Hélio Castroneves e Tony Kanaan seguem com Chevrolet |
Entidade que organiza a Fórmula Indy, a IndyCar promoveu
uma série de mudanças no regulamento para a temporada 2013, que se inicia no
próximo dia 24 com o GP de São Petersburgo e terá no Brasil a disputa da
Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé em 5 de maio. As mudanças aumentaram o
status dos motores na competição, pois impuseram novas penalidades aos pilotos
que trocarem de motor antes do tempo.
Atualmente, o grid da Indy é dividido entre equipes que utilizam as marcas
Honda e Chevrolet. Dado o interesse comum entre os times que usam equipamento
de um mesmo fabricante, desde o ano passado as fábricas organizaram o trabalho
de desenvolvimento e a distribuição de informações entre seus apadrinhados. Por
isso, no novo pacote de regras, regra que mais parece ter impactado a categoria
é a que modifica a quilometragem máxima que os motores deverão suportar antes
de serem substituídos.
A Ganassi utiliza propulsores Honda |
Casa propulsor deve suporter um total de 2.000 milhas (aproximadamente 3.218
km), quando poderá ser trocado sem punição - em uma adição de 150 milhas (241
km) em relação ao ano passado. Mudanças de motor que são reprovadas pelos
comissários continuarão "castigando" os pilotos com a perda de dez
posições na corrida (no caso de a quebra ter acontecido em um teste, a pena será
aplicada na etapa seguinte). A exceção é Indianápolis, que possui uma norma
particular para isso.
Em outra modificação nas regras, os pontos para cada montadora serão obtidos
por pilotos que não ultrapassarem o limite de cinco motores por ano. Na
prática: caso um piloto vença uma prova, mas estiver em seu sexto motor, a
marca não receberá os pontos correspondentes pela vitória e terá de se
conformar com os pontos de seu segundo melhor representante - desde que ele
também respeite o limite.
Power e Hunter-Ray vão de Chevrolet |
"O regulamento de motor foi criado para ajudar na contenção de custos para
equipes e montadoras, e ele continuará vigente em 2013. Analisamos uma
variedade de opções para substituir esta punição, buscando um retorno dos
principais interessados e, após uma consideração cuidadosa e muito debate,
acreditamos que a melhor opção foi continuar com a punição de dez posições no
grid. Precisamos ser consistentes com esta punição a curto e longo prazo",
informou o vice-presidente de tecnologia da Indy, Will Phillips.
Além disso, uma série de outras alterações importantes foram determinadas pela
organização. Confira a lista:
- O pole position deve largar na parte de dentro da pista na largada, e o líder
da corrida deve partir na parte de dentro da pista em todas as relargadas em
fila dupla. Até 2012, o líder da prova tinha o direito de escolher em que lado
relargar.
- A seleção dos pits para todos os eventos fora da Indy 500 serão organizados
de acordo com o grid de largada da prova anterior. Em 2012, esta seleção era
determinada pela classificação anterior em uma pista similar (sendo ela mista,
de rua ou oval).
- As velocidades no pit lane foram ajustadas levando em conta o tipo da pista.
Em ovais, o piloto não poderá ultrapassar 60 milhas por hora (mi/h), ou
aproximadamente 100 km/h. Em circuitos mistos ou de rua, o limite é de 50 mi/h
(80 km/h).
- Em todas as corridas, cada equipe deve informar a quantidade de combustível
existente no carro para a largada, além de explicar a estratégia. Em 2012, os
tanques deviam ter 18,5 galões (70 litros) no momento da largada.
- Para enfatizar a esportividade dentro da pista, se o diretor de prova
determinar que um piloto agiu ilegalmente na classificação durante as partes 1
ou 2 da tomada de tempos em pistas de rua, este não poderá participar da sessão
final e perderá seus dois melhores tempos. Se isso acontecer durante a fase
final, o piloto será proibido de participar do restante da sessão.
- O "push-to-pass", também conhecido no Brasil como "botão de
ultrapassagem", permanecerá como uma alternativa de estratégia para as
corridas mistas e de rua. Dez ativações serão permitidas por corrida, com a
duração variando entre 15 e 20 segundos, de acordo com cada pista.
- Em 2013, os carros deverão usar na etapa do Texas apêndices aerodinâmicos
similares aos empregados nos demais speedways - circuitos ovais de alta
velocidade. Os carros terão de carregar a mesma quantidade de pressão
aerodinâmica do ano passado.
- Na etapa de Iowa, os carros sofrerão uma pequena diminuição na pressão
aerodinâmica visando melhorar seu equilíbrio.
- Especificações aerodinâmicas para a nova corrida de Pocono serão as mesmas
usadas em Indianápolis.
- Os números dos carros na traseira e nas lâminas laterais das asas terão uma
altura mínima de 20 centímetros, buscando melhorar a visibilidade.
- Todos os pilotos precisam utilizar capacetes que correspondam ou superem a
especificação de segurança número 8860 de 2010, da FIA.
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