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Coluna 1213 20.03.2013
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A Peugeot, com o 208, de volta.
Correndo para recuperar
espaços e vendas, a Peugeot inicia vender seu novo modelo, o 208. Agressivo em
estilo, detalhista em construção, bem equipado, virá em três versões de
decoração e equipamentos, duas motorizações locais, flex sem tanquinho, 1.5 e
1.6 neste a opção do câmbio automático, de 4 velocidades.
Bem situado na categoria,
lançado há um ano na Europa multi premiado em design, atualizado, tem boa capacidade de porta malas e a maior
distância entre eixos no segmento, superando o Hyundai HB20, atual referência.
O design é confortável aos olhos e detalhes simpáticos, como
lanternas que lembram partes do leãozinho da logomarca ou as luzes de LED em
trilhos, a assinatura da marca em placa cromada na tomada de ar frontal e na
tampa do porta malas, os elementos que se combinam no teto, como a larga faixa
cromada, com elemento central com o mesmo formato dos letreiros, denotam
cuidados.
A Peugeot equipou-o para
diferenciá-lo. A versão intermediária contém equipamentos de segurança –
almofadas de ar, ABS com EBD, sistema de navegação em tela confortável, muita
eletrônica para confortos. Não é apenas mais um concorrente no disputado
segmento B Hatch, mas opção
diferenciada e das principais opções.
A base é a plataforma
utilizada no novo Citroën C3 mas a Peugeot acertou-o fina e competentemente. A
reatividade da suspensão está exatamente no ponto de equilíbrio de rolagem
confortável, sensação e performance em estabilidade. Nestes porte e preço será,
possivelmente, o de comportamento mais harmônico, desde o motor 1.5 8V, com 14
quilos de torque, com 80% ocorrendo em baixa rotação, ao acerto entre as
engrenagens do câmbio, freios e direção. O trabalho será referência.
A mescla de design, espaço interno e formulação do
automóvel exibe a competência histórica e familiar da Peugeot, marca secular.
Em crise, talvez a montadora com maiores perdas em vendas e prejuízos, bancou
investimentos no criar um grande e perceptível diferencial no 208 – deu
resultado prático, tendo vendido quase 300 mil em seu primeiro ano de produção
europeia.
Na prática, quando você
se acomoda, ajusta o volante em altura e profundidade, os bancos, a posição dos
pedais, encontra a alavanca de marchas, olha para a frente e descobre que o
painel está na fímbria inferior do para brisas, aspergindo informações sem
necessidade de mexer os olhos para procurá-las,
você tem a sensação de grande conforto e habitabilidade. E se pergunta porque todos os carros não são
assim. Ergonomia é um dos pilares do projeto.
Mercado
Frédéric Drouen, diretor
geral da Peugeot, larga experiência na marca e no país, diz que a produção
inicial será de 3.000 unidades mensais. Paralela ao modelo 207, atrativo por
preço inferior em R$ 10 mil à versão de entrada, Allure, R$ 39.990. Bem
composta, Allure mais GPS e o teto em vidro, com 1 m2 de superfície, R$ 45.990.
Acima, Griffe, motor 1.6. Câmbio mecânico de cinco marchas, R$ 50.690. Opção
automática, 4 velocidades, R$ 54.690.
Em resumo, análise curta,
impressiona aos olhos e aos sentidos. Peugeot e revendedores deveriam criar
atrativos para os interessados dirigir. Surpreende, agrada, e andando não
parece carro francês. Parece o pico da tecnologia de adaptação à realidade da
dicotomia automobilística brasileira: impostos suecos, pisos africanos. A
experiência será bem adotada no 2008, com lançamento em 2014, dentro do
nacional padrão Adventure, jeito brasileiro de prometer aventuras sobre rodas.
Muda o presidente da Mercedes
Mudanças em comando de empresas grandes são como
pedra atirada em águas plácidas: provocam círculos concêntricos. Dieter
Zetsche, CEO da Daimler teve seu contrato renovado para cumprir o projeto de
fazer os automóveis Mercedes liderar o segmento Premium.
Um destes anéis envolve o Brasil. Philipp Schiemer,
agitado, economista, 48, vice presidente de Marketing de Automóveis na
matriz será o novo presidente da Mercedes-Benz daqui. Substituirá Jürgen
Ziegler, engenheiro, asceta, 55, especialista em BRICS, fez bom trabalho na
Índia. No Brasil, corajoso, mudou toda a linha de comerciais, exumou a jovem
fábrica em Juiz de Fora, trocou a vocação automobilística pela de caminhões,
incluindo a produção do Actros, o maior e de maior tecnologia - caminhão é o
que paga a operação da Mercedes, viabilizou o maior pacote de investimentos
locais em veículos comerciais. Ainda não tem posto definido na estrutura mundial.
Aqui
Função importante do novo CEO da
Mercedes Brasil a partir de 1º. de julho. Comandar 14 mil colaboradores;
fábrica de motores, transmissões – é mais fábrica que montadora; gerir a
mudança operacional na Argentina, onde fará veículos de transporte de
passageiros, muito ampliando seu leque e exportações; recuperar mercado para
seus caminhões; ampliar as vendas de automóveis; definir onde e como será
produzido o novo CLA, grande ferramenta para expandir presença marca no
segmento inferior.
De fato
Salão de Genebra há uns 15 dias, o Philipp Schiemer
se dirige a três jornalistas brasileiros no stand da .....
Volkswagen. Cumprimentos rápidos, vai-se, comentei com o jornalista mineiro
Boris Feldman – Eu, heim ? E ele respondeu, - De Fato.
Entendemos ser o Schiemer adepto dos filmes do John
Ford, onde não há cena à toa. Daí, o passar não era para ver, mas para ser
visto. Aí, tinha.
O eng Mario Laffitte, diretor de relações
corporativas da Mercedes, na sala VIP da Lufthansa, aeroporto de Zurich, nada
definiu - sem confirmar, confirmou.
Existirão diferenças. Desde o prazo para dar
resultados - os três anos do renovado contrato de trabalho do CEO mundial, e
por ter servido no Brasil por 14 anos, em automóveis, vans, ônibus e caminhões,
falar a linguagem local, dão-lhe entrosamento com o desafio. Ziegler, um
asceta, nada em piscina fria às 5h da manhã, é vegetariano, almoça folha de
alface e rodela de tomate. Schiemer menos esportista, é da alimentação mais
variada, quente e tropical.
Roda-a-Roda
Descendo – Vendas de importados, 7.185, caíram 31% em relação
a fevereiro de 2012 – 10.427. Mesmo mês mercado geral desceu 5,6%. A
participação dos importados atipicamente cresceu de 2,9 para 3,2% pelo esgotar
das cotas de importados mexicanos. Mais importante é que em cenário idêntico
entre janeiro e fevereiro deste ano as vendas desceram 16,7%. Importados se
dividem entre os trazidos pelas montadoras, 85% e pelas importadoras, 15%.
Caminho – Criadora nacional dos picapes pequenos
derivados de automóveis, a Fiat lidera o segmento. E quer continuar. Prepara
nova série: mudanças externas, atualização dos motores – sem aplicar o futuroso
cabeçote Multi Air, enorme diferencial tecnológico -, e a novidade de três
portas.
Assim - Busca facilitar uso do banco traseiro a
merecer trabalhos para melhor acomodar os passageiros. Como usual, abrirá ao
contrário, fechando contra a dianteira, com a junção formando pilar de
resistência.
Lembrança – Para lembrar o 18 de março, o Dia J, ocorrido há dois anos quando a JAC iniciou operar no Brasil,
a marca sorteará duas unidades do J2 entre seus interessados em homepages nos
principais sítios do país.
Escoteiro – Desde 1978 o Brasil não vai à Fórmula 1 com
solitário representante. No caso, Felipe Massa, na Ferrari e com bons
resultados na metade final da temporada 2012. Difícil imaginar tal penúria em
país com três campeões mundiais, mas passa pela soma de talento, articulação
para se vender como produto, paitrocínio ou patrocínio.
Super Massa – O bom Massa recebe tensão adicional,
sabendo que resultado na temporada 2013 definirá seu futuro na Ferrari. Se mau,
o Brasil corre o risco de não estar representado em 2014. Outro Felipe, o Nasr,
é sólida esperança, porém ainda ainda lhe falta mais vivencia.
Lançamento – Para falar a linguagem e costumes
locais, a Ford marcará o início da produção do Fiesta hatch com
show público da cantora Cláudia Leitte.
Entrosamento – O lançamento palanqueiro é porque os
moradores de São Bernardo do Campo, SP, onde fica a pioneira instalação, tem
intimidade com os movimentos políticos da terra. Mas este é do bem: diverte e
firma empregos na cidade, onde seus líderes populares se esforçam e conseguiram
reduzir a atividade, expulsando montadoras e empregos a outras cidades.
Fica – A utilização de espaço dentro
da pioneira fábrica da Willys-Overland não inviabiliza, de imediato, a produção
do Ka e do picape Courier. Sob o mesmo teto a Ford produz caminhões.
Segurança – Toda a linha de caminhões Cargo Ford adotou freios
ABS, sistema que diminui a distância de frenagem e permite desviar enquanto
freia.
Tecnologia – Para consumir e emitir menos,
fabricantes pesquisam opções. Mais recente, chapas para construir plataformas e
carrocerias. Após conquista da Honda prensando juntas chapas de alumínio e de
aço, a Nissan desenvolveu o AHSS, aço mais leve, resistente e moldável.
Por perguntar – Projeta reduzir, em surpreendentes 17% o
peso total dos veículos. Primeiro no sedã esportivo Q50 e em toda a linha até
2017.
Mas suas
partes de fixação e pontos de tensão resistirão aos esforços do rallye diário que é circular
por ruas e estradas brasileiras, capazes de desmoralizar qualquer automóvel ?
Vacância – Vaga a presidência da General Motors no
Brasil. A eng Grace Lieblied não aguentou o repuxo e foi-se após 11 meses.
Cotada ao lugar, outra engenheira, Isella Costatini, brasileira e presidente da
GM na Argentina. Presidente da GMB é hoje o cargo de maior rotatividade da
indústria no Brasil: quatro mudanças em dois anos.
Gente – Antonio Maciel Neto, engenheiro,
56, volta. OOOO Foi da então Secretaria de Indústria e Comércio,
com status de ministério, onde coordenou, com brilho, as Câmaras de
Competitividade. OOOO Após, presidiu o Grupo Itamaraty, a Cecrisa e
a Suzano de Papéis. No CAOA dirigirá – importação Hyundai, montagem superficial em Anápolis, importação de
Suzuki. OOOO Maciel, que foi o homem certo para a Ford e
não fez carreira na matriz para não sair do Brasil, aparentemente nada tem a
ver com o, digamos, peculiar Dr CAOA. OOOO Edison Lino Duarte, 56, engenheiro, desafio. OOOO Novo
presidente da Magneti Marelli para o Mercosul.OOOO A MM faz larga lista de produtos, de amortecedores a injeção de
combustível e o mercado da região é esperança de crescimento em faturamento e
lucros. OOOO
Fórmula da Fiat no Brasil faz 40 anos
Para vir ao Brasil a Fiat amineirou-se em caminho e
local. Difícil imaginar, mas por obscura razão proibia-seinstalar novas
fábricas estrangeiras no Brasil. A Fiat tentara anos antes em associação com a
nacional IBAP, Indústria Brasileira de Automóveis Presidente, mas o governo
federal não deu maior atenção.
Fórmula montada pelo ex ministro do Gabinete Civil
da Presidência e então governador mineiro Rondon Pacheco, levou a montadora a
Minas por sociedade entre a marca italiana e o governo mineiro. Escudo forte,
suportou protestos, e aos 14 de março de 1973 Gianni Agnelli, neto do fundador,
assinou com Rondon pelo estado de Minas, um Acordo de Comunhão de Interesses.
Ambos sabiam o que pretendiam. A Fiat corrigir o erro tático de não vir ao
Brasil à implantação da indústria automobilística. Pacheco, dar empregos e
arrecadação pela criar novas empresas fornecedoras em Minas.
Corajosamente a Fiat conseguiu mineirizar seus veículos atraindo fornecedores para a
sua volta, industrializando o estado e baixando custos com as auto
partistas locais.
Da fazenda ondulada, transformada em área plana,
saiu uma fábrica para 200 mil unidades anos. Cresceu, ampliou-se, hoje faz 800
mil e está em obras para atingir 950 mil unidades ao ano, a maior fábrica da
Fiat no mundo e líder de mercado há 11 anos. Transformou bucólico pasto em
fábrica e a pequena e desconhecida Betim na 2ª. arrecadação de impostos em
Minas.
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