Ao comemorar o
cinquentenário do lançamento do primeiro automóvel equipado com motor
turboalimentado – um Oldsmobile F85 Jetfire, lançado em 1962 – a Honeywell
Turbo Technologies, fabricante dos turbos Garrett, avaliou a evolução do
sistema e constatou os benefícios significativos para a preservação ambiental,
além dos ganhos também expressivos em desempenho, potência, torque,
dirigibilidade e na redução de peso e tamanhos dos veículos.
A avaliação
mostrou que a turboalimentação contribuiu para a redução do consumo de
combustível e de emissões em mais de 60%, em comparação com os motores
aspirados produzidos na década de 60.
No exercício de
comparação, a engenharia da Honeywell avaliou as características do motor V8 do
Oldsmobile F85 Jetfire de 1962 com as do Volkswagen 4 cilindros em linha que
atualmente equipa veículos como o Jetta, Tiguan, New Fusca e Passat, entre
outros. Além da redução de tamanho, o motor VW, embora com a metade do número
de cilindros, produz 211 cv de potência, praticamente a mesma do V8 com o
primeiro turbo, com 215 cv. A faixa de torque é de 280 Nm, superior aos 270 Nm
do motor do Oldsmobile.
Outra comparação
entre os motores foi em relação à potência específica: enquanto o motor do
Oldsmobile produzia 61 cv/l, o VW corresponde a 105,5 cv/l, com 58% de
vantagem. Em desempenho, o Oldsmobile Jetfire chegava aos 100 km/h em 8,5
segundos e tinha velocidade máxima de 176 km/h. Com o motor de 4 cilindros 2.0
TSI, o Jetta atinge 100 km/h em 7,5 segundos (11% mais rápido) e a máxima
de 238 km/h (35% maior).
Em termos
ambientais, a empresa comparou a emissão do motor VW 2.0 TSI com a do V8 do
Bentley 2002, primeiro ano no qual o conceituado catálogo internacional
Automobil Revue passou a divulgar os níveis de emissões dos automóveis
produzidos em todo o mundo. O exercício mostrou que a emissão de CO2 do
referido motor V8 era de 456 g/km percorrido, contra apenas 167 g/km do motor
do VW 2.0 TSI, quase 64% menos.A evolução e
benefícios permitidos pela turboalimentação não param aí. Segundo Christian
Streck, gerente de engenharia e negócios da Honeywell Turbo Technologies, as
novas tecnologias que já estão sendo aplicadas nos veículos europeus vão fazer
com que o nível de emissão caía abaixo de 100 g/km, o que representa uma redução
de quase 80%.
“O
uso de materiais mais leves e resistentes, desenvolvidos ao longo desse
período, o desenho mais aerodinâmico dos rotores, a geometria da área de fluxo
aerodinâmico de gases e a aplicação de novas tecnologias, entre as quais, a
geometria variável para as aletas e o uso de rolamentos para os rotores dos
turbos, permite que seja possível 5 veículos de hoje circularem para
corresponder à emissão de apenas um automóvel da década de 60”, salienta o
executivo.
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