quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

EM 50 ANOS DE TURBO, EMISSÕES E CONSUMO DOS MOTORES CAÍRAM MAIS DE 60%



Ao comemorar o cinquentenário do lançamento do primeiro automóvel equipado com motor turboalimentado – um Oldsmobile F85 Jetfire, lançado em 1962 – a Honeywell Turbo Technologies, fabricante dos turbos Garrett, avaliou a evolução do sistema e constatou os benefícios significativos para a preservação ambiental, além dos ganhos também expressivos em desempenho, potência, torque, dirigibilidade e na redução de peso e tamanhos dos veículos.

A avaliação mostrou que a turboalimentação contribuiu para a redução do consumo de combustível e de emissões em mais de 60%, em comparação com os motores aspirados produzidos na década de 60.

No exercício de comparação, a engenharia da Honeywell avaliou as características do motor V8 do Oldsmobile F85 Jetfire de 1962 com as do Volkswagen 4 cilindros em linha que atualmente equipa veículos como o Jetta, Tiguan, New Fusca e Passat, entre outros. Além da redução de tamanho, o motor VW, embora com a metade do número de cilindros, produz 211 cv de potência, praticamente a mesma do V8 com o primeiro turbo, com 215 cv. A faixa de torque é de 280 Nm, superior aos 270 Nm do motor do Oldsmobile.
Outra comparação entre os motores foi em relação à potência específica: enquanto o motor do Oldsmobile produzia 61 cv/l, o VW corresponde a 105,5 cv/l, com 58% de vantagem. Em desempenho, o Oldsmobile Jetfire chegava aos 100 km/h em 8,5 segundos e tinha velocidade máxima de 176 km/h. Com o motor de 4 cilindros 2.0 TSI, o Jetta atinge 100 km/h em 7,5 segundos (11% mais rápido)  e a máxima de 238 km/h (35% maior).

Em termos ambientais, a empresa comparou a emissão do motor VW 2.0 TSI com a do V8 do Bentley 2002, primeiro ano no qual o conceituado catálogo internacional Automobil Revue passou a divulgar os níveis de emissões dos automóveis produzidos em todo o mundo. O exercício mostrou que a emissão de CO2 do referido motor V8 era de 456 g/km percorrido, contra apenas 167 g/km do motor do VW 2.0 TSI, quase 64% menos.A evolução e benefícios permitidos pela turboalimentação não param aí. Segundo Christian Streck, gerente de engenharia e negócios da Honeywell Turbo Technologies, as novas tecnologias que já estão sendo aplicadas nos veículos europeus vão fazer com que o nível de emissão caía abaixo de 100 g/km, o que representa uma redução de quase 80%.



“O uso de materiais mais leves e resistentes, desenvolvidos ao longo desse período, o desenho mais aerodinâmico dos rotores, a geometria da área de fluxo aerodinâmico de gases e a aplicação de novas tecnologias, entre as quais, a geometria variável para as aletas e o uso de rolamentos para os rotores dos turbos, permite que seja possível 5 veículos de hoje circularem para corresponder à emissão de apenas um automóvel da década de 60”, salienta o executivo.

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