Coluna 0214 08.Jan.2014 - edita@rnasser.com.br
Naias, o Salão de Detroit, e suas 60
novidades
Mostra assinalando o início do circo dos
salões de automóveis, o Naias, montado por revendedores, é o mais importante
evento em Detroit, Michigan, EUA. Foco de bom número de novidades, instigado
pelas legislações de proteção ao planeta, caminhos mais factíveis em tecnologias
amigas do meio ambiente.
Conceito esportivo da Volvo, mostrando que os novos donos chineses deixam os suecos – de onde é e opera a marca – pensar. Um conceito dito John Coopers Works – inspirado nos carros da equipe de competição do inglês ícone preparador dos carros da marca, é feito sobre o Mini em sua nova plataforma, maior, mais larga. Pintado em cinza metálico com faixas vermelhas e detalhes. O cinza é batizado Highway. Tom diverso, nome idêntico ao utilizado no Brasil no Simca Rallye de 1963, o cinza asfalto. Nada se cria.
Mais importante ao mercado brasileiro será a exibição do novo Honda Fit – a ser fabricado aqui. Plataforma e medidas maiores, base para o City e novo SUV.
Conceito esportivo da Volvo, mostrando que os novos donos chineses deixam os suecos – de onde é e opera a marca – pensar. Um conceito dito John Coopers Works – inspirado nos carros da equipe de competição do inglês ícone preparador dos carros da marca, é feito sobre o Mini em sua nova plataforma, maior, mais larga. Pintado em cinza metálico com faixas vermelhas e detalhes. O cinza é batizado Highway. Tom diverso, nome idêntico ao utilizado no Brasil no Simca Rallye de 1963, o cinza asfalto. Nada se cria.
Mais importante ao mercado brasileiro será a exibição do novo Honda Fit – a ser fabricado aqui. Plataforma e medidas maiores, base para o City e novo SUV.
Do país, novo Cadillac coupé, série ATS, porte menor, concorrente de BMW série 4 e Mercedes Classe C. A BMW, recém encerrando produção de sua Série 1, terá substituta, a Série 2, motores de 4 e 6 cilindros em linha, 240 e 322 hp.
Audi mostrará como atração elétrica o novo
sub suv, o Q1, a entrar em produção em 2016, e apresentará algo mais do exibido
na CES, feita de tecnologia, onde mostrou a cabine do futuro TT de terceira
geração, pensada como interface para uso de tecnologias e desfrute de sua rica
estrutura.
Ninguém vai a Detroit por turismo. A
cidade, ex farol e torre do poder estadunidense com sua líder fabricação de
automóveis, vem-se estiolando, reduzindo a população, fechando negócios, tendo
queda de renda e degradação de serviços. Uma cidade vazia, suja, de prédios
abandonados. Tem impagável dívida federal.
O NAIAS é seu grande evento turístico. De
jornalistas usualmente vão 5.000. Destes, 1.500 do exterior. O evento tem foco
desconhecido nos assemelhados nacionais. Além de visita prévia para imprensa,
visitantes pagam, e parte do valor do ingresso destina-se a casas de caridade.
Na semana aberta ao público, em 2014 de 16 a 23 próximos, não se sabe quantos
visitantes terá. Ano passado 750 mil. Neste, com o tal de vórtice polar
congelando a cidade, o rio Windsor que a separa do Canadá, ruas, calçadas,
estradas, caminhos de ferro, aeroportos, às vésperas da abertura é impossível
prever volume de visitantes.
Mercado dos alemães Premium embola
Um dos desafios mais interessantes no atual
momento da indústria automobilística no mundo ocorre na Mercedes-Benz. Talvez
pelo fato de ter a láurea formal do primeiro veículo – Quadriciclo Benz, 1875
-, ou por ter história sólida em meio a tantos novos fabricantes. Em si o
desafio é economicamente pequeno, pois a falta de êxito não comprometerá o
futuro da empresa, fantasma assombrando outras marcas seculares.A questão reside no desafio imposto a
Dieter Zetsche, condutor da empresa. Aposentado, foi re contratado com missão
específica: resgatar o primeiro lugar nas vendas de automóveis alemães ditos
Premium – os de maior preço -, perdido para as patrícias BMW e Audi.
Zetsche está no meio do contrato renovado e
tomou decisões importantes: ampliar as faixas de clientela, refrescar e elevar
os produtos por conteúdo de decoração, conforto e tecnologias. Vai bem. Bancou
a criação da nova família A, bem vendida em hatches – à venda no Brasil
-, surpreendida com o sedã CLA – em breves dias o lançamento -, e o SUV da
família – a ser produzido aqui. Pequenos motores 1.6, turbo, transversais,
tração dianteira, submetendo-os à criatividade da AMG, sua divisão de
performance. Criou versões superiores em rendimento e preço, em busca de imagem
e mais clientes. Inicia democratizar os trabalhos da AMG, fracionando-os e
vendendo acessórios de decoração.Conseguiu o aparentemente impossível, baixando
a idade do comprador do primeiro nível dos Mercedes de 45 para 37 anos.
No segmento dos tradicionais automóveis da
marca, com motores dianteiros longitudinais, tração traseira começou pelo mais
elevado, o Classe S, aumentado em tamanho, confortos, e um excepcional sistema
através de câmeras de TV sob o carro. Dito Magic Body Control, lê o piso à
frente e condiciona a suspensão às irregularidades, filtrando os efeitos,
reduzindo o desconforto.Os dois extremos da linha – a Mercedes não conta o
Smart – dão resultados. A procura pelo S e pelo intermediário E, e pelo novo
Classe C tem exigido aumento de turnos de produção nas usinas de Sindelfingen e
Bremen, investe no aumentar capacidade produtiva em Tuscaloosa, Alabama, EUA e
nova fábrica em Iracemápolis, SP.O novo Classe C modelo 2015 inicia ser vendido
no meio do ano nos EUA e Europa, chegando ao Brasil, como a Coluna antecipou, no
terceiro trimestre. Maior, resgata o padrão de dignidade decorativa relegado há
alguns anos, liderado pelo retorno ao uso de madeira nobre na cabine.
As três marcas aguardam as entrevistas
coletivas no NAIAS 2014, o salão de Detroit, para anunciar resultados. A
Mercedes seguirá terceira do bolo, devendo cravar quase 1,5 milhão de unidades
vendidas, aproximando-se de Audi e BMW. estas estarão muito próximas,
disputando liderança por cabeça de parafuso de para choques frontal, em torno
de 1,6 milhão. Considerado o mercado dos EUA, o projeto da Mercedes funcionou:
foi dos Premium o mais vendido, o que não ocorria desde 1999, crescendo 14%
relativamente a 2013, vendendo 312.528 unidades. 3.248 à frente da BMW,
dedicando sério ataque comercial em dezembro para reduzir a diferença de 7.610
veículos. 2014 promete.
VW anuncia o UP!
VW anuncia o UP!
Próximo lançamento da marca e o mais barato dos carros de sua lista o up! inicia um novo tempo para a Volkswagen e o mercado. Apurado em construção incluindo motor em alumínio 3 cilindros, 1.0, mais potente do pais: 82 cv, capaz de leva-lo a surpreendente 165 km/h.O up! inicia a grande mudança conceitual da Volkswagen, te-lo com o novo fusca.
Mais seguro, econômico, com menor custo para reparos o up! será nova referencia para todos os demais fabricantes que ópera no segmento de entrada. Vendas na segunda semana de fevereiro.
Roda-a-Roda
Vai – Incêndio em
alguns dos carros elétricos da fabricante californiana Tesla, poderia ter
destruído a marca. Mas seu enfrentar corajoso do problema, divulgando pesquisa,
processos e soluções, trouxe-a de volta ao mercado. Porém, murmura-se no
mercado, seu criador Elon Musk, co-fundador do sistema de pagamentos Pay Pal,
ouviu proposta da GM para vender sua marca.
Caminho – A GM voltou a ser
General Motors quitando débito com o processo de salvação aplicado pelo governo
dos EUA, tornado acionista maior – diziam era, então, Government Motors ... E precisa de
carros de menor consumo, emissões, especialmente no maior mercado, a
Califórnia. Comprar a Tesla permitiria abandonar seu projeto com o Volt, caro e
de pouca autonomia. Nos EUA as emissões são calculadas pelo total de unidades
construídas. Assim, os elétricos ajudam enquadrar as fabricantes nos limites
legais.
Negócio – Não é fabriqueta,
nem produz franksteins elétricos sobre
rodas. Vendeu 5.500 unidades no ultimo trimestre, exporta para a Europa,
caminha para a China. Tem projetos, crossover Model X, e carro
pequeno. O retorno glorioso valorizou suas ações.
Caminho – Carro mais barato
do mundo – US$ 2.400, quase R$ 7 mil -, o indiano Tata Nano não atinge os
níveis de venda projetados. Agora, para uso mais econômico, terá opção diesel,
dois cilindros, 800 cm3, turbo, 45 cv.
Mercado – O Nano visa
substituir bicicletas e pequenas motos, mas os compradores, ao descobrir poder
dar o grande salto da motorização, agregando a mobilidade aos seus hábitos de
vida, querem mais – e vão para carros maiores, equipados. Veem o Nano, como a Coluna: cruza de
bicicleta com guarda chuva.
Valor – Ao formalizar a
compra dos 41,5% de cotas, complementando 100% da Chrysler ao VEBA, fundo de
empregados, a Fiat terá gasto US$ 6.3 bilhão pela companhia. Fundidas, será o
6º. fabricante mundial.
Passado – Muito? Veja. O
Cerberus Capital Management, empreendedora, comprou 80% da Chrysler à
Daimler-Benz por US$ 7.4 bilhão. Muito menos aos US$ 36 bilhões pagos pela
Daimler ao assumir a Chrysler sob rótulo curioso – Fusão de iguais ...
Brasil – Fechados os
números da indústria automobilística, houve crescimento de produção em quase
10%, marcando 3,74 milhões. Dólar alto fomentou exportações de veículos e peças
em 26,5% - US$ 16,6B. Vendas caíram 0,9%. Previsões para 2014 atrapalhado por
Copa do Mundo e turbinado pelas verbas eleitorais projetam pequeno crescimento.
... 2 – Mercado,
especialmente pelos importados, aumentou o prazo de garantia, e a Volkswagen
dobrou-se à evidência. Modelos mais recentes - Gol, Voyage, Fox,
CrossFox, SpaceFox e Space Cross terão garantia idêntica aos importados Premium
da marca – Jetta,Tiguan, Passat, CC, Touareg e Amarok: 3.000 km.
Mais – Pretendendo ser a
marca japonesa mais vendida e a líder de qualidade no Brasil em 2016, a Nissan
ampliou sua pegada com unidade para construção de motores: 200 funcionários, R$
140M – US$ 60M. Fará motor 1.6, 8 válvulas Flex 111 cv e 15,2 mkgf de torque,
diâmetro x curso 77,9 mm - 83,5 mm.
Curiosidade – Anúncio em meio
as férias cariocas de Carlos Ghosn, presidente mundial, justificando ausência
de gravata. Há curiosidades: Nissan e Renault são unidas industrial e
economicamente, e a Renault produz outro motor, um bom 1.6 8V. Diâmetro x curso
de 79,5 mm – 80,5 mm, 108 cv, 15,3 mkgf de torque.
Dúvida – Razões não
conhecidas. Fontes de ambas as marcas desconhecem se a Renault deixará de fazer
o seu 1.6 para utilizar o da Nissan, abrindo capacidade industrial em sua usina
de motores para trocar o 1.0, hoje defasado.
Sem – Objetivos e fatos
desconhecidos, nestes tempos de economizar, usando peças comuns, diminuindo
medidas de parafuso e especificação de plásticos, econômico. Cortadores de
custos como são Ghosn e subordinados com apreço ao emprego e esperança de
futuro, não haverá duplicidade de motores. Razões para a aparente incoerência
as há, apenas não divulgadas.
Jus Sperneandi – Jocosa expressão
latina, criada por estudantes, mas permeada ao uso jurídico, explica o último
direito do enforcado. Tudo perdido, nada a opor, contestar, recorrer, resta-lhe
apenas o direito de espernear. Respeito devido, é o que faz o sindicato dos
metalúrgicos de São José dos Campos, SP, tentando resgatar empregos cortados
com a redução de produtos e produção na fábrica da GM no município.
Tentativa - Protestam
alegando, a redução do IPI foi assinada com compromisso das montadoras em
manter empregos. Durante a vigência a GM ofereceu planos de demissão voluntária
e, com a elevação do imposto industrial e o fim do ano-modelo, reduziu o quadro
de funcionários.
Lulou – Para reverter a
situação sindicato procura proteção do Ministro do Trabalho para mediar
encontro com a direção da GM e da Anfavea, associação dos fabricantes de
veículos. Procurado, Marcos Munhoz, na GM vice presidente de assuntos
corporativos, declarou-se em férias e desconhecer o tema.
Mais uma – Recém chegada,
fábrica de motos Triumph tem novo modelo, o Tiger Explorer XC, topo de sua
linha Adventure. Por imodestos R$
62.900 anda fora da estrada e nela, onde seu motor tri cilíndrico, 1.215 cm3
gerando 137 cv de potência, piloto automático, controle de tração e ABS nos
freios permite elevada velocidade de cruzeiro. Pacote inclui rodas com aro em
alumínio, raios em aço, 19” na dianteira e 17” na traseira. Montada em Manaus,
AM.
Feice – Cearense Troller
coloca pilha nas mídias sociais alcançando 130 mil fãs no Facebook. Faz
campanhas interativas, cobertura de competições, instiga entrada no off Road. Trabalho de Carla
Freire, supervisora de marketing, varrendo o pátio para a nova linha a chegar
antes e ser vendida após a Copa.
Revista – Bom projeto de Quatro Rodas, é o teste de
longa duração, uma das seções mais lidas da revista, ao comprar automóveis e
submete-los a 60 mil km de uso. Na edição atual não aprovou o Ford
EcoSport, em especial por falta de vedação do motor e desgaste prematuro das
peças móveis.
Elegia – Foi-se o Uno
Mille. Barrado pela tecnologia de segurança, por não ter freios ABS e almofadas
de ar. Mais de 3,7 milhões de unidades no Brasil, mais de 9M no mundo, e
histórias como o primeiro nacional com turbo compressor, o símbolo do carro
popular 1.0. Está em última edição, a Grazie Mille.
Cultura – Livro sobre Genaro – Rino – Malzoni, fazendeiro que traçou a linha de independência para a construção de automóveis esportivos nacionais, fazendo Malzonis, Puma, Onça, Carcará – recordista brasileiro de velocidade. Homenagem de Kiko, seu filho, pela pena do jornalista Jorge Meditsch, recuperando período áureo de nossa história. Em boas livrarias, ou na Editora Alaúde, R$ 76,50.
Aviso – O Museu Nacional do
Automóvel esclarece não ter procuradores para assumir
compromissos de compra de veículos antigos para seu acervo. Explicação se faz
em razão de consulta de antigomobilistas gaúchos sondados para venda de antigos
com pagamento posterior. A Curadoria do Museu desconhece e não
autoriza tais iniciativas. Em caso de dúvidas, 061.3225.3000,
e procurar autoridades policiais com esta publicação.
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