Terceiro colocado na
classificação geral do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, Felipe Giaffone
reconhece grandes dificuldades para se sagrar tetracampeão da mais popular
categoria do automobilismo da América do Sul. Experiente, ele sabe que na última
corrida da temporada, dia 6 de dezembro no Autódromo Ayrton Senna, em Londrina,
precisará vencer e ainda contar com a sorte de seus dois diretos adversários (o
líder Leandro Totti e o vice-líder Paulo Salustiano) não terem bons resultados
nos 3.145 metros do traçado no Norte do Paraná.
"Assim como falei em Cascavel, novamente não
tenho muito o que pensar. De novo vou para o tudo ou nada! De verdade, não fiz
as contas, pois são muitas as possibilidades e, além de dar tudo certo para
mim, ainda tenho de contar com a sorte. Com isso, como minhas chances são
pequenas e minha pressão é zero, como em Cascavel!", analisa Giaffone.
Apesar de ser o maior vitorioso nesta temporada,
com quatro primeiros lugares, Felipe Giaffone teve vários problemas e, por
isso, não está mais na frente e próximo de Totti, seu companheiro na RM
Competições. No entanto, ele destaca que sua temporada tem sido muito boa e sua
equipe tem lhe dado um bom caminhão Volkswagen Constellation nas mãos.
"Não é fácil ganhar. Tenho um caminhão bom e este
é meu melhor ano na Fórmula Truck. É a temporada em que mais ganhei até agora.
Foram quatro vitórias, dois segundos lugares. O que me faltou foi justamente a
regularidade, que é a marca do regulamento deste ano. 2015 é, disparadamente,
meu melhor ano na Truck. Vou batalhar, mas mesmo que não saia campeão de
Londrina, encerro o ano contente, pois meu maior prazer é ter condições de
brigar por vitórias. Esse foi um dos motivos que deixei as provas nos Estados
Unidos", avalia Felipe numa referência à sua carreira em monopostos na Fórmula
Indy, nos Estados Unidos.
Apesar de se mostrar disposto a buscar única e tão
somente a vitória, Felipe Giaffone diz que, dependendo do andamento da corrida
do dia 6 de dezembro, pode até começar a fazer contas para buscar seu quarto
título da mais popular categoria continental.
"Se, de repente, der uma zebra no começo e eu não
precisar mais do primeiro lugar para ser campeão, até posso fazer algumas
contas. Nesse caso tudo mudaria completamente. Venci em Londrina e tenho um bom
retrospecto na pista e vou bem relaxado para a corrida. Quem está na frente é
que tem tudo a perder e, naturalmente, fica mais apreensivo. Como estou em
terceiro e tenho menos chances, minha pressão é zero! Além do mais,
naturalmente não sou muito estressado. Já gastei tudo o que tinha na época do
kart e na Indy", brinca o campeão de 2007, 2009 e 2011.
Como nesta última corrida do ano os três primeiros
colocados estarão liberados de usar o restritor de potência (aparato foi
utilizado desde a segunda etapa do ano, em Campo Grande) Felipe diz que a
corrida do dia 6 de dezembro tem tudo para ser emocionante para os pilotos e
para o público de Londrina e região que acompanhará a prova ao vivo no
Autódromo Ayrton Senna.
"Se fosse na Fórmula 1 o Totti teria 90% de
chances de ser campeão, pois eles batem pouco, os resultados são mais
previsíveis. Já na Truck a imprevisibilidade é bem maior em todos os aspectos,
pois temos chances de quebras, já que os caminhões andam no limite, temos
chances de acidentes. Então digo que ele tem entre 30% e 40% de chance de ser
campeão", completa Giaffone.
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