Coluna
2015-14.05.2015 edita@rnasser.com.br
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13 de maio, o
Dia do Automóvel
É coincidência
histórica comemorar no 13 de maio a abolição da escravatura e saber, a mesma
data é oficialmente dedicada ao Dia do Automóvel. Na prática duas efemérides
dedicadas à liberdade. Humana e social, tentando apagar marca em nossa
história, e de reconhecimento ao maior ícone do século passado, ferramenta
concedendo ao homem poder então desconhecido, o da mobilidade. Desnecessário
falar, foi também a maior enzima tecnológica do período.
A decisão é de
1926, pelo Decreto 24.224, e serviu para chancelar a inauguração da primeira
estrada pavimentada do Brasil, ligando o denominado Pé da Serra, em Xerém,
município de Duque de Caxias, à turística cidade de Petrópolis, ambos no Estado
do Rio de Janeiro. O espírito era reconhecer a importância da via rodoviária,
implementada pelos sócios e promoções do Automóvel Club do Brasil. A entidade
privada reunia os adeptos do automobilismo em época na qual a posse e o
usufruto do automóvel e seu significado de poder e status, elevavam socialmente
seus proprietários.
Á época o Rio de
Janeiro era capital da República, usina de modas, comportamentos e seus
regulamentos legais. A frota dos mágicos veículos, capazes de unir as vantagens
diferenciativas do poder, e as facilidades da locomoção, fomentaram a ideia.
Petrópolis era, e ainda tratada como Cidade Imperial, pois Dom Pedro II
lá tinha residência de verão, ou para lá se dirigia quando queria descanso do
exercício do poder. Entretanto, dificilmente os cariocas se arriscavam a um fim
de semana serrano. Era um desafio superar os caminhos da baixada fluminense, e
mais ainda se aventurar pela estrada carroçável, seus atoleiros, as
escorregadias lages de pedra, instando os cariocas de bolso saudável a uma
curiosidade modal: iam em automóvel até a estação ferroviária Pedro II,
colocavam-no sobre uma plataforma, compravam passagens para o vagão Pullman, o
mais confortável, e subiam a serra em trem da Estrada de Ferro Leopoldina.
Os sócios do
Automóvel Club, com interesse em mostrar sua diferença social e utilizar seus
veículos, tomaram a iniciativa. A estrada exigiu pontes e obras de arte, de
modo a permitir a viagem. Seu revestimento é em placas de concreto, então de
execução relativamente ao macadame. Um e outro eram importados.
Em 1934, durante
as comemorações de entidade de rodoviarismo, Getúlio Vargas, em tempo de
ditador, aproveitou a ocasião e agregou à data outra comemoração, o festejar da
estrada de rodagem. Esta parte perdeu-se no tempo, com construções de baixa
qualidade e elevado preço. E a do automóvel, agora transformado em commodity, e
a caminho de se tornar insosso equipamento eletrônico com quatro rodas, segue o
caminho da falta de orgulho e do esquecimento.
Villa D’Este, refinado
encontro de automóveis antigos
Não é espetaculoso como os
conhecidos eventos norte-americanos para automóveis antigos – Pebble Beach,
Amelia Island, Hershey ou Carlisle -, nem segue o caminho do parisiense
Rétromobile, da extensa Essen, na Alemanha, da insuspeitadamente atrativa Feira
de Pádua, na Itália. Mas é aula de elegância em cenário, refinamento em
presença e unidades expostas. É o Concorso d ‘Eleganza Villa d’Este, realizado no famoso hotel homônimo, Lago de Como,
Itália. 86ª. edição, de sexta, 22 a domingo 24.
Tema, veículos da década de
’70, decênio assinalador de grandes mudanças sociais e seus reflexos na
engenharia automotiva, gerando os conceitos ainda seguidos. Pós Guerra os
automóveis se democratizaram, perderam o charme construtivo e, mais
recentemente, sofreram processo de pasteurização, com engenharia e projeto
comandados por contadores e economistas, um pessoal pró lucro e anti carro. Por
isto, há categorias para outros veículos.
Busca-se, como sempre,
atração de raridades, daí premiação luxo pré Guerra, esportivos anti
depressivos, os carros feitos à mão, como os grandes coupés pelos carrozzieri, GTs especiais. Segundo tema, Rolls-Royce Phanton,
conceito perdurando há nove décadas. Destes, exemplar atrativo é unidade de
1954, versão Landaulet, portando pioneiro uso da transmissão automática,
encomendado pela Rainha Elizabeth II e presenteado à sua irmã Margaret.
Dentre esportivos, exemplar
do Pegaso Z102, espanhol tecnicamente refinado, existente em menos de centena
de unidades; Maserati 60/61 conhecida mundialmente como Bird Cage, gaiola, pela profusão de tubos formando sua estrutura;
Panther Six, esportivo inglês com seis rodas, inspirado nos Tyrrell P34 de
Fórmula 1, tracionado por enorme motor Cadillac 8,2 litros, com dois
compressores e 600 cv. Atração à parte, quatro BMW decorados nos anos ’70 pelos
artistas Alexander Calder, Frank Stella, Roy Lichtenstein e Andy Warhol.
Curiosidade
Organização de eventos
automobilísticos, exceto leilões, são atividades de clubes ou sociedades com
fim específico. O Villa D’Este é exceção. Quem o organiza é o BMW Group Classic, área de
antigos da marca bávara. Começou como patrocinadora em 1999 e, em 2005,
resolveu botar ordem alemã na organização, assumindo-a. Atrações paralelas,
ligada à marca, exposição dos Mini dos anos ’70, e leilão pela Casa Sotheby’s
de 40 veículos. Ingressos baratos: 7 euros (uns R$ 26) no sábado e E 10, uns R$
35 no domingo
Sinal de vida, Alfa patrocina Mille
Miglia Storica
Com anúncio de novos planos e
produtos em junho, a Alfa Romeo assumiu maior cota de patrocínio da italiana Mille Miglia. Como dizia Enzo Ferrari, mais famoso chefe de sua
equipe de competições, a mais bonita corrida do mundo. Partida e chegada em
Brescia, após percorrer o neste ano esticado circuito para uma paradinha no
circuito de Monza, onde o grupo FCA – também controlador da Alfa – patrocina a
Expo 105. Ao final, 1.726 km, mais de 200 cidades e sete estados percorridos.
Inscritos há 464 automóveis,
com crescente adesão dos museus dos fabricantes. Neste ano a Jaguar confirmou
participar e a Mercedes-Benz lidera com seu time com mais de 20 veículos, entre
próprios e de clientes vip sob a frondosa árvore de seu patrocínio. Lidera-a o
vencedor e veteraníssimo Sir Stirling Moss, 86 !
Alfa Romeo retirou dois
exemplares de seu Museu: 1900 Sport Spider, de 1954 e 750 Competizione, de
1955, conversíveis de alta performance. O 1900 tem a base do motor depois
utilizado no FNM JK aqui produzido, e também para o Alfa 2300. Fazia 138 hp e
atingia 220 km/h. 750 não é cilindrada, mas indicativo do modelo Giulietta.
Usava motor 1.500 e 148 hp de potência. A Giulietta mudou a cara da Alfa.
Se tiver competência festeira
marca poderá capitalizar feitos importantes: venceu 11 vezes a Mille Miglia –
nenhuma outra a superou -; e esta edição registra 80 anos da vitória de Carlo
Pintacuda e Della Stufa em um Tipo B “P3” preparado especialmente para a prova,
seguido de cinco outros Alfa.
À época era uma corrida
alucinada, e hoje o complemento Storico
mantém o espírito da elevada disputa, mas a velocidade se transformou num
exercício aritmético para perder a menor quantidade de pontos nos 84 pontos de
aferição de passagens com velocidade assinalada em casas centesimais.
É um charmoso rallye, e seus
participantes são reconhecidos mundialmente por usar um cronógrafo Choppard,
construído, datado e marcado com o numeral do participante a cada edição.
Roda-a-Roda
Mercado – Audi mantém
crescimento de vendas e marcou em abril 75% de aumento em emplacamentos
comparados com abril de 2014. Modelos mais vendidos, Q3 e A3 Sedan 1.4.
Base – Crescimento da
Audi baseia-se em expansão da rede concessionária, investimentos em marketing e
pós-vendas, e a re implantação de fábrica da marca no país.
Não – Volkswagen do
Brasil descartou a possibilidade de importar da Índia o novo VW Polo, geração
posterior à recentemente encerrada aqui. Operação neste sentido será efetivada
pela VW na Argentina.
Tempo - Chery
conseguiu se compor com o sindicato dos metalúrgicos do Vale do Paraíba e botar
sua fábrica a funcionar. Logo após a inauguração em fevereiro, houve greve, e
aos 6 de maio a produção de automóveis Celer foi re iniciada. 30
veículos/dia, a marcha industrial mais lenta, para compatibilizar com o
mercado. As instalações da empresa são para 150 mil u/a.
Ocasião – Seguindo a
regra de atrevimento econômico, segundo a qual Crise é
Oportunidade, Citroën promove ousada
ação, acreditando no desejo do consumidor em levar para casa carro O Km,
charmoso e bem equipado. Oferece financiamento competitivo, bônus e entradas
facilitadas para C3, Aircross, C4 Lounge.
Irmã – Peugeot faz
ação assemelhada e com o Desafio Test Drive Peugeot 208, e discurso curto:
testou conteúdo, a invejável posição de dirigir, mas comprou concorrente, Ford
Fiesta 1.5/1.6, Hyundai HB20 1.6, Honda Fit 1.5, VW Fox 1.6, GM Onix 1.4 ou
Fiat Punto 1.4, levará R$ 300,00 da PEUGEOT. Vale até maio.31. Informações: www.peugeot.com.br/ofertas/regulamento.
Festa - BMW comemora o
40o. aniversário do lançamento de sua Series 3. Lançamento vitorioso,
substituindo a série 2000, responsável por sedimentá-la como marca estável no
grande funil dos reflexos da 2a. Guerra Mundial.
Caminho – Series 3 foi a
base de desenvolvimento das famílias maiores, síntese de qualidades,
tornando-se o mais vendido do mundo em sua categoria. Hoje, está na sexta
geração e registra 14M de unidades produzidas em 10 países.
Corte – No processo de
reduzir custos para garantir o futuro, Peugeot Citroën mudará de endereço.
Futuro – Tens jeito
para desenhar automóveis ? Estudas design, arquitetura, programação visual ? Volkswagen
abriu concurso para novos designers. Tema é Meio de Transporte ideal para as diversas regiões
do Brasil.
Prêmio ? - Um ano de
estágio remunerado na área de design, possibilidade de contratação. De lá saíram
Raul Pires, autor do desenho do Bentley Continental, e Marco Antônio Pavone, do
up! Mais ? http://www.vwbr.com.br/design/
Negócio – Embrapa
Agroenergia desenvolveu e expõe em feiras especializadas pesquisas para uso de
microalgas na produção de biocombustíveis. Contatos são para identificar outros
materiais em aplicações agroenergéticas, e facilitar fabricação por produtores
rurais. Microalgas podem ser cultivadas em água salgada, salobra, residual.
Solução – Associações
como a Anfavea, reunião dos fabricantes de veículos, e Fenabrave, dos
concessionários, criaram movimento para agrupar marcas, a Feira do Consórcio.
Objetivo não é vender cotas, mas convencer, por vantagens adicionais,
consorciados já sorteados a retirar seus veículos.
Parte – Acredite se
quiser, há 240 mil consorciados aptos a retirar seus veículos, mas hesitam em
função do momento atual, ou postergam decisão e escolha. Número se aproxima de
um mês cheio em vendas de todas as marcas.
Guariba – Termo, no
jargão automobilês, indica melhorada geral no estado do carro, com lavagem e
polimento, custando entre 400 e 1000 reais. Inglês Paul Dalton criou sua
Miracle Detail, e cobra 7.000 euros – uns R$ 25 mil. É a guariba mais cara do
mundo. Melhores ingredientes do mundo: pano anti microbiano da Austrália,
brasileira cera de carnaúba, outros não declarados e cuidado, e paciência.
Processo – 61 passos,
duas semanas. Começa com espuma removedora de sujeira da carroceria; a seguir,
quatro lavagens com esponjas adequadas; secagem com panos de micro fibra. Após,
máscara de argila descontaminando a tinta, e aplicação manual de cera. Diz,
efeito dura três anos. Maior clientela jogadores de futebol – com carros novos,
sem necessidade do serviço
Finame – Caminhões
Actros da Mercedes-Benz atingiram índice de nacionalização capaz de
habilitá-los ao financiamento do Finame PSI, do BNDES. Produtos estão no topo
da marca, rico em equipamentos e acessórios.
2 Rodas – Dafra,
montadora manauara, inicia disponibilizar sua motoneta Citycom 300. Freios a
disco, rodas 16”, novos faróis, acabamento acarpetado, painel com iluminação
por LEDs. Motor monocilíndrico, 4 tempos, comando de válvulas no cabeçote,
263,7 cm3, 23 cv. Transmissão automática, pesa 182 kg.
Retífica RN – Coluna passada
informou Miguel Figari, diretor geral da Peugeot Brasil como mexicano. Morou no
novo líder latino americano na produção de veículos, mas é chileno.
Gente – Pablo
Sanchez, diretor de comunicação da Peugeot argentina, fora. OOOO Avisou ao
mercado e saiu. OOOO José Carlos Macedo, administrador com MBA em marketing,
mudança. OOOO Deixou diretoria regional GM para direção de vendas
Nissan. OOOO José Luiz Vendramini, antes no cargo, é diretor de
suporte estratégico. OOOO
Mercedes
quer reduzir consumo de energia em 12%
Economia
de insumos, ganhos de produtividade, otimização dos equipamentos e redução de
custos são metas perseguidas empresarialmente, em especial na atividade
industrial. Recentemente, por causas exógenas, incluindo a preocupação
ecológica no poupar recursos naturais, como a água, empresas conscientes tem
lançado programas reduzindo consumo de água, seja no uso direto, seja na
contenção dos dispêndio de energia elétrica.
A
Mercedes-Benz do Brasil está em campanha para obter economia marcante: 12% em
energia elétrica no triênio 2012/2015. Neste esforço, até ano passado havia
economizado 13.100 megawatt-hora - na prática, por índices da Secretaria de
Energia do estado de São Paulo, tal montante é o bastante para iluminar durante
um ano, 5.000 residências na cidade de São Bernardo do Campo, onde está
localizada sua usina principal.
Os
cuidados adotados pela empresa se dividem entre os que podem ser adotados na
hierarquia superior, como a reforma de imóveis com o uso de cores mais claras
nas paredes, forro, piso, mobiliário, e a substituição das lâmpadas
fluorecentes por outras de LED. A meta, ambiciosa, pretende no atual exercício
agregar 4% de redução.
Fundamental
a participação dos colaboradores, empresa fixa adesivos em todas as máquinas e
equipamentos sugestão de verificação da necessidade de mante-los funcionando
durante espaços não produtivos, como horários de refeições, troca de turno,
finais de semana. Para implantar a campanha a Mercedes-Benz realizou um Projeto
Piloto durante um ano no prédio da produção de agregados e obteve
economia de 30%.
Para
implementar, monitores foram treinados, instalados sub comitês e comitês
para motivar os operadores das máquinas e criar o hábito da redução de consumo.
Em paralelo há um sistema de monitoramento on-line do consumo,
identificando as áreas com maior ou menor gasto, e onde o consumo pode ser
contido. A meta, ambiciosa, pretende no atual exercício agregar 4% de
redução.
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