Novidades em
tecnologia
Quem diria, o Data
Parafuso
Brincadeira com o desenvolvimento da tecnologia.
Depois dos Smart Phones, dos Smart Watches, chegaram os Smart Parafusos. É
isto, curiosamente.A fábrica para montagem de motores GM em Tonawanda,
New York, sua parafusos identificação por rádio frequência – RFID –, monitorando
as 50 fases de produção dos novos Small V8, 5ª. Geração. Sem diferença externa,
internamente pequena etiqueta RFID, com 2 kilobates de informação e mini antenas
lidas nas estações de montagem do bloco e cabeçotes.Exigências de
qualidade, produtividade, inexistente margem a custos com re call,
deu o caminho General Motors para auditar o processo, prazos padronizando nos 29 passos de usinagem dos blocos e 11 dos
cabeçotes até o juntar peças e fechar o motor.
Os data parafusos são escaneados ao fim de cada um
dos processos para confirmar o êxito da operação e dos testes de vedação.Cada motor e monitorado 50 vezes permitindo ganhos e
padronização de partes excelência em processos e produtividade, pois qualquer
falha é identificada na estação de trabalho e permite ao metalúrgico rastrear
parte ou maquina defeituoso, autorizando
imediata substituição. No sistema convencional só ao teste final em dinamômetro
– por amostragem -, pode-se perceber o problema. Aí, considerado o volume, será
grande e caro.
Diz-se, não há risco do data parafuso transmitir à
NSA, a grande agência de arapongagem dos EUA, dados de uso e circulação do
veículo equipado com tal motor. São recolhidos ao final da montagem e
reaproveitados. Diz-se. E neste assunto se diz muita coisa.
Roda d’água, um alívio
Nada com o romantismo das fazendas antigas, usando
curso ou rego d’água para tocar uma roda de madeira ou em ferro fundido, com traves
ou mãozinhas metálicas, fazendo girar um eixo motriz e daí tocar implementos,
de gerador de luz, debulhador de milho, moenda, pedras de mó para fazer fubá. A
roda d’água referida é solução mais precisa de um drama desconhecido aos
leitores desta Coluna em telas de
computador ou jornais – o gasto de tempo, energia, de vida das pessoas para
buscar água de consumo.De larga ocorrência no nordeste brasileiro, nos
países oprimidos, em desenvolvimento, África, Índia, cálculos generosos
indicam, o consumo d’água para o mínimo de uma casa sem chuveiro ou banheiro
com descarga, exige aplicação de inexistente energia pessoal e 25%, um quarto
do dia, do encarregado do transporte, usualmente parco em alimentação e
energia. Um gasto do que não tem.Boa notícia, a Wello, ONG na Índia, melhorou
projeto em uso na África, aprimorando roda em plástico, favorecendo transporte
e estoque de água para consumo humano e pequena agricultura de sobrevivência.
A roda transporta 50 litros muito mais que, os 12 ou 13 deslocados pelo atual método da lata d’água equilibrada sobre a cabeça. A operação tradicional consome quase toda a mínima energia destas populações hipo alimentadas.
A Roda d’Água, WaterWheel, ainda e protótipo, mas é
fácil, simples e barata de ser feita. Plástico reciclado, eixo central, alça em
metal, grande tampa para abastecimento.Medi 47 cm de altura e 46 de diâmetro, e abastecida
lateralmente via tampa projetada para evitar contaminação. Levantamentos da ONG
indicam ganho social imensurável pela maior disponibilidade do líquido,
capacidade de fazer pequena horta e criar animais pequenos para consumo, maior
tempo de dedicação à família e criação de filhos menores, e vantagens paralelas
como a redução dos casos de diarreia.
Eixo cardã, fibra de carbono
A fibra de carbono, dito RCFC, composto mais forte e leve
comparado ao aço, formando mantas submetidas a cura em caldeira, é de extrema
resistência e baixo peso, sempre utilizado em barcos de competição, lanchas
milionárias, carros de corrida e rallyes.
Mais em carroceria, menos em mecânica. Agora a BMW inovou, trazendo-a ao
processo industrial: trocou o eixo cardã, a grosso modo um pesado e oco tubo de
ferro transmitindo o movimento do motor dianteiro às rodas traseiras após
cruzar a caixa de marchas.Em seu agora apresentado modelo M4 – M indica elaboração
esportiva -, fez trabalho performático. Trocou o motor V8 por L6, mais em
torque e potência 3.000 cm3: seis cilindros em linha, 24 válvulas com abertura
variável, dois turbos, 430 hp !
Desenvolvimento grande, em todos os sistemas, aplicou-se
a dado de incômodo restrito, tecnicamente dito velocidade crítica do cardã. Num
eixo comum, pequena diferença de peso e balanceamento, girando a alguns
milhares de rotações por minuto, provoca vibração e desgaste. Num carro de elevada
potência, rotações – no caso linha vermelha a 7.600 rpm – e com transmissões
cada vez mais multiplicadas – quer dizer o eixo cardã gira mais que o
virabrequim forjado -, a nova tecnologia reduz problemas, riscos, aumenta
conforto de uso e, sob o ponto de vista de performance, reduz a perda de
potência na transmissão entre motor e diferencial – reduziu-a em 38%.
O eixo mede 75 mm de diâmetro e é feito com mantas de CFC
envolvendo um tubo de aço, levados a autoclave. Acabamento por fita de proteção
e, para ideia da resistência, os terminais metálicos para ligá-lo à saída da
caixa de marchas e à entrada do diferencial são colocados por prensa e 12
toneladas de pressão. É tecnologia de corridas levada à linha de produção, dos
BMW M3 competindo no DTM, o campeonato alemão para carros de turismo
modificados, e os Ford Shelby GT 500. O M4 o utiliza na estrutura da suspensão
dianteira, e não é apenas um ganho adicional. O M4 é a aplicação da melhor
engenharia de varejo da BMW, desde a ênfase ao criticado motor de seis
cilindros em linha, e uma aula de tecnologia a permear a seus produtos.
Roda-a-Roda
Blindado – Violência fomenta bom mercado, o da segurança.
Fazer carro blindado não é forrá-lo com mantas anti projéteis, mas um projeto
completo para comportamento com o novo peso, que tudo exige – motor,
transmissão, freios, direção, suspensão. Para isso a Audi reprojetou seu maior sedã o A8L Security:
5,27m, carroceria alongada, entre eixos 3,12m, construção em alumínio e
motorização forte, V8 4.0 TFSI e 435 hp, ou muito forte, W12 FSI e 500 hp.
Proteção – Resistentes a tiros de armas grandes, pequenas
bombas, filtros para o ar da cabine, é bem feito para sua dura missão –
transportar com segurança, impedir intrusões, fugir e voltar. Não está exposto
em revendas Audi, mas elas aceitam encomendas e após cuidam do treinamento dos
motoristas.
Caminho – O
Nissan Leaf (folha, em inglês) registra 100 mil vendas, na proposta de andar sem poluir e mínimo custo operacional. Vende em 35 países.
Pregando a prática da energia elétrica a Nissan pretende grande efeito
demonstração, indo, com determinação nipônica, disputar grande prova de
resistência, as 24 Horas de Le Mans, com o contestado modelo elétrico Zeod RC.
Leilões – Hastas públicas para a venda de automóveis
antigos marcam mercados, nos EUA. Neste
ano, no espaventoso Barrett-Jackson, aqueceu o frio em Scottsdale, Arizona, levanto
a leilão mais de milhar de veículos. Três em especial, destinando a verba a
caridade.
Bom – Arrecadou US$ 1,3M - uns R$ 3,1M. Surpreendentes US$
650.000 pela primeira 1º Camaro Z/28. Rick Hendrick, com equipe na temporada
Nascar e dono de revendas Chevrolet arrematou-o. Próximo mês Rick terá
idênticos em suas lojas vendendo-os a iniciais US$ 75 mil. Versão especial, a
COPO Camaro conseguiu mais: US$ 700 mil – R$ 1.600.000.
Mercado – Primeira unidade do festivo e festejado Mustang
– à venda no segundo semestre -, no mesmo B-J, surpreendeu: apenas US$ 300 mil,
menos da metade do Camaro que, como novidade, está distante do festejado
Mustang, em 7ª. Geração comemorando 50 anos de história.
Menos – Mercado de 20 milhões de unidades/ano, o chinês
tem incontável número de fabricantes de automóveis, e em seu país os
estrangeiros batem recordes de vendas. Negócio é equilibrado. Produtores locais
ficam em torno de 50.000 RMB, uns US$ 9 mil – R$ 22 mil. As estrangeiras, de
100.000 RMB acima. Paz ?. Não. As locais querem subir, e as alienígenas descer.
A Ford quer festa em quintal alheio. O
novo Ka, mundial com desenho baiano, custará US$ 8.200.
Aqui – A Ford já engata providências para faze-lo seguir
a Volkswagen com motor três cilindros e 1.000 cm3. Cobra rapidez às
empreiteiras do fazer fábrica de motores na usina de Camaçari, Ba. O novo Ka
utilizará este motor, e comenta-se, a JAC, futura vizinha seja cliente.
Segura – Para promover vendas a Lifan não repassará o
incremento de preços pelo primeiro ajuste da gradual retomada do IPI. No caso,
Jair Leite de Oliveira, diretor comercial, garante os R$ 54.777 pelo utilitário
esportivo X60. O aumento representaria uns 2%. O freio vale até meado de
fevereiro.
Fim – Também
chinesa a Chery quer limpar dos pátios os modelos S 18 e Cielo. Tais veículos,
junto com o referencial QQ – deixa nome na história pelo total desacerto de
comportamento – pavimentaram a presença da marca. Agora, aproximando-se de sua
operação industrial em Jacareí, SP, quer dedicar-se apenas ao novo produto, o
Celler. Diz, garantirá manutenção e peças.
Lançamentos – Período movimentado para o mercado nacional.
Apresentação do Geely EC7, chinês montado no Uruguai; fugaz apresentação
publicitária do Ford Ka em versão sedã; lançamento do Mercedes CLA, o pequeno
sedã de enorme sucesso mundial; e próxima semana apresentação formal do VW up!
Promoção – Liquidação de janeiro: Peugeots 208, 308
e 408 em financiamento sem juros – caso de entradas com 50 e 60%. Menores, como
30%, diz-se, juros de 0,99% ao mês. Não é linear, variando de acordo com modelo
e versão.
Chamado – Para rever o sistema de direção dos
picapes RAM 2500, a Chrysler protocolou chamado de Re Call na Secretaria
Nacional do Consumidor, Senacon, do Ministério da Justiça. Inclui 5.130
veículos, produzidos entre 2002 e 2012, chassis de 3C6UD5FL0CG110462 a 3D7UT2CL3AG188297.
Dúvidas, 0800 730 7060, ou pelo
site www.picapesram.com.br
Conforto –
Novo produto, o X Tire Blindagem de Pneus,
contra furos e perda de pressão. Injetado, forma camada protetiva garantida a
protusões de até 5mm. Vende conforto ao evitar furos, a mão de obra da troca, a
visita ao borracheiro. Não conserta furo, evita-o.
História, mercado – Industriais do automóvel nos EUA bem
aproveitam a história para fazer movimento e lucros. A Shelby American, criada
por Carrol Shelby, há 50 anos desenvolveu o FIA 289 Cobra – uma plataforma de
inglês AC com suspensões e para lamas modificados para receber o motor Ford de
289 polegadas cúbicas. Começou ali a saga mantida por inquantificado volume de
fabriquetas reproduzindo, bem ou mal, em construção e aparência, o mítico
automóvel.
Especial – Para marcar meio século a empresa re editará a
carroceria antiga, mais contida e elegante, com a pintura Vikking Blue e faixa
amarela. No painel placa indicará a série XCX7000, incluindo o automóvel no
registro Shelby, definidor dos originais. Mecânica atualizada, sistema de
escapamento assemelhado ao original, volante réplica, e carrocerias em fibra a
US$ 95 mil – uns R$ 228.000 -, ou alumínio, como a original, a US$ 160.000 –
aproximados R$ 380.000. Detalhe: sem motor, caixa e diferencial.
De
novo – Quer fazer um Hot Rod –
aqueles carros com carroceria antiga e mecânica recente? A Ford disponibilizou
a venda de carrocerias 5 Window Coupe 1932, dentro de seu programa de peças de
restauração, feitas pela empresa ou credenciados, atingindo 9.000 itens. Não é
difícil importar, pois não se trata de veículo, mas peças soltas, e a carga
tributária é muito menor. Mais para isto ou outras partes www.fordrestorationparts.com.
Emílio – Foi-se Emílio Zambello, 87, italiano, industrial em rodas de liga leve, representante, importador e comerciante de automóveis Alfa Romeo. Marcou-se na época áurea do automobilismo, desde as corridas com Fiat preparação Stanghellini quando sócio da oficina Fulgor, até a série de vitórias com importados Alfa Romeo Giulia, GTV, GTA, GTAM, integrando a equipe Jolly-Gancia comandada por outro italiano elegante, o Piero Gancia. Era o penúltimo do grande time. Dela ficou o mega empresário Abílio Diniz – o Abillion, como chamado pelos italianos por sua altura.
Ocasião – Era um camarada reverenciado, por seus perfis
pessoal e esportivo. Allah permitiu-me fazer gentileza a ele. Pré lançamento, a
Volkswagen emprestou-me um Passat – falo
de 1973. Fui provocar um amigo, funcionário da Ford, morador na rua Teodoro
Baima, no encontro das avenidas Ipiranga e Consolação – a rua era uma alegria
noturna, na então dita Boca do Luxo.
Lá o Emílio tinha misto de depósito e loja. Ao descermos, ajuntamento em torno
do carro, o irmão mais novo do Emílio tentava tirar medidas das rodas.
Perguntei se não seria melhor se eu a emprestasse, o que fiz. O Emílio foi o
primeiro fabricante de rodas a te-las como acessório concomitante à novidade a
surgir nos dias seguintes.
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