domingo, 12 de janeiro de 2014

Stock Car tem chassi para treinamento médico


Além de serem um dos mais seguros carros de Turismo do mundo, sempre em busca de aperfeiçoar essa importante ponto nas competições de automobilismo, a Stock Car construiu um chassi exclusivamente para treinamento médico. O equipamentou m dos mais avançados do mundo consiste, basicamente num carro com a frente e a traseira cortadas e tem somente a parte onde fica o piloto - serve para os médicos treinarem a retirada do piloto do carro em caso de acidente e pode ser essencial para salvar uma vida. Essa extração, como os especialistas chamam, é fundamental para aumentar a qualidade do atendimento, que é padronizado pela FIA (Federação Internacional do Automóvel), como explica o médico responsável pela Stock Car, Dino Altmann.

“Antes fazíamos as simulações nos carros das próprias equipes, o que limitava nosso trabalho, pois tínhamos de esperar eles terem tempo para a gente usar o carro e muitas vezes atrapalhava o trabalho das escuderias, que em algumas oportunidades não tinham disponibilidade. Agora podemos fazer a qualquer hora e melhorar a qualidade do atendimento médico como um todo”, disse Altmann.Ele se disse contente com o Chassi para Treinamento Médico, mas os planos de Altmann vão mais longe. Ele criou um projeto denominado Ensino Itinerante das Atividades Médicas no Automobilismo, e tem tudo para repassar seu conhecimento e experiência de mais de 20 anos na área de competição e que, com certeza, também pode ser utilizado no dia a dia das cidades em acidentes de carro.

“Mandei o proejto para ver se consigo verba do Instituto FIA. Minha ideia é de dar seis cursos em seis etapas de cidades diferentes onde a Stock Car corre e, inicialmente, teriam como alvo principal somente os médicos que atuam no automobilismo e também no atendimento pré-hospitalar e residentes. O curso teria quatro horas de aulas teóricas e quatro horas de práticas. É aí que entra o uso do inédito chassi do Circuito Nova Schin Stock Car e estou atrás da FIA para nos darem um chassi de fórmula”, disse o especialista, que imagina as aulas teóricas no sábado à tarde dos finais de semana de corridas, assim que terminar o treinamento prático.

Ele diz que o objetivo principal é melhorar a qualidade do atendimento médico não somente nas pistas de corrida do Brasil, mas como um todo. Altmann estuda também a possibilidade de usar, em 2014 ou 2015, o Centro de Simulação Realística do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.”No Centro temos simulações reais computadorizadas com diferentes tipos de lesões em que o atendimento pode se complicar. Ali podemos medicar, enfim, fazer tudo o que faríamos num caso de verdade e temos a resposta imediata, em alguns casos mais rápido do que na vida real, para facilitar o aprendizado. Se conseguir isso também será um fato inédito no mundo”, analisa.

Segundo Dino Altmann, que também é o médico brasileiro nas corridas de Fórmula 1, os carros da Stock Car estão entre os mais seguros do mundo, o que melhorou bastante com a chegada do novo superbanco (excede as especificações máximas de segurança exigidas pela FIA), ocorrida na metade do ano passado.”Todo o tempo são incorporadas novidades de segurança nos carros. A segurança do carro começa de dentro para fora, ao redor do piloto. A F1 tem a célula de sobrevivência e acessórios de dissipação de energia para fora. Na Stock temos os crash box dianteiros e traseiros e a colmeia nas laterais, que ajudam muito nessa dispersão”, finaliza Altmann.

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