terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Stock Car ganha câmbio eletrônico para 2014


Quem gosta de automobilismo e já viu pela televisão uma corrida da Stock Car até o ano passado, vai notar uma diferença muito grande nesta temporada que começa dia 23 de março no Autódromo de Interlagos, na capital paulista. Lembra daquela alavanca de câmbio do lado direito dos pilotos e que era movimentada para frente e para trás? Acabou. Isso mesmo, a partir dos treinos extras, programados para dias 25 e 26 de fevereiro em Curitiba, os carros passarão a usar o câmbio eletrônico.A novidade, uma das marcas da Stock Car em praticamente todos os inícios de temporada, é mais uma modernização nos carros e será importante em termos de manutenção do câmbio, conforme explica Zequinha Giaffone, um dos responsáveis pela JL, empresa que fabrica e dá suporte técnico aos bólidos da categoria.A vantagem do eletrônico é que ele não permite erro no giro do motor na hora da troca de marchas, e só troca quando pode e não quando o piloto quer.


Outra vantagem da introdução do câmbio eletrônico é na importantíssima área de segurança. A partir de agora os pilotos não precisam mais tirar uma das mãos do volante para mudar as marchas. Atrás da direção serão instaladas duas aletas, normalmente chamadas de borboletas, que serão as responsáveis pelas mudanças de marchas.Os testes do novo câmbio foram feitos pelo piloto Alan Hellmeister, que já correu na categoria, durante toda a temporada passada. 

Todo o sistema do câmbio eletrônico foi desenvolvido pela empresa italiana Magneti Marelli, que tem Bruno Bassani como responsável pela Divisão Motorsports para a América do Sul. Este sistema foi desenvolvido para a Fórmula 1, mas acabou estendido para outras categorias internacionais como a Stock Car, que recebeu pequenas adequações à realidade brasileira. Segundo Bassani, as equipes terão os equipamentos em mãos até a primeira quinzena de fevereiro. O kit não necessita de montagem, pois vem completo e é só ligar nos carros.Com a entrada do novo câmbio, os carros perderão a alavanca no cockpit e também algumas outras partes mecânicas que acionavam as marchas, mas ganham quatro caixas, uma de gerenciamento eletrônico do sistema, uma da Magneti Marelli, uma do reservatório de óleo utilizado nas mudanças de marchas e outra do acumulador pressurizado que facilita a troca das marchas. O gerenciador do câmbio eletrônico está conectado ao gerenciador do motor, pois as duas partes têm de trabalhar em perfeita sintonia.

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