que vinha atrás até chegou perto, mas eu tinha margem para me manter à frente. Estava sob controle”, lembra. Nas voltas finais, Jardim decidiu pressionar a liderança de Piquet. “Com a corrida no final, apostei que o equipamento resistiria um ritmo mais forte e fui para cima. Aumentei meu ritmo, e aí notei que o Geraldo também andou mais forte. Ele também estava administrando o equipamento dele. Diante disso não adiantava arriscar. Eu já tinha feito parte de várias disputas muito boas durante a corrida toda, o segundo lugar estava de ótimo tamanho”, define. Embora tenha participado de duas etapas em 1997 substituindo Djalma Fogaça, que se recuperava de uma fratura na perna, Jardim tem sua estreia na Fórmula Truck associada à terceira etapa do campeonato de 2006, também em Interlagos, pela RM Competições. A corrida marcou a conquista de sua única pole-position na categoria – ele abandonou na oitava volta, com problemas no caminhão número 8, o mesmo com que se inscreve desde então. Adalberto Jardim mantém a expectativa de figurar no pódio na etapa de Interlagos. “Desde que o campeonato começou, quando começamos o trabalho de desenvolvimento do novo equipamento, sabíamos que as primeiras corridas seriam difíceis para nós. Seriam difíceis, como têm sido, mas uma dificuldade boa, porque leva à evolução. O foco, há algum tempo, é termos uma condição favorável na corrida em Interlagos, tudo indica que teremos”, antevê. O piloto frisa o comprometimento da engenharia da MAN Latin America com o desenvolvimento do equipamento. “A equipe do Rodrigo Chaves, que é engenheiro da fábrica, tem se empenhado ao máximo. Também ajuda bastante ter um chefe de equipe como o Renato Martins. A experiência como piloto faz com que ele enxergue a dificuldade antes mesmo dela surgir, isso tem sido fundamental para o crescimento da equipe nessa nova fase”, atribui.