A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea) apresentou o balanço da indústria automobilística em
outubro e no acumulado dos 10 primeiros meses do ano. “Todos os números deste
mês estão de acordo com nossa projeção para o fechamento do ano. Os resultados
indicam o terceiro ano de recuperação do setor automotivo como um todo, mesmo
com a queda nas exportações”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos
Moraes.
Produção - Para o setor de veículos, o resultado mensal de 288,5 mil unidades
apontou para uma alta de 16,6% na comparação com setembro, e de 9,6% em relação
a outubro do ano passado. Foi o melhor mês de produção neste ano, e recorde
desde agosto de 2018. O acumulado do ano, de 2,55 milhões de unidades,
representa alta de 3,6% sobre o mesmo período do ano passado.
Licenciamento - O mercado interno, com 253,4 mil unidades, também registrou
alta na comparação com o mês anterior, de 7,9%. Houve ligeira queda de 0,5% em
relação ao mesmo mês de 2018. Mais uma vez os caminhões se destacaram com 9,4
mil emplacamentos, melhor outubro desde 2014. No acumulado do ano, de 83,7 mil
unidades, o crescimento é de 37,9% em relação ao ano passado. O setor de ônibus
já tem em 10 meses mais vendas do que nos 12 meses dos últimos três anos.
Além do balanço mensal, a Anfavea compartilhou
com a imprensa os ótimos resultados da Fenatran 2019, que teve recorde de
público, de expositores, de visitantes internacionais, de test-drives e de
negócios gerados.
“Foi a maior Fenatran de todos os tempos, e isso
é uma prova da recuperação do mercado brasileiro. O interesse por caminhões
sinaliza a aposta de vários setores da economia em um aquecimento dos negócios
para 2020, e isso é positivo para todos”, comemorou o presidente da Anfavea.
Luiz Carlos Moraes também fez questão de lembrar
do primeiro ano de vigência do Rota 2030, regime automotivo brasileiro que teve
seu decreto assinado em 8 de novembro de 2018 pelo então presidente Michel
Temer. “Após meses de intensas negociações, o Rota 2030 surgiu como uma
conquista para todo a cadeia automotiva, um modelo de organização e
previsibilidade que serve de modelo para outros setores industriais e até para
outros países”.
Nesse primeiro ano, todos os fabricantes já
estão adequando seus produtos para níveis de emissões mais rigorosos que
entrarão em vigor nos próximos anos, e também para atender ao cronograma de
itens de segurança obrigatórios que já terá início em 2020. Além disso as duas
frentes de incentivo a pesquisa e desenvolvimento do Rota 2030 estão recebendo
várias adesões.
O primeiro é o dos próprios fabricantes, e o
segundo, batizado de Programas Prioritários, vem direcionando cerca de R$ 200
milhões por ano ao fomento de startups e outras empresas da cadeia automotiva.
Desde setembro, cinco instituições escolhidas pelo Comitê Gestor estão gerindo
o direcionamento desses recursos às empresas que apresentarem projetos de
P&D.
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