sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Anfavea apresenta resultados do primeiro mês de 2015

Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou na quinta-feira, 5, os resultados da indústria automobilística no primeiro mês do ano. Foram licenciados 253,8 mil autoveículos em janeiro, queda de 18,8% com relação ao mesmo mês de 2014, quando 312,6 mil unidades foram negociadas. Já no comparativo com as 370 mil unidades de dezembro do ano passado a retração foi de 31,4%.

Na visão do presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, o desempenho foi impactado por alguns fatores: “A baixa confiança dos consumidores, o processo de operacionalização das taxas do Finame/PSI e uma expectativa pelo impacto das medidas de ajuste anunciadas no começo do ano influenciaram os resultados. Estes fatores confirmam o cenário extremamente difícil para este primeiro trimestre”.

A produção em janeiro de 2015 apresentou retração de 13,7% em relação ao mesmo mês do ano passado: 204,8 mil e 237,3 mil unidades, respectivamente. Quando se compara com dezembro de 2014, quando 204 mil veículos deixaram as linhas de montagem, o resultado aponta estabilidade.

As exportações neste primeiro mês de 2015 ficaram 27,9% abaixo do registrado em janeiro de 2014 – foram 16,3 mil contra 22,6 mil – e 30,4% menor ante o resultado de dezembro, quando deixaram o País 23,4 mil produtos.

Caminhões e ônibus
Ao analisar o resultado do licenciamento de caminhões, janeiro terminou com contração de 28,8%, com 7,7 mil produtos no mês contra 10,8 mil de igual período do ano passado. Na comparação com dezembro as vendas registraram declínio de 44%, quando comparadas as 13,7 mil unidades comercializadas naquele mês.

Os 8,4 mil caminhões produzidos no início de 2015 ficaram 38,7% abaixo dos 13,8 mil fabricados em janeiro do ano passado e acima em 128,1% ao comparar com os 3,7 mil de dezembro.

As exportações do segmento encerraram o mês com alta de 2,2%, ao se comparar os 1,2 mil caminhões de janeiro deste ano com os 1,1 mil de janeiro de 2014, e apresentou ainda acréscimo de 38,2% ante as 846 unidades que deixaram o Brasil no último mês do ano passado.

O segmento de ônibus registrou crescimento de 8,1% no licenciamento em janeiro: 1,9 mil unidades em 2015 e 1,7 mil em 2014. Na análise contra dezembro, quando 2,3 mil ônibus foram vendidos, o declínio foi de 19%.

Os fabricantes de chassi de ônibus produziram 2,5 mil unidades em janeiro deste ano contra as 604 de dezembro de 2014, um aumento de 311,1%. No comparativo com janeiro de 2014, quando o setor produziu 2,4 mil unidades, o resultado foi maior em 2,1%.

As exportações de ônibus em janeiro ficaram 11,8% abaixo do registrado no mesmo mês de 2014 – foram 285 unidades neste ano e 323 no ano passado. No comparativo com dezembro, com 474 unidades, as exportações retraíram 39,9%.

Máquinas autopropulsadas
No segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias as 3,2 mil unidades comercializadas em janeiro ficaram 21,6% abaixo do que as 4,1 mil de dezembro. O resultado do segmento na análise com janeiro de 2014 apresentou redução de 13,9%: foram 3,8 mil produtos no mesmo mês do ano anterior.

Já na produção o segmento apresentou acréscimo de 22,9% em janeiro deste ano no balanço com os dados de dezembro – na ordem, foram 4,6 mil e 3,7 mil unidades em cada mês. Porém, se analisado o desempenho de janeiro de 2015 contra janeiro do ano passado, com 5,2 mil unidades, a produção caiu em 11,3%.

O segmento agrícola e de construção exportou 483 máquinas em janeiro deste ano, o que significa recuo de 13,3% ante janeiro do ano passado com 557 unidades e de 39,7% frente a dezembro com 801 unidades.

Água, energia e resíduos
A Anfavea apresentou também dados que mostram o esforço permanente da indústria automobilística na melhoria de eficiência em seus processos produtivos. As informações mostram que ao longo dos anos houve redução de 42% de resíduos sólidos, 37% de energia elétrica e 29% de consumo de água por veículo produzido.

Para Luiz Moan Yabiku Junior, “a indústria automobilística promove ações sustentáveis não apenas nos momentos de crise, mas de forma constante. O esforço brutal realizado pelas empresas já trouxe resultados expressivos e isto só foi possível com práticas como captação e utilização de água da chuva, substituição de lâmpadas incandescentes por led ou luz natural, geração própria de energia e gestão eficaz de resíduos sólidos, dentre várias outras”.


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