quarta-feira, 18 de junho de 2014

Wagner Gonzalez em Conversa de pista

Michael Schumacher é transferido de hospital francês para clínica suíça


Aos poucos, quase em segredo, o mundo vai descobrindo os progressos de Michael Schumacher em sua recuperação após uma queda quando esquiava nos Alpes franceses, poucos dias antes do final de 2013. Nesta segunda-feira (16 de junho), sua família informou que o piloto alemão, sete vezes campeão mundial de F-1 e maior vencedor da categoria, já não está em estado de coma e foi transferido do Hospital Universitário de Grenoble, na França, para uma clínica particular que, se supõe localizada na Suíça. A família do piloto não deu maiores detalhes sobre o local nem tampouco sobre suas condições atuais, mantendo a linha de proteger o trabalho dos médicos e a recuperação do piloto de comentários infundados e noticiário sensacionalista.
Devido à gravidade do acidente — Schumacher perdeu massa encefálica e sofreu duas crises a caminho do hospital —, ele foi mantido em coma induzido e com o corpo mantido em temperaturas abaixo do que é normal ao ser humano, medida adotada para aliviar a pressão que sofria no cérebro. O preparo físico de Michael Schumacher, os recursos financeiros de que ele dispõe e o impacto que sua recuperação pode gerar em técnicas e procedimentos de recuperação, certamente formam uma equação que sopra a favor do piloto em sua mais recente batalha. Ainda que a perda de massa encefálica não possa ser revertida, o sucesso de seu tratamento certamente contribuirá para melhorar os processos e protocolos adotados em casos semelhantes.
 É esta a íntegra do comunicado emitido pela família de Michael Schumacher:
“Michael deixou o Hospital Central Universitário de Grenoble para continuar sua longa fase de recuperação. Ele não está mais em estado de coma. Sua família gostaria de agradecer explicitamente todos os médicos, enfermeiros e terapeutas de Grenoble, assim como os socorristas do local do acidente, que fizeram um excelente trabalho nesses primeiros meses. A família também deseja agradecer a todas as pessoas que enviaram mensagens de apoio a Michael. Estamos seguros de que isso ajudou Michael. A partir de agora nós gostaríamos de contar com sua compreensão em relação à sua reabilitação, que acontecerá sem o conhecimento público.”
Di Grassi, em segundo, iguala Pace e Boesel em Le Mans



Audi vence 24 Horas de Le Mans ultra disputada. Lucas Di Grassi termina em segundo, Toyota e Porsche também lideraram prova que teve dia, noite, sol, chuva e mais de 260 mil espectadores no circuito. Renault Mégane bate recorde em Nürburgring


Em uma das edições mais espetaculares dos últimos tempos, a 24 Horas de Le Mans deste ano foi marcada pela disputa acirrada entre Audi, Porsche e Toyota, marcas que se alternaram na liderança da tradicional competição. Nada menos de 263.300 pessoas acompanharam a corrida em torno do circuito francês, maior número dos últimos 20 anos segundo os organizadores. Veja o ambiente da largada e os primeiros momentos da prova

Graças a um excelente trabalho de promoção e exploração das mídias sociais, cerca de 203 mil pessoas descarregaram o aplicativo para acompanhar a competição via dispositivos móveis enquanto o canal de TV via internet registrou quase 6 milhões de acessos durante a transmissão que acompanhou os preparativos para a largada, as 24 horas de prova e a cerimônia de encerramento. Em poucas palavras, um trabalho bem feito.

Segundo o Automobile Club de L'Ouest (ACO), promotor e proprietário da corrida, o retorno da Porsche foi um apelo importante para esse resultado, apelo que deve continuar firme para 2015 mesmo com os dois carros LMP1 de Stuttgart enfrentando problemas mecânicos.Todas as principais equipes sofreram prejuízos na primeira fase da prova e neste vídeo é possível relembrar alguns deles, em especial quando caiu uma forte chuva. Nele também se pode ver alguns dos problemas criados pelo grande número de pilotos estreantes na prova, o que ocasionou algumas situações dramáticas. Mesmo durante a noite a transmissão não foi interrompida e usou e abusou das câmeras onboard, como a instalada neste Audi.

Para os brasileiros o fim de semana foi de emoção mista: se os torcedores de Bruno Senna amargaram o abandono do piloto (problemas na assistência hidráulica de direção do Aston Martin Vantage) quando uma vitória na classe GTE Pro mostrava-se um resultado provável, Lucas Di Grassi melhorou seu resultado de 2013 — quando foi terceiro —, e levou junto com Tom Kristensen e Marc Gené  o Audi nº 1 ao segundo lugar na classificação geral. Com isso ele iguala os resultados de José Carlos Pace (1973, Ferrari 312 P) e Raul Boesel (1991, Jaguar XJR-9) e certamente voltará em 2015 com mais força, como ele mesmo explicou:


“Todos nós ficamos preocupados com o estado do Löic (Duval) após seu acidente nos treinos livres de quarta-feira, mas felizmente ele está bem. Eu progredi do terceiro para o segundo lugar e espero retornar muitas outras vezes. Afinal, a cada ano eu aprendo algo novo graças ao Tom (Kristensen) e ao Löic.”

As declarações de Wolfgang Ulrich, o todo-poderoso e imponente diretor da Audi, descrevem muito bem o trabalho da equipe de Ingolstadt:

“Após as primeiras duas provas da temporada nós não eramos favoritos, sensação que nós já vivemos antes. Tivemos que buscar soluções para disputar esta 24 Horas parando o menor tempo possível nos boxes, evitar problemas, batidas e incidentes. Acompanhar o ritmo do Toyota número 7 na fase inicial estava muito difícil e era impossível se aproximar desse carro. O que decidiu a corrida foi o fato de que Le Mans tem imprevistos para todos…”


Se a Toyota ainda manteve-se na disputa e terminou em terceiro lugar com o carro número 8 — tripulado por Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Sébastien Buemi —, à Porsche só restou completar a prova de maneira simbólica com o Porsche nº 14, que ficou parado nos boxes durante praticamente a hora final e voltou à pista para receber a bandeirada, mesmo não entrando na classificação final da prova.


Na classe LMP2, o trio Simon Dolan, Harry Tincknell e Oiver Turvey foi confirmado apenas na quarta-feira — quando Marc Gené foi requisitado pela Audi para subsituir Löic Duval no carro nº 1 —, e no primeiro terço da prova a situação não parecia promissora para o Zytek Z11SN-Nissan, que pouco a pouco foi ganhando posições. Os dinamarqueses Nicki Thiim, Kristian Poulsen e David Heinemeier Hansson conseguiram uma vitória simbólica com um Aston Martin Vantage GTE. O resultado foi dedicado ao compatriota Allan Simonsen, que sofreu acidente fatal na edição de 2013. O hoje veterano Giancarlo Fisichella, ao lado de Toni Villander e Gianmaria Bruni repetiram a vitória de 2011, desta vez ao volante do Ferrari 458 Italia, na categoria LM GTE Pro. Veja o resultado completo da prova.


Renault Mégane bate recorde no Nordschleife


Um Renault Mégane, na inédita especificação R.S. 275 Trophy-R, estabeleceu um novo recorde do Nordschleife (anel norte) de Nürburgring para carros de tração dianteira produzidos em série ao percorrer os 20,8 km desse mítico traçado alemão em 7’54”36. Baseado no cupê francês, esta versão tem acabamento e especificação voltadas ao alto desempeho: coletor de escapamento Akrapovic em titânio, molas de suspensão fabricadas em material compósito, amortecedores reguláveis Öhlins , pneus Michelin Pilot Sport Cup 2, motor de 275 cv, bateria de íons de lítio, discos de freio de aço e alumínio com 350 mm de diâmetro e 28 mm de espessura e bancos Recaro de policarbonato. Tudo isso permitiu aliviar o modelo que originou esta versão em 101 kg. A volta desse recorde pode ser vista neste vídeo, no qual chega a espantar a suavidade de condução do piloto Laurent Hurgon.


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