Coluna 4514 - 07.10.2014
- edita@rnasser.com.br
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Mundo do automóvel: SUV ou SAV ?
Antigamente automóvel se dividia em poucas versões: sedã, cupê, station – ou camioneta. Depois tipo jipe e picape pequeno. Agora, o leque
se ampliou. Por razões de Mercado mudou a morfologia, criando o SUV, Sport
Utility Vehicle, veículo utilitário esportivo, com andar
tentativamente confortável, e habilidades superiores em serviços duros. Inspiraram-se
no Jeep station wagon – no Brasil dita Rural,
pioneira na especialidade. Conteúdo como a tração nas quatro rodas foi mantido,
e a decoração espartana foi incrementados em confortos e implementos de
veículos de luxo.
O desenvolvimento dos sistemas de tração, o surgimento do diferencial
intermediário, o uso da eletrônica, tornou seu uso mais amigável e fácil.Houve, também, a mudança de óptica quanto ao uso
dos sistemas de tração. Antes apenas de engranzamento constante, ou
acionando-se o eixo dianteiro, sempre com transmissão mecânica, os novos
usuários não precisavam de tal adjutório no dia a dia sobre asfalto. Daí, o
sistema para fazer força, arrancar toco, descer à grota, carregar transformador
elétrico morro acima, tornou-se, pela falta de uso, componente desnecessário e
caro.
SAV
A BMW, ao lançar o X3, em 2003, identificou-o em novo conceito, o SAV,
acrônimo de “Sport Activity Vehicle”. Na prática o parágono de
dinâmica esportiva, interior Premium, robustez, agilidade, e baixos consumo e
emissões. A princípio visto como mero carimbo publicitário, o tempo cuidou de
mostrar as diferenças com os SUV, incluindo outra medida, a relação entre
tamanho externo e área interna. Ou seja, quanto mais compacto, usável
diuturnamente e versátil, mais adequado ao rótulo.
O SAV, ao contrário do SUV, não é feito para
puxar trailler, barco, rebocar, andar off road,deslocar
tralha pesada, nem tem grande altura livre do solo.Com tais diferenças visuais e de aplicativo, o sonho dos projetistas do
SAV é tê-lo visto pela clientela como SUV, como ocorre. Sujeito compra um
monovolume mais alto e com partes pintadas em preto, e se sente poderoso, como
se dirigindo Land Rover 90 na selva amazônica.
Jipinho ?
No Brasil a imprensa simplifica e público trata qualquer versão de monovolume
com maior altura do solo como jipinho, mesmo sem qualquer
habilidade intrínseca. Jeep é do departamento de valentia, um dos poucos a
criar caminho novo na história do automóvel, e jipinhos nacionais
aí não se enquadram.Assim, se lhe interessa compra de um destes
veículos, verifique a ficha técnica para saber se a tração é para trabalho ou
apenas uma questão de dirigibilidade em pistas molhadas e piso irregular. Se é
um Jeep enfeitado como automóvel, ou automóvel querendo
parecer Jeep por decoração e suspensão elevada.
Outro goiano, o Lancer
Após importar e vender para formar frota para
manutenção e torná-lo conhecido, a MMCB empresa nacional fabricando Mitsubishis
em Catalão, Go, iniciou produzir o sedã Lancer no país. Período permitiu
desenvolve-lo às peculiaridades local – piso e gasolina.
Bem formulado – motor em alumínio, 2,0 litros,
quatro cilindros, 16V, 160 cv e importantes 20 m.kgf de torque. Tração frontal
nos modelos básicos e total no GT, cinco marchas mecânicas ou seis virtuais
pela transmissão automática CVT, comando por alavanca no piso ou sob o volante.
Suspensão independente nas 4 rodas, Mc Pherson frontal e Multi link traseira.
Cuidada administração de espaços, incluindo dobradiça pantográfica no porta
malas, para não subtrair espaço à bagagem.
Atrativo interno, sistema multi media e tela de 18
cm. E sensores para chuva e acendimento dos faróis, controle de áudio no
volante, ar condicionado automático. Nove bolsas de ar, ABS de quatro canais,
BAS como auxiliar de freios, carroceria absorvedora de impactos.
É o mais novo e o mais nacionalizado dos Mitsubishis, pois motor agora
tem partes feitas na planta de Catalão. R$ 1B aplicados em implantar fundição,
e nova pintura dobrando a capacidade produtiva a 100 mil unidades/ano entre
picapes L200 Triton, suvs Pajero TR4, Dakar e crossover ASX.
Lancer goiano tem coragem ao uso de rodas em liga
leve com 18” e pneus 215x45. Sua lateral, uns 9,5 cm de altura, andará na fina
linha separando charme visual e as possibilidades de danos e cortes em nossa
vergonhosa malha urbana e viária. Garantia de 3 anos, sem limite de
quilometragem.
Quantos R$s
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Lancer 2,0 MT
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66.490
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Lancer 2,0 CVT
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72.490
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Lancer 2,0 GT
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83.990
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Lancer GT AWD
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97.490
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Curiosidade
Fazer o carro em Catalão, sem os custos dos importados – cara e
burocrática logística de vir do Japão ao Goiás, pagar 35% de imposto de
importação e mais os 30% adicionais, não reduziu o preço ao consumidor.
Salão, ainda
Negócio – A fim de ser revendedor de
marca pequena e elegante? A DS, antes divisão da Citroën e agora marca
própria, busca nomear distribuidores nas principais capitais – S Paulo, Rio,
Curitiba, Belo Horizonte e Brasília.
Caminho – Jörg Hoffmann, presidente, garantiu
ser flex o motor 1.4, turbo, injeção direta, a utilizar no SAV
Q3 a partir de 2015 quando ambos produzidos na Brasil. Motor em São Carlos, SP,
Q3 no Paraná, em fábricas da Volkswagen.
Credo – Hoffmann, mandado para fazer mercado,
e François Dossa, da Nissan, dobrar participação e alcançar o primeiro posto em
qualidade, exudam tratar o negócio como a tropa de elite e seu dístico: missão
dada, missão cumprida.
Na cola – Mercado tem maior briga no segmento
médio Premium, entre Audi A3, BMW Series 3 e Mercedes C, marcas vendendo umas
12 mil unidades em 2014. Número indica crescimento. Mercedes 25% segundo
Dimitri Psilakis, diretor. No geral mercado cairá uns 9%.
Entusiasmo - Apresentação mais entusiasmada do
Salão foi a do Jeep Renegade, por Sérgio Ferreira, diretor geral da marca.
Avisou, será líder – ultrapassando Ford EcoSport e Renault Duster. Disse, a
Jeep redefinirá o segmento no Brasil e, para tirar dúvidas, enfatizou “não
tem p’ra ninguém.”
Roda-a-Roda
Mudança – Processo de
defenestração de Luca de Montezomolo da condução da Ferrari se desdobra: a FCA,
união de Fiat, majoritária no controle da Ferrari, e Chrysler, decidiu levar a
Ferrari à situação anterior, de empresa independente, fora da FCA.
A público – Lançará em bolsa 10% das ações
Ferrari para captar US$ 1,5B; emitirá ações para obter US$ 2,5B; distribuirá restante
aos acionistas da FCA, exceto os 10% pertencentes a Piero Lardi, herdeiro de
Don Enzo e novo presidente da empresa. Ferrari, extremamente rentável, é
atrativo investimento e charmosa aplicação.
Mico caro – Hyundai e
Kia pagarão US$ 350M – uns R$ 800 – para encerrar investigação do governo dos
EUA a respeito de dados falsos de consumo dos carros da marca. Lá, jogo duro
quanto a consumo e emissões.
Mais – Após tímida entrada no país, marca
Lexus, Toyota de topo, quer ampliar negócios, com NX novo SAV compacto. Mira
assemelhados alemães VW Tiguan, Audi Q3, BMW X3. Motor 2.0 litros, 16V, injeção
direta, 238 cv, transmissão automática de seis marchas. Entre $ 200 mil e R$
230 mil. Projeta vender 600 unidades em 2015. Concorrentes, 20 vezes mais.
Profissional –
Lastreado, respeitado, do ramo – foi da Petrobrás na nacionalização dos
equipamentos de perfuração, e do governo federal à abertura das importações,
presidente da Ford –, Antônio Maciel Neto, agora no. 1 do grupo CAOA defende a
manutenção do IPI reduzido. Sem choro argumenta, seria compensação à queda do
mercado em 2014.
Vermelho – Até setembro Ford perdeu US$ 975M
na América do Sul. Problemas foram em seu maior mercado, o Brasil: baixo
desempenho da economia e interrupções pela Copa do Mundo e Eleições; Argentina
e Venezuela, em credo comum, também perderam atividade.
Atestado – Inmetro, de metrologia, certificou
o Centro Tecnológico da Mahle Metal Leve em Jacareí, SP. O laboratório, um dos
10 da empresa no mundo, desenvolve anéis de pistão, camisas de cilindros e
filtros para motores flex.
Imagem – Pirelli, de pneus, é marca favorita
aos homens no Brasil, diz pesquisa Folha Top of Mind, com 46% das
indicações. Vista por patrocínios esportivos, bons produtos, institucionais -
como manter o monumento ao Cristo Redentor, Rio de Janeiro -, e equipar metade
dos automóveis e suvs nacionais.
História – 85 anos no Brasil; ligada aos
resultados de corridas com os carros nacionais nos anos ’60, com o pneu
Cinturatto, primeiro radial aqui produzido, divisor de águas em comportamento.
Mudança – Diz portal PIA, Intercar, tradicional (desde 1962)
revenda carioca de automóveis Mercedes-Benz, foi comprada pelo grupo AB Paulo
Simões, com bandeiras VW, Nissan, Volvo, Honda e GM. Ao nome acrescerá prefixo
AB; manterá loja em Copacabana e oficina em São Cristóvão. Novo show room possivelmente
no Leblon.
Festa – MAN Latin America, dos caminhões e
ônibus Volkswagen comemora 18 anos de fábrica em Resende, RJ. Pioneira, nela
aplicou o Consórcio Modular, sistema produtivo com fornecedores trabalhando na
linha de montagem.
Mais – Responsável por 65% da receita do
município, a presença da MAN, então Volkswagen, viabilizou ida de outras
montadoras e empresas no entorno – Peugeot/Citroën, Nissan, e futuramente
Jaguar Land Rover.
Mudança – Fortaleza aplica sete ônibus
articulados em corredor exclusivo Antônio Bezerra/Centro. Mercedes-Benz, a
exemplo de Brasília, S Paulo, Rio, Vitória, Curitiba e Porto Alegre. Tem 67% do
mercado de ônibus no Brasil.
Incentivo – Fenabrave, entidade dos revendedores
autorizados, e Caixa Econômica fecharam ação de vendas. Correntistas tem
crédito pré aprovado, pagamento pós Carnaval, juros de 1,35% a.m. e 36x. Até
final do ano.
Enzima – Neste mês promove o Salão
Auto Caixa, na rede revendedora. Último, em setembro, fomentou vendas em
18%. Tático, Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, não calcula impacto
sobre vendas de varejo ou danos do aumento dos juros e a inflação do medo. Ação
interessa às duas partes.
Também – Banco do Brasil, também oficial, busca
ampliar-se na área. Oferece aos clientes BB Estilo, de maior renda,
financiamento em até 60x, juros a partir de 0,79% mensais, primeira parcela em
180 dias, troca com troco ... Momento atual sobra dinheiro, faltam clientes.
Mercado - Querem navegar no barco da reação, findas eleições, com
13º. salário, desconto de IPI até o final do ano – e mostrar resultados ao novo
de novo governo federal.
Expansão – Outra fábrica do atrevido Grupo
Randon: Araraquara, interior paulista. Crê no futuro e atacará dois mercados:
semi reboques canavieiros e vagões ferroviários. Início de produção em 2016.
Governo paulista concedeu incentivos e fará ligação rodoviária à área, fazenda
com 122 ha.
Fim – Após 26 anos acabou a TAS, Torcida
Ayrton Senna. Família sem interesse em apoiar, pediu o imóvel da sede. Acervo à
venda, R$ 100 mil.
Enfim – Felipe Nasr, brasiliense, chegou à Formula
1. Estará na equipe Sauber. Nasr é melhor que o team, mas era a única opção. Tem talento para acertar o carro.
Gente – Boris Feldman, jornalista, desafio. OOOO
35 anos no Estado de Minas, onde colocou o caderno Veículos em liderança
nacional, vai-se ao jornal Hoje em Dia. OOOO Razões
desconhecidas. Mercado diz, dificuldades financeiras do grande jornal mineiro
atrapalham o presente, arriscam o futuro. OOOO
Depois do Renegade, um picape Fiat em Pernambuco
A Fiat construiu, mas será uma das inquilinas do novo espaço industrial
em Goiana, Pe. Entre moldar o projeto e demarrar a atividade industrial,
assumiu a corporação Chrysler, unindo-se sob a razão social FCA. Tantas
alterações re formataram o projeto para produzir veículos das marcas
associadas. O pioneiro é o Renegade, menor na família
Jeep, marca também absorvida. Logo após, um modelo Fiat.
Não é apenas adicional endereço fabril, mas
iniciativa corajosa, grande, ampla, cara em seu investimento de R$ 4B, parte de
projeto de políticas públicas de dispersão das atividades industriais a outros
estados. Jeeps já foram montados em Jaboatão, Pe, no distante 1965, pela então
detentora da marca, a Willys-Overland.
O ampliar do leque industrial muda a feição do
empreendimento. Não será unidade fabril adicionando produção à marca Fiat mas,
em nova óptica, ao raiar do próximo ano resgatará e implantará duas marcas com
pegadas no país, a citada Jeep e Dodge/Chrysler.
O espaço em Goiana, próximo ao porto de Suape,
facilita importar insumos e exportar veículos, segue a vitoriosa estratégia da
Fiat em atrair fornecedores ao seu entorno - sob seu teto. A grande área de 12
milhões de m2 - 12 km2 ou três km de frente com lateral de 4 km, recebeu 12
galpões para 17 fornecedores-parceiros, operando a logística de produção ou
finalização de componentes ao lado das linhas de montagem de veículos. Reduz
custos, fortalece parceria, escapa dos problemas da entrega de componentes.
Capacidade industrial plena será de 250 mil
unidades/ano - quatro vezes a soma da Audi, da Mercedes, em implantação, e da
BMW em início de operação.
Quanto aos produtos, o pequeno Renegade foi
apresentado como próximo líder do segmento. Opções de motores 1.8 flex, 2.0
turbo diesel, transmissões mecânica de 5 velocidades ou automática com seis e
nove marchas, e diferenças no padrão decorativo. Sucesso no Salão do Automóvel,
quer reescrever a história do Jeep no Brasil e transformar a linha de produção
pernambucana em base de exportações à América Latina.
Segundo produto terá marca Fiat. A empresa resolveu
focar nos picapes, sua área de maior competência e liderança, com novo modelo,
situado no espaço vago entre o líder Strada e os picapes médios. Motorização
diesel fornecida pela associada FPT, tração dianteira, focando em mercado de
entrega urbana e aplicações em asfalto.
Quem foi ao Salão o viu, mascarado sob a capa de um
sedã/cupê apresentado como FCC 4. Sob as linhas instigantes está a plataforma
do novo picape, com 5m de comprimento e 2m de largura.
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