Zotye outra marca goiana
Chinesa
Zotye aparentemente fincou pé no Brasil. Após adquirir a TAC, fabricante dos
jipes Stark no Ceará, acertou-se com o governo de Goiás e assinou termo de
implantação em Goianésia, a 170 km de distância de Goiânia e 200 km de
Brasília. Instalação seria em Colatina, ES, ou Sobral, Ce, e Carlos Eduardo
Barbosa, diretor, justificou mudança: governo de Goiás foi mais rápido.
A
ideia é implantar fábrica em terreno de 120 mil m2, com 28 mil m2 cobertos,
acreditando iniciar operações em 2018. Junto, outra fábrica das partes para os
modelos elétricos. Até lá, alugar grandes galpões para iniciar o processo de
montagem CKD, formando veículos a partir da importação de conjuntos
desmontados. Projeto para 2018, em instalações próprias, é de quantidade
próxima a 20 mil/ano, com sonhos de exportação à América Latina – mas é coisa
lenta, exigindo atingir o percentual de 60% em peças Mercosul.
Processo
assemelhado ao prometido pelo empresário Sergio Habib para viabilizar a
tormentosa JAC: rompida a sociedade com os chineses, tocar o negócio sozinho e,
enquanto constrói, aluga instalações para montar veículos trazidos em partes da
China.
Mescla
Segundo Cadu Barbosa os
primeiros produtos serão o compacto Z100, em versões com motor por combustão
interna, tri cilíndrico 1,0, e elétrico. Junto, utilitário esportivo T600, com
motor 1,5 litro e turbo. Concorrentes indicam preços de R$ 35 mil para o
compacto com motor Otto; R$ 40 mil tração elétrica; e de R$ 50 mil pelo
utilitário esportivo.
Paralelamente,
definição sobre a TAC, de produção suspensa para mudanças no jipe Stark,
aplicação de sistema ABS nos freios e alterações visuais marcando modelia e a
nova controladora acionária. É indefinida a permanência em Sobral, Ce, ou a
transferência para Goianésia. A TAC – Tecnologia Automotiva Catarinense -
iniciou em Santa Catarina, mudou-se para o Ceará e, indo para Goiás, corre o
risco de alterar o nome para TAG.
Se
a Zoyte efetivamente se implantar em Goiás, será a quarta marca no estado. Hoje
há Mitsubishi e Suzuki em Catalão, e CAOA/Hyundai em Anápolis. Outras duas
outras marcas chinesas dizem, irão para Hidrolândia, próxima à capital e para
Luziânia, a 50 km de Brasília.
Megale preside Anfavea
Engenheiro
mecânico, mineiro, maneiroso, experiente em montadoras de várias nacionalidades
e diretor de assuntos governamentais da Volkswagen, Antonio Megale sentar-se-á
por três anos na cadeira de presidente da Associação e do Sindicato dos
fabricantes de veículos – Anfavea e Sinfavea.
A habilidade de
tato em mesclar o raciocínio cartesiano de engenheiro, com o conduzir o
relacionamento da marca junto ao diversificado público governamental será muito
exigida. A atividade de fazer e vender veículos é, ao lado da extinção de
empregos, e da disparada da dívida pública, a de maiores perdas. Experiência
importante, momento desafiante, em instigar, sugerir, participar das propostas
para deter queda de vendas e de emprego, em abrir novos mercados estrangeiros,
fomentar o crescimento. No Brasil a indústria automobilística é a face
econômica.
Mineiramente
modesto, Megale simplifica a principal agenda da Anfavea: garantir com o
governo um mínimo de previsibilidade para o setor.
Luiz
Moan, economista, antecessor, houve-se bem no período de crise para a qual se
espera deter a queda e estabilizar números.
Roda-a-Roda
Petróleo – Caça aos automotores como entes poluidores e o surgimento de veículos
híbridos e elétricos, instaram Shell a reagir por seu Carro Conceito.
Time – Focou aerodinâmica e baixo atrito no motor, comandado por Gordon Murray,
ex-projetista da MacLaren e Osamu Goto, ex-engenheiro chefe da equipe Honda em
Fórmula 1. Pesa 540 kg, leva três pessoas – motorista à frente, dois atrás -, e
a frente bascula. Parece a evolução do Isetta feito pela Romi no Brasíl entre
1956 e 1961.
Recorde – Motor 3 cilindros, 660 cm3, cravou 47,2 km/litro a 70 km/h de média. Não
entrará em produção, servindo para mostrar o desenvolvimento de tecnologia de
construção e lubrificantes para motores com ignição a centelha.
Mais
uma – Matriz japonesa Mitsubishi Motors Corporation
admitiu ter manipulado dados de consumo de seus produtos. Coisa antiga, multas
novas.
Ocasião – No grupo operação automóveis é pequena, e o problema e seus
custos podem pavimentar o caminho para ligar-se à interessada FCA – Fiat e
Chrysler. Última tentativa, com a Ford, foi rechaçada.
Dieselgate – Parte da solução das emissões poluentes de seus motores diesel
acima das normas legais, Volkswagen anunciou disposição de comprar quase meio
milhão de unidades circulando nos EUA.
Mais -
Integra acordo em tribunal da Califórnia. Donos pretendendo ficar com os
carros, te-los-ão corrigidos nas regras de emissões. Acordo inclui recursos
para
pesquisas em tecnologia automotiva. Marca informou, projeta custos no processo
de adequação às normas legais, até agora, 18,2B de euros.
Embalo – Na questão, governo alemão
determinou a VW, Opel, Audi, Porsche e Mercedes-Benz façam re-callpara
630 mil veículos para conferir e consertar eventuais emissões acima do padrão.
BMW foi excetuada.
Autoridade – Enrique Alemañy, presidente da Ford Argentina, tomou posse na
presidência da ADEFA, associação dos fabricantes de veículos no vizinho
país.
Conta própria – Confirmou queda do mercado interno e não ver perspectivas para
recuperação do Brasil, estimando nossa produção 2016 em 2,2M de veículos.
Discurso bolivariano, mesmo de Da. Dilma, Da. Kirchner e do Sr Maduro:
problemas internos tem causas externas.
Sine die – Jaguar Land Rover adiou inauguração de instalações industriais em
Itaiaia, RJ, antes prevista para estes dias. Rótulo oficial, compatibilizar
agendas. Na prática não sabem a quem do governo federal convidar.
Cruze – Vestido para confundir, unidade do Cruze, próximo lançamento da GM,
circula em São Caetano do Sul, SP, sede da GM. Será lançado de 3 a 5 de maio na
Argentina, onde produzido. Depois, Brasil, mercado maior.
Disputa – Última semana do mês com briga afiada entre Hyundai e GM para
ter o carro mais vendido no mercado. Pré feriado HB20 liderava com 6.500
unidades, 5% sobre GM Onix.
Negócio – FCA, de Fiat, Chrysler e Jeep, através de sua marca de peças Mopar
distribuirá óleos lubrificantes Shell. Terão marca diversa: MaxPro.
Festa – DAF,
de caminhões, festeja milésima unidade, o XF105, na fábrica de Ponta Grossa,
Pr. Velocidade reduzida, montagem começou em 2013. Não é chinesa, mas original
da Holanda e ora controlada dos EUA pela Paccar, detentora das marcas Kenworth
e Peterbilt.
Caminhos –
BMW de motos trata com delicadeza construção de fábrica própria na Zona Franca
de Manaus. Assunto surgiu no EICMA, o salão da moto em Milão. Hoje as BMW
locais são montadas pela empreendedora Dafra, junto a italianas Ducati e MV
Agusta, holandesa KTM.
Nome – Anúncio não é da
marca, mas da Suframa, Superintendência da Zona Franca. Não adota nome mundial
BMW Motorrad, mas curioso e extenso BMW Manufacturing Indústria de
Motos da Amazônia Ltda; aplicará R$ 28,5M para 185 empregos. Valor
indica números contidos em área, processos e produção.
Sem cão ...
– Mercado interno despencando, marcas nacionais atiram-se às exportações. Irã é
novo e potente mercado, apto a absorver 140 mil automóveis, 17 mil ônibus e 35
mil caminhões.
Leque - No mundo há
espaço a peculiares veículos nacionais, como o picape Toro. Fiat estuda
enviá-lo aos EUA – tão logo haja capacidade de produção.
Com gato –
Passo mais atrevido e sólido é da MAN Caminhões: montar filiais ou fazer
acordos extra fronteiras para exportá-los em partes, montando-os nos mercados
de destino. Articula com Marrocos, Argélia, Nigéria, Quênia e Irã.
BMW – Como
informou Coluna passada, BMW vendeu 10.000 unidades de seu
modelo X1 para os EUA. Supre demanda e incapacidade produtiva alemã. Valor USD$
x R$ também ajudou. Segue o caminho de Voyage, Mercedes Classe A, Golf. Há uma
década não se vendiam automóveis brasileiros aos EUA.
Amenidades – Mercedes-Benz
revelou conceito de lancha, a Arrow 460 Granturismo. DNA de
automóvel na proporção de volumes, no nome, Silver Arrow of The Seas,
para lembrar os Flechas de Prata, vitoriosos carros das corridas pré II Guerra,
na cor prateada, parabrisas e vidros laterais baixam.
Como - 46 pés de
comprimento - +- 14m -, mono motor, 960 cv de potência, confortos para 10
passageiros – com menos carga pode cruzar a 46 milhas náuticas, uns 90 km/h!
Autódromo –
Deputado Distrital Júlio César (PRB) realizou audiência pública buscando
solução para reativar o Autódromo de Brasília, com obras paradas por decisão do
Tribunal de Contas do DF. No encontro, Carlos Leal, diretor da Terracap,
estatal dona da área, anunciou ter R$ 12M para concluir a pista.
Recomeço –
Ideia é completar circuito e reativar arquibancadas. Para funcionar ainda este
ano, boxes e sanitários em tendas. Parlamentar crê ser o primeiro passo para
reativá-lo. Esporte em Brasília não é o futebol do estádio inexplicável em
existência, volumetria e custos, mas corridas de automóveis.
Fama –
Leitor Luiz Felipe Figueiredo, aparentemente incontido Democrata, foi atrás do
Oldsmobile Cutlass Ciera 1986 ex Hillary Clinton, noticiado pela Coluna,
à venda. Não cumpriu intento. Leilão no E.Bay, com 145 lances atingiu
inimaginados US$ 60,100 – uns R$ 216.116.
Gente – Evaristo
Nascimento, empresário, passou. OOOO Era a cara das mostras e
salões pela Alcântara Machado. OOOO Pós controle da Reed
Exhibitions, abriu empresa própria e realizava o Salão dos VUC. OOOO
Soma de complicações de saúde. OOOOWolfgang Nänle, VP
de Operações Mercedes Brasil, aposentadoria. OOOO Cuidou da
produção de ônibus na AL e recentemente organizou a fabricação de caminhões em
São Bernardo, SP e Juiz de Fora, MG. OOOO Substituto Carlos
Santiago, engenheiro ex Fiat e ex Ford, atual diretor de produção da marca no
Brasil. OOOO Luiz Moan, 62, economista, deixou a presidência da
Anfavea, associação dos fabricantes de veículos. OOOO E
aposentou-se como diretor da General Motors. OOOO
No Brasil
Toyota começou em 1952
Marca líder no
mundo, operação sul americana com liderança em produtos, a Toyota tem história
diferenciada no Brasil. Não recebeu visita de prospectores brasileiros em 1952,
em périplo para atrair fabricantes de veículos, nem apelos do GEIA, em 1956
para instalar-se no Brasil.
Apresentou seus
produtos em grande esforço de renascimento e abertura internacional ao início
dos anos ’50, fazendo périplo mundial, um show em navio. No Brasil atraiu
atenções do patrício Itiro Nisitani nomeando-o representante, importando
caminhões em partes para montá-los. Entre os chassis transformados em caminhões
e ônibus, maior atenção para o picape FLX, com cabine avançada. Nisitani montou
aproximadamente 800 unidades, instigando a matriz a prospectar o mercado
nacional.
Três representantes
de uma certa Toyota Motor Company Koromo – era a cidade sede e se incorporara à
razão social – procuraram o governador mineiro Juscelino Kubitschek. Estava ao
final de gestão, preparando-se à campanha que o levou à Presidência da
República em 1956. JK se entusiasmou com o interesse e ofereceu área no polo
industrial da vizinha Contagem. Por razões desconhecidas a oferta não
prosperou.
Voltaram,
táteis, em 1958, e adquiriram a MBA/Rover, com projeto aprovado para produzir
jipes Land Rover. Era pequena linha de montagem no bairro paulistano do
Ipiranga, de onde saíram poucas centenas de unidades. Adquirir as facilidades
acelerou planos de fincar pé no país como primeira filial internacional, e deu
base para instalação de usina em São Bernardo do Campo, SP para a montagem dos
jipes e picapes Land Cruiser, logo em seguida adotando motor Mercedes-Benz e o
nome Bandeirante.