As dezessete marcas filiadas à Abeifa – Associação
Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com
licenciamento de 29.751 unidades, anotaram em 2017 queda de 17% ante igual
período de 2016, quando foram vendidas 35.852 unidades importadas.
No comparativo mensal, dezembro de 2017 ainda registrou queda de 0,4% em
relação a igual período de 2016. Foram comercializadas 3.324 unidades contra
3.336 licenciamentos em dezembro do ano anterior. O desempenho de vendas no mês
de dezembro, porém, significou alta de 27,2%, comparado ao mês imediatamente
anterior. Foram 3.324 unidades contra 2.614 unidades em novembro último.
“Conseguimos fechar o ano de 2017 com crescimento 10% acima da projeção inicial
de 27 mil unidades. Ainda assim, mais uma vez, amargamos queda expressiva de
17% em relação ao ano de 2016. Agora, com o fim das cotas limitadoras sem os 30
pontos percentuais no IPI, esperamos recuperar nossa participação no mercado
interno que foi de apenas 2,21%, somando importados ´puros´ e veículos
produzidos por nossas associadas no Brasil. E também no segmento somente de
importados, que foi de 12,45% em 2017”, analisa José Luiz Gandini, presidente
da Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de
Veículos Automotores.
De acordo com Gandini, a Abeifa estima para este ano 40 mil unidades,
crescimento de 35% sobre os dados de emplacamentos de 2017. “No entanto,
estamos falando de crescimento sobre uma base muito fraca. É até natural que
cresçamos a taxas mais expressivas, porém, sem euforia, com muito pé no chão”, esclarece,
“agora, embora tenhamos isonomia tributária e sem cotas limitadoras, aos
importadores fica muito difícil trazer carros de alto volume, os chamados
carros mais populares, até porque a indústria local tem ofertas muito
competitivas. Com o dólar no patamar de R$ 3,30, aos importadores fica quase
impossível atuar fora de nicho de mercado”.
Além disso, Gandini voltou a reafirmar que, com o fim do programa Inovar-Auto e
o retorno das alíquotas de IPI de 7%, 11%, 13%, 18% e 25%, respectivamente para
veículos com motorização de 1.0 litro (flex), 1.0 a 2.0 litros (flex), 1.0 a
2.0 litros (à gasolina), acima de 2.0 litros (flex) e acima de 2.0 litros (à
gasolina), os preços de veículos importados não vão cair. “Porque os
importadores não pagavam o super IPI com adicional de 30 pontos percentuais,
que serviu apenas como limitador de volumes”, esclarece.
Participações –
Em dezembro último, com 5.268 unidades licenciadas (importados + produção
nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,57% do mercado total
de autos e comerciais leves (204.852 unidades). No acumulado, o market share
foi de 2,21% (48.123 unidades, do total de 2.172.612 unidades).
Se for considerado o total de veículos importados, ou seja aqueles trazidos
também pelas montadoras, as associadas à Abeifa responderam, em dezembro, por
13,23% (3.324 unidades, do total de 25.134 unidades importadas). No acumulado,
12,45% (29.751 unidades, do total de 238.964 veículos importados).
Produção local –
Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, Chery,
Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de dezembro com 1.944 unidades
emplacadas, total que representou alta de 27,1% em relação ao mês anterior.
Comparado a dezembro de 2016, o aumento de 32%, quando foram emplacadas 1.473
unidades nacionais. Enquanto, no acumulado, as cinco associadas à Abeifa
totalizaram 18.372 unidades emplacadas, alta de 49,2% ante as 12.313 unidades.
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