Em caso de
acidente, airbag e cinto de segurança alcançam alto índice na redução dos
ferimentos
Segurança
nunca é demais! O cinto de segurança é o primeiro elemento que busca reduzir os
ferimentos em motoristas e passageiros em caso de acidentes.
E
pode acreditar, a ausência do cinto de segurança pelos ocupantes traseiros do
veículo ampliam o risco de ferimentos graves não apenas para eles, mas também
para os ocupantes da parte dianteira.
Então,
querido motorista, assuma para você a verificação de que todos os ocupantes
estão com cinto de segurança antes da saída com o veículo.
Atenção,
prudência e paciência são, definitivamente, alguns dos elementos indispensáveis
à manutenção de vias seguras. As condições dos veículos também entram na lista
e, por vezes, podem ocasionar acidentes ainda mais graves do que os provocados
por falha humana.
Neste
contexto, além de práticos, versáteis e desenvolvidos para todas as categorias
de automóveis, dos luxuosos aos compactos, os itens veiculares de segurança
salvam vidas.
A
realidade brasileira, contudo, revela um cenário de atraso e negligência quando
comparada a outros países.
“A
demora fica ainda mais evidente pela perspectiva histórica de implantação de
sistemas do gênero em países de primeiro mundo. Enquanto nos Estados Unidos o
airbag frontal duplo e o freio ABS são exigidos desde 1995 e na Europa já se
discute a instalação de direção autônoma em 2020, no Brasil, o cinto de
segurança tornou-se obrigatório somente em 1998, pelo Código Brasileiro de
Trânsito”, aponta o diretor e especialista em trânsito da Perkons, Luiz Gustavo
Campos.
Já
o cinto de três pontos e o encosto de cabeça devem passar a compor a estrutura
dos carros vendidos no Brasil até 2020, conforme Resolução nº 518/2015, do
Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
Pesquisas
e levantamentos conduzidos por organizações conceituadas do segmento reforçam a
urgência do tema. Estimativas da National Highway Traffic Safety Administration
(NHTSA), instituto de segurança de trânsito dos EUA, indicam que o uso de
airbag combinado com o do cinto de segurança reduz em cerca de 60% o risco de
ferimentos em caso de acidente.
Complementares
ao cinto de segurança, as bolsas infláveis funcionam como minimizadores de
danos.
A
importância de associar o uso dos dois itens fica ainda mais evidente a partir
de dados do mesmo estudo, que mostram que com a utilização só do airbag, os
ferimentos não acontecem apenas em cerca de 18% dos acidentes.
Outro
levantamento do mesmo órgão concluiu que a instalação do sistema antitravamento
de rodas, conhecido por ABS (Antilock Brake Sistem), reduz o risco de
envolvimento em acidentes em 6% para carros.
Em
outra perspectiva, segundo estudo do Centro de Experimentação e Segurança
Viária (Cesvi), se o sistema ABS tivesse sido instalado em toda frota
brasileira entre 2001 e 2007, teria salvado 490 vidas por ano e evitado
ferimentos em mais de 10 mil pessoas. Tal redução resultaria em um impacto
positivo de R$630 milhões ao longo de dois anos.
“De
maneira geral, todos os itens com a finalidade de preservar a integridade
física dos ocupantes podem trazer resultados satisfatórios em eventualidades no
trânsito”, salienta o analista técnico do Cesvi, Diego Lazari.
Independentemente
da maneira como atuam, a capacidade dos equipamentos em reverter tragédias tão
recorrentes nas vias brasileiras permanece subjugada.
Segundo
Lazari, antes de se tornarem obrigatórios, os itens devem passar por acordos
junto aos fabricantes e superar os níveis de confiabilidade definidos por
legislações. “Esse processo moroso acaba, muitas vezes, tornando facultativa a
disponibilidade dos dispositivos”, acrescenta.
Os
processos burocráticos, no entanto, deixaram de ser um pretexto válido desde
2014, quando passou a ser obrigatório que todos os carros de passeio e caminhonetes
saíssem da fábrica com freios ABS e airbags duplos frontais, tanto para
condutor, quanto para passageiro do banco dianteiro.
Em
2013, porém, na iminência da obrigatoriedade, o estudo do Cesvi verificou que
um quinto dos veículos vendidos ainda ignoravam a norma, ao passo que, no mesmo
período, 91% dos modelos importados e vendidos no Brasil já possuíam os
equipamentos.
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BOX---
Tecnologia
a favor da segurança veicular - De acordo com o analista técnico do Cesvi,
é possível dividir os itens de segurança veicular em dois grandes grupos: os de
Segurança Ativa e os de Segurança Passiva. Os itens do primeiro grupo visam
proporcionar um controle mais seguro do carro com recursos eficazes; os do
segundo, amenizar possíveis danos aos ocupantes de veículo em situações
consideradas inevitáveis.
GÊNERO
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ITEM
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FUNCIONAMENTO
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SEGURANÇA
ATIVA
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ABS
(Antilock Brake Sistem)
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Por
não travar as rodas em situações de frenagens de pânico, o ABS permite que o
motorista desvie de obstáculos com mais segurança.
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EBD
(Distribuição Eletrônica de Frenagem)
|
Complemento
do ABS, o sistema controla a força da frenagem nos eixos traseiro e dianteiro
para proporcionar uma distribuição igualitária entre as forças empregadas na
frenagem.
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|
BAS
(Sistema de Assistência a Frenagem)
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Também
conhecido por Freio de Emergência, o BAS, quando combinado ao ABS e ao EBD,
joga carga máxima no freio quando o motorista pisa no pedal bruscamente.
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ESP
(Programa Eletrônico de Estabilidade)
|
Diferente
do ABS, ainda que baseado em seu sistema, o ESP adota sensores que reconduzem
o automóvel à trajetória original em caso de desestabilização ou perda
repentina do controle.
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EAS
(Sistema de Acuação Eletrônica)
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Também
auxiliar do ABS, o sistema controla a tração e a altura do carro em relação
ao solo, além de agir mesmo que o pedal não seja levado ao fundo.
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ESC
(Controle Eletrônico de Estabilidade)
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Com
atuação seletiva sobre os freios, o ESC reduz a potência do motor para
prevenir a perda do controle e derrapagens.
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Airbag
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Bolsas
infláveis que protegem cabeça e tórax dos ocupantes contra impactos em partes
do veículo. É mais eficiente quando usado em conjunto com o cinto de
segurança.
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Cintos
de segurança com pré-tensionador
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O
item impede a projeção dos passageiros para fora do veículo durante colisões
de qualquer ordem.
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SEGURANÇA
PASSIVA
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Banco
antimergulho;
Barras
de proteção laterais nas portas e encostos de cabeça ativos, para evitar
danos ao pescoço em colisões traseiras.
|
“Há
possibilidade do ESP entrar em vigor no Brasil em um futuro não tão distante. A
frenagem automática das rodas garantida pelo sistema pode ser determinante em
circunstâncias emergenciais. Mas, certamente, o poder de reverter este cenário
de atraso está nas mãos do comprador, que deve pesquisar sobre as novas tecnologias em desenvolvimento”, observa
Lazari.
Para
o diretor do Sindicato Intermunicipal da Indústria de Reparação de Veículos e
Acessórios do estado de São Paulo (Sindirepa-SP), Antônio Gaspar de Oliveira,
em teoria, os veículos estão cada vez mais seguros devido ao próprio avanço
tecnológico, que promove a criação de sistemas de controle de velocidade e
piloto automático. Os equipamentos, no entanto, não eximem o condutor da
prudência, do respeito às leis de trânsito e do compromisso em manter as boas
condições do veículo. “Inspeções técnicas já adotadas em mais de 50 países são
capazes de reduzir significativamente as mortes no trânsito”, conclui.
PERFIL
Tarcisio
Dias – Profissional e Técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecatrônico e
Radialista, é gerente de conteúdo do Portal Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) e desenvolve a Coleção AutoMecânica.
E-mail: redacao@mecanicaonline.com.br
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