Um componente técnico que mudou a história da Fórmula
Truck nos dez últimos anos sai de cena em 2014: o catalisador. A primeira das
dez etapas do Campeonato Brasileiro, dia 16 de março em Caruaru (PE), dará
início à nova fase da categoria, com o uso do catalisador abolido pelo
regulamento técnico em atenção ao pedido feito por maioria das equipes com um
propósito comum: a redução do risco de quebra dos motores dos caminhões.“O
catalisador permite um débito maior de óleo diesel. Isso faz com que as equipes
tirem mais potência dos motores e assim, claro, passa a existir um risco de
quebra um pouco maior”, segundo explica Altair Félix, diretor técnico da
Fórmula Truck. “Com a mudança, os motores deverão ter uns 100 cavalos a menos de
potência, mas não acho que as velocidades médias vão cair. Existe uma evolução
dos caminhões capaz de compensar essa diminuição”.
A sugestão para eliminação do uso do catalisador foi apresentada pelas equipes
durante reunião na última etapa da temporada de 2013, em Brasília (DF). “Pelo
menos 80% das equipes entenderam que seria a melhor solução, o risco de quebra
acabava fazendo com que a relação custo-benefício não fosse tão bom”, cita
Félix. A mudança trará às equipes o desafio de limitar a emissão de fumaça
pelos caminhões pelo controle da injeção de combustível.Esse controle, até
2013, dava-se pelo uso do próprio catalisador. Trata-se de um componente
mineral que integra um dispositivo conhecido como filtro de particulados. “Esse
dispositivo converte o gás e limpa a fumaça através da temperatura e de reação
química, expelindo um gás transparente”, explica o diretor técnico da F-Truck.
Os excessos de fumaça serão punidos a critério dos comissários desportivos de
cada prova.
O catalisador foi adotado por parte das equipes da Fórmula Truck em 2005. “Até
2001 os caminhões usavam bombas injetoras de combustível, essas bombas e os
bicos injetores eram fornecidos pela organização da categoria e sorteados entre
os pilotos antes da etapa”, lembra Félix. “Foi quando chegaram os primeiros
caminhões eletrônicos, que já não se enquadravam mais nas especificações
técnicas das bombas sorteadas, e houve mudanças”.
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