Coluna 4715 - 20.11.2015 - edita@rnasser.com.br |
Mercedes E 250, o começo do luxo
Mais vendido, mais rentável, Mercedes-Benz Classe E, há
anos é o verdadeiro cavalo de batalha da área de automóveis da Daimler.
Harmônico em dimensões, na marca seus 4,88m de comprimento medeiam entre o C e
o S, porta a inconfundível identificação, embutindo sobriedade, qualidade,
resistência, bom comportamento mecânico, ótimos números de consumo - em estrada
mais de 12 km/litro de gasálcool.
O 250 é o degrau de entrada na Classe E. Na prática tal
carroceria, com o pequeno motor 1,6 do Classe C, aumentado a 1.991 cm3 de
cilindrada, potência declarada de 211 cv, e 35,7 kgfm de torque, passando pela
boa transmissão automática de 7 velocidades, chegando às rodas traseiras,
levando os quase 1.800 kg a 100 km/h em 7,4s e velocidade final cortada a 243
km/h. Está de bom tamanho. Compondo com o motor de baixa cilindrada, o conteúdo
é contido. Revestimento não emprega couro, apenas plástico, mas há sensação de
qualidade e harmonia na montagem. O elegante relógio analógico – acertado via
comandos de configuração do automóvel – destaca-se no freio de custos aplicados
pela Daimler neste Mercedes.
Configuração interna é boa. É, como sedã com tração
traseira, automóvel para quatro pessoas e uma criança no centro do banco
traseiro. Tudo respira a perceptível sensação de segurança, dos sistemas
eletrônicos para acionar a mecânica, aos cintos de três pontos e apoios de
cabeça para todos os ocupantes.
Ar condicionado digital, saídas para todos os
passageiros, bancos frontais com regulagens eletrônicas e três memórias,
válidas também para espelhos retrovisores externos e volante; sistema multi
media com tela, boa e clara câmera de ré, e GPS. Regulagens simplificadas num
giratório botão central com a borda elegantemente recartilhada. Charmosa
alavanquinha de marchas – parado, frente e para trás – atrás do volante.
Marchas podem ser mudadas por aletas verticais também sob volante. É sistema
para o grande mercado norte americano, onde se adota alavanca de marchas em tal
posição. Regulagem de motor, transmissão, direção e freios em apenas três
programações, conforto, esporte e ECO. Nesta entra a função Stop/Start,
desligando o motor nas paradas para reduzir consumo e emissões.
No uso
É um Mercedes. Palavra mágica, no imaginário coletivo
resume engenharia e construção de qualidade, resistência, durabilidade, e o
mítico som do fechar das portas. O ser bem planejado e bem feito faz saltar apreciação
de muitos itens, como bons ajustes, com comportamento, direção precisa,
estabilidade, freios poderosos, e a surpreendente, ante porte, peso e
cilindrada, reação às demandas por boa aceleração. Em descrição superficial, a
fórmula do motor de baixa cilindrada, injeção direta e turbo gera enorme torque
em baixa rotação é o futuro do automóvel.
Confortos permitidos pela nova onda tecnológica, faróis
em LEDs com sistema que faz passar, sozinhos, do facho baixo para o alto, ou
formam vão no centro caso você esteja atrás de outro veículo, para não
incomodar seu motorista.
Rodas em liga leve, aro 17”, calçadas com pneus de perfil
baixo – inadequados aos buracos nacionais. Frente levemente mais alta em
relação aos Series C, permitindo passar quebra molas sem esfregá-lo nas
impróprias barreiras. O rodar é muito agradável por amortecedores sensíveis à
velocidade. Firmes em alta, macios em baixa velocidade.
Porta malas grande – 540 litros. Preço? Promocional,
dólar antigo: R$ 259.500.
Audi nacionaliza o sedan A3 1.4
Sem festa Audi apresentou e iniciou vender seu primeiro
produto nacional, o 1.4 TFSI sedã, modelo de entrada. É produzido no parque
industrial da VW nas beiradas de Curitiba, mesma linha de onde sairá o VW GOL
7ª geração. Para quem se acostumou a vê-lo, importado, como o mais vendido dos
Audi no Brasil, exigirá vista apurada para identificar procedência. Na prática
o A3 sedã paranaense distingue-se visualmente apenas pelo fato de ser 1,5 cm
alto, consequência do uso de molas, buchas e amortecedores em versão para
terceiro mundo – são mais resistentes e elevam o veículo. Afinal, terceiro
mundo é terra de desrespeito a veículos e proprietários. Outras mudanças
mecânicas positivas e adequadas às novas condições, há: o motor 1.4, 16
válvulas de abertura variável, injeção direta de combustível e turbo
alimentador é o primeiro turbo Flex no mundo, e saltou de produzir 122 para 150
cv e de 20,4 para 25,5 m.kgf de torque. Não é evolução sobre o 1.4, mas redução
no 1.8. Assim superdimensionamento. Lothar Werninghaus,
engenheiro da marca, entusiasmado, crê capaz de rodar 1 milhão de quilômetros.
Há coerência.
Transmissão mudada: saiu dupla embreagem DSG e 7 marchas, entrou
automática com 6. Razão prática, não se harmonizam com o piso e tipo de uso
para e anda no Brasil. Suspensão traseira trocou o eixo: do sistema
independente, de ancoragem múltipla, pelo eixo torcional com braços
longitudinais, semi independente – e há semi independência ? -, amortecedores e
molas divorciados. Direção com assistência elétrica. Rodas em liga leve aro
17”para a Attraction e 18” nas Ambiente. Aspecto conforto/segurança, opção do
sistema Active Lane Assist, avisador da mudança da faixa de
rolamento; luz vigia nos retrovisores externos avisando da proximidade de
veículo – mesmo sem ser visto; o ACC capaz de manter a velocidade e a distância
do veículo à frente e de frear sozinho. Sensores de água e luz, teto solar, câmera
de ré, multi mídia, podem ser agregados, ou pré incluídos na versão mais cara.
Faltam, sem explicação coerente, espelho retrovisor
interno e ar condicionado automáticos.
Quantum
Comercialmente, versões Attraction, sem opções exceto em
pintura, e Ambiente, permitindo agregação de acessórios e facilidades capazes
de inflar o preço em até 50% do valor.
Mantém-se automóvel harmônico e equilibrado, linhas laterais
bem marcadas, sugerindo esportividade e exigindo cores definidas, como o
vermelho – nada das anônimas e pasteurizadas cinza ou preta.
É um automóvel coerente com a origem alemã, bons
materiais, bem compostos, bem aplicados. Assim, couro apenas para as superfícies
de contados e na versão superior. Segurança sem comprometimento ou economia
fora de hora, freios a disco nas 4 rodas; sete almofadas de ar – uma para os
joelhos do motorista; cintos com três pontos de ancoragem em todos os lugares
incluindo o central do banco traseiro; fixadores Isofix para cadeirinhas
infantis; painel legível, objetivo, sem os desvios de conduta volta e meia
adotados por modelos japoneses e coreanos, em tentativa pretensão de re
inventar a roda e o zero.
Quanto custa Audi A3 sedan 1.4 TFSI
versão
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R$
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Flex Attraction
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99.990
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Flex Ambiente
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109.990
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Flex Ambiente completo
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149.990
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Segurança
aprova Honda, VW, Ford e reprova GM
Última bateria de testes apresentada pela Latin NCAP,
escritório latino americano da entidade mundial de promoção de segurança
veicular, testando veículos através de batida, festeja Honda, VW e Ford, e
repreende GM.
Testes são realizados em padrões mundiais e aferem,
pontualmente, índices de segurança para adultos e crianças, classificando-os
por estrelas entre 0 e 5. Hondas Fit, City e HR-V tiveram nota máxima; VW
5 pontos para passageiros e 4 para crianças no novo Polo indiano importado pela
Argentina; 4 em ambos os pontos pelo Ford Ka. Nota de susto foi para o Aveo,
Chevrolet construído no México e enviado à América Latina: Zero em segurança.
Ocasião institucional, véspera da Segunda Conferência de Alto Nível em
Segurança Viária no Brasil, afirmativa desgasta imagem da empresa.
O Aveo é o automóvel mais vendido no México, e sua
versão básica, sem almofadas de ar, marcou 0 Estrelas para adultos e 2 para
crianças. Secretário Geral do Latin NCAP, Alejandro Furas lamentou, há cinco
anos a Chevrolet vem-se desempenhando negativamente. Em mais de 60 modelos
testados é o fabricante mundial com pior desempenho.
O Aveo não vem ao Brasil, viesse, teria que,
mandatoriamente ter almofadas de ar.
Roda-a-Roda
Xing-Ling – GM mais vendido na China, o Buick
Envision, um crossover, deve cruzar o Pacífico e chegar ao mercado
norte americano em 2016. Apresentação prevista ao NAIAS, o salão de Detroit,
janeiro. Ideia é compensar queda de vendas na China com um produto sem similar
na marca no mercado dos EUA.
Segundo – Apesar da curiosidade, o Buick não será
pioneiro em tal manobra. É o Volvo S60, também produzido na China e com
exportações já iniciadas. Marcas chinesas não vendem nos EUA.
Multa – Ibama aplicou multa de R$ 50 milhões à
Volkswagen pela venda de 17.057 picapes Amarok 2012 e parte de 2013 com software
mascarando emissões de poluentes. Diz o órgão federal, baseia-se no maior
valor previsto na legislação. Comunicado diz, Volkswagen deve oferecer plano de
correção para enquadrar-se na legislação brasileira.
Mais – ProconSP, de defesa dos direitos do
consumidor também se fez presente, com multa de R$ 8,3M. Mesma demanda,
realizar o anunciado re call.
Realidade – Difícil imaginar o presidente da
Volkswagen, passivo e sorridente, preenchendo cheque neste valor, repassando-o
ao Ibama, sem contestar. Há jurisprudência contrária dentro da casa. Caso
idêntico, ocorrido na década de ’90, gerou multa de US$ 10 x veículo. No mesmo
critério, seriam US$ 170.570, em torno de R$ 700 mil.
Ocasião – Órgãos federal e estadual estão atrasados.
Empresa se antecedeu em um mês antes da manifestação do IBAMA e do Procon,
prometendo atualizar o software no primeiro trimestre de 2016,
quando entrará em operação o re call mundial para 11 milhões
de veículos.
Dedo-duro – Matriz VW contratou duas empresas
de relevo internacional, a auditora Deloitte e a Jones Day, de advocacia, para
ajudar em processo interno incentivando quem tiver informações sobre o software aplicado
aos motores diesel, para contar o que sabe. A ideia é acelerar o processo de
correção, até agora de difícil cumprimento no prazo estabelecido.
Troco – Promete não oferecer represálias, preserva-os
de reinvidicações ante danos cobrados à empresa e seus executivos, e até, se de
interesse, transferência de local de trabalho. Parece claro para a empresa, não
se trata de colocar uma peça, mas de cortar um comportamento interno.
S 10 – Qual será o motor a ser utilizado
pelos picapes da GM pós-encerramento do contrato de fornecimento pela MWM, como
anunciado semana passada?
Sem surpresa - Motor Chevrolet, o mesmo
anteriormente utilizado. Que não é MWM, mas projeto GM, com produção
encomendada.
Onde ? – Ainda sem definição, porém mirando para Joinville,
SC, onde tem fábrica de motores ecologicamente exemplar. A marca tem fundição e
capacidade para faze-lo em São José dos Campos, SP, onde vasa e usina motores
desde 1958.
Entretantos - Desgastes, as greves, os prejuízos
causados no relacionamento com o sindicato local de metalúrgicos, provocou
construção das novas instalações e o constante esvaziar industrial desta
planta, incluindo mudar para a Argentina o Projeto Cruze – em testes finais.
Futuro – De todas as más notícias econômicas – que a
falta de gestão no país não freia, nem mostra ações, planos ou projetos -,
outra ameaça ao bolso do contribuinte: aumento no preço dos combustíveis.
Porquê – Enquanto em todo o mundo os preços caíram a
menos da metade, no Brasil, para fazer caixa, suprindo o buraco causado pelo
ataque à Petrobrás, pensa-se em majorar corajosamente os preços dos
combustíveis em 2016. Correios querem o mesmo: aumentar tarifas para cobrir
rombo. É o lulopetismo: protegidos furtam, todos pagam.
Comprometimento – Levantamento da Federação Nacional
de Empresas de Seguros Privados e Capitalização ante veículos com mais de cinco
anos de uso. Maior índice de acidentes se devem a manutenção desidiosa ou feita
com peças baratas e de má qualidade.
Solução – Entidade defendeu o fim da isenção do IPVA
para veículos com mais uso, e a obrigatoriedade da Inspeção de Segurança
Veicular.
Sobre rodas – As vending machines,
máquinas para vender refrigerantes e guloseimas, ganharam equivalente
automobilístico. Há nos EUA quem compre carro on line, recebendo-o
em casa. Entretanto a Carvana, especializada no negócio percebeu, alguns
compradores queriam posição mais ativa, sem receber domesticamente, ir à loja
para retirar.
Solução – Como tal demanda era recuo no processo,
erigiu estrutura metálica na Interstate 65, perto de Nashville. Lembra muito a
Volkswagen no entregar qualquer marca de sua holding na
Autostadt – também dita Piechlândia (Ferdinand Piech foi o CEO
da VW a implantar o negócio) carros de todas as marcas do grupo, em meio a
pista off road e museus.
Made in USA - Princípio é o mesmo. Cliente
compra on line, mas vai à
torre de cinco andares para retirar o 0
Km. Sensação de conquista é insubstituível.
Surpresa – Levantamento da revista Exame com o
Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente, apontou a Renault
como montadora com melhor atendimento ao cliente.
Reverência – Lançamento do Ferrari 488 no revendedor
Via Itália, em S Paulo, a clientes da marca. Mestre de cerimônias pergunta a
Sebastian Vettel piloto da equipe, tetra campeão em Formula 1, se tem admiração
por algum piloto brasileiro, e Vettel diz apreciar o estilo Piquet. Surpresa,
proprietário de Ferraris, Piquet estava na festa e subiu ao praticável para
agradecer ao alemão.
Retífica RN – Edição passada Coluna comentou
ter sido o projeto Pininfarina do SUV Io dividido entre Mitshbushi e Fiat.
Enganou-se. Foi apenas japonês.
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