Os dados de
emplacamentos das empresas filiadas à Abeiva - Associação Brasileira
das Empresas Importadoras de Veículos Automotores, em janeiro último, mostraram
expressiva desaceleração de 24,2% em relação a igual período de 2012. Foram
emplacadas8.617 unidades contra 11.370 veículos em janeiro do ano anterior, enquanto
mercado interno anotou crescimento de 17,5%, passando de 252.639 unidades
emplacadas, em janeiro de 2012, para 296.853 unidades em janeiro deste ano.
Com esse
resultado, a participação de importadores oficiais, no mercado brasileiro,
significou 2,9% no mês passado. Ao considerar somente o segmento de importados,
as associadas à entidade anotaram marketsharede 13,5% em janeiro de
2013, do total de 64.015 veículos importados, enquanto as montadoras locais
responderam por 85,9%, o equivalente a 54.982 unidadesemplacadas no último
mês.
As vendas da
Abeiva no mês de janeiro de 2013 sofreram queda de 7,2% em relação ao mês de
dezembro último [8.617 unidades contra 9.287 veículos emplacados]. De qualquer
maneira, ao analisar somente os dados do segmento de importação, a queda de7,2%
da Abeiva foi menos acentuada do que a do setor [-13,6%] e da importação
realizada pelas montadoras [-12,6%].
“O primeiro mês do
ano continuou a apresentar queda nas vendas, como vinha acontecendo nos meses
anteriores. Se compararmos com janeiro de 2012, a desaceleração é de 24,2%.
Ante o mês de dezembro de 2012, a redução é de 7,2%. A nossa participação no
mercado interno, que era de 4,5% em dezembro de 2012 caiu para 2,9% em janeiro
último, uma participação insignificante frente ao volume importado pelas
associadas à Anfavea”, analisa Marcel Visconde, vice-presidente da Abeiva.
“É preciso
considerar que, em janeiro último, ainda contávamos com significativo estoque
de unidades sem a majoração dos 30 pontos percentuais na alíquota do IPI, fato
que propiciou a manutenção dos preços de carros importados ainda competitivos.
Diante disso, é muito cedo ainda para avaliar, mas - por enquanto - iremos
manter a previsão de vendas para 2013, de 150 mil unidades, 17% mais em relação
às 129 mil unidades de 2012, mas muito abaixo do desempenho de 2011, quando o
setor oficial importação de veículos automotores chegou a 199 mil
unidades”, enfatiza Visconde.
O
vice-presidente da Abeiva argumenta ainda que o programa Inovar-Auto vai a
médio prazo beneficiar também o setor oficial de importação de veículos
automotores. “Sem aumento de IPI, os importadores terão preços mais
competitivos, além de poder oferecer uma política comercial mais acessível ao
consumidor brasileiro, mesmo superando o volume da cota. Com isso, nossas
vendas tendem a subir e, por consequência, podemos proporcionar mais saúde
financeira às redes de concessionárias”, conclui Visconde.
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