Além de serem um
dos mais seguros carros de Turismo do mundo, sempre em busca de aperfeiçoar
essa importante ponto nas competições de automobilismo, a Stock Car construiu
um chassi exclusivamente para treinamento médico. O equipamentou m dos mais avançados do mundo consiste, basicamente num carro com a frente e a traseira cortadas e tem
somente a parte onde fica o piloto - serve para os médicos treinarem a retirada
do piloto do carro em caso de acidente e pode ser essencial para salvar uma
vida. Essa extração, como os especialistas chamam, é fundamental para aumentar
a qualidade do atendimento, que é padronizado pela FIA (Federação Internacional
do Automóvel), como explica o médico responsável pela Stock Car, Dino
Altmann.
“Antes fazíamos as simulações nos carros
das próprias equipes, o que limitava nosso trabalho, pois tínhamos de esperar
eles terem tempo para a gente usar o carro e muitas vezes atrapalhava o
trabalho das escuderias, que em algumas oportunidades não tinham
disponibilidade. Agora podemos fazer a qualquer hora e melhorar a qualidade do
atendimento médico como um todo”, disse Altmann.Ele se disse contente com o Chassi para Treinamento Médico, mas os
planos de Altmann vão mais longe. Ele criou um projeto denominado Ensino
Itinerante das Atividades Médicas no Automobilismo, e tem tudo para repassar
seu conhecimento e experiência de mais de 20 anos na área de competição e que,
com certeza, também pode ser utilizado no dia a dia das cidades em
acidentes de carro.
“Mandei o proejto para ver se consigo
verba do Instituto FIA. Minha ideia é de dar seis cursos em seis etapas de
cidades diferentes onde a Stock Car corre e, inicialmente, teriam como alvo
principal somente os médicos que atuam no automobilismo e também no atendimento
pré-hospitalar e residentes. O curso teria quatro horas de aulas teóricas e
quatro horas de práticas. É aí que entra o uso do inédito chassi do Circuito
Nova Schin Stock Car e estou atrás da FIA para nos darem um chassi de
fórmula”, disse o especialista, que
imagina as aulas teóricas no sábado à tarde dos finais de semana de corridas,
assim que terminar o treinamento prático.
Ele diz que o objetivo principal é melhorar a qualidade do atendimento médico
não somente nas pistas de corrida do Brasil, mas como um todo. Altmann estuda
também a possibilidade de usar, em 2014 ou 2015, o Centro de Simulação
Realística do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.”No Centro temos simulações reais
computadorizadas com diferentes tipos de lesões em que o atendimento pode se
complicar. Ali podemos medicar, enfim, fazer tudo o que faríamos num caso de
verdade e temos a resposta imediata, em alguns casos mais rápido do que na vida
real, para facilitar o aprendizado. Se conseguir isso também será um
fato inédito no mundo”, analisa.
Segundo Dino Altmann, que também é o médico brasileiro nas corridas de Fórmula
1, os carros da Stock Car estão entre os mais seguros do
mundo, o que melhorou bastante com a chegada do novo superbanco (excede as
especificações máximas de segurança exigidas pela FIA), ocorrida na metade do
ano passado.”Todo o tempo são
incorporadas novidades de segurança nos carros. A segurança do carro começa de
dentro para fora, ao redor do piloto. A F1 tem a célula de sobrevivência e
acessórios de dissipação de energia para fora. Na Stock temos os crash box
dianteiros e traseiros e a colmeia nas laterais, que ajudam muito nessa
dispersão”, finaliza Altmann.
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