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Alfa 4C, um intermezzo para
o retorno
Motor entre
eixos, quatro cilindros, 16 válvulas, injeção direta, turbo compressor,
projetada potência circa 250 cv. Caixa de transmissão com seis
marchas – DSG/FPT, duas embreagens a seco, funciona, se o motorista quiser,
como automática – tração traseira. 0 a 100 km/h abaixo de 5s, velocidade final
acima de 250 km/h, relação peso/potência menos de 4 kg/cv. Nos EUA, US$ 80 mil.
É o Alfa Romeo 4C.
Outros dados
importantes, carroceria e sub estruturas em fibra de carbono ancorando as
suspensões, alumínio para reforços de segurança, peso abaixo de 850 kg. Mais
largo que alto – 2m x 1m18 -, pouco maior que um Uno, e entre eixos inferior a
2m40. Cupê dois lugares.
Gostou ? Se,
avie-se. Serão feitos
apenas 2.500 unidades: milhar para a Europa, outro para os EUA, restante ao
resto do mundo – Brasil, não, porque para faze-lo rodar aqui, a Fiat
deveria elevar a altura livre do solo, rever todas as regulagens e componentes
da suspensão, ensiná-lo a consumir a mistura que os motores consideram
alucinógena – gasolina, etanol e água. Muito investimento, poucas vendas.
Devagar
A Fiat, após o
mágico período de recuperação, fazer lucros; comprar a Chrysler; colocar o pé
no mercado norte-americano; pode aquecer o Banho Maria aplicado às marcas
domésticas. Resolveu salvar a Alfa Romeo dando-lhe aura de marca associada à
tecnologia, e aumentar vendas – ano passado100 mil; 132 mil em 2011. 2.500 a
mais neste universo não altera a conta, mas entreterá a assistência no
intervalo do jogo. E, assim como o fez com os gatos pingados Alfa 8C, serve
para nomear representantes, conseguir espaço na mídia, fazer-se lembrada,
preparar referências para voltar ao mercado norte americano de onde se retirou
em 1995, e tornar o automóvel um ícone de exclusividade, um pré colecionável.
Como os outros não será feito na Alfa – nem na fábrica Bertone, por décadas
responsável pelos modelos de pequena série -, mas, como o 8C, na Maserati,
Modena.
O Caminho
O 4C, informa a
Alfa Romeo, distribuindo as fotos, terá apresentação oficial no Salão de
Genebra, início de março, e vendas no último trimestre, como modelo 2014.
Leitores da Coluna lembrar-se-ão de sua história aqui contada
nos albores de 2011:Sergio Marchionne, na Fiat número 1 deixava a empresa no
24 de dezembro, antes de subir para o Natal na Suiça, e passou pela sala de
Marco Tencone, designer da empresa. Comentou sobre um esportivo, deixando-o
sonhar. Ante o entusiasmo pediu para preparar linhas e descritivo de
factibilidade até o dia 31. E foi-se. Tencone comemorou o Natal na prancheta e
procurando rascunhos de soluções em gavetas de pouco uso. Não consegui entregar
antes do fim do ano, e o fez dia 2 de janeiro, 9 dias após a encomenda/determinação,
prazo quase recorde – líder é o Jeep -, e construção idem, estava no mesmo
Salão de Genebra três meses após, ajeitadinho, trêfego na situação entre
capricho de chefe e linha de produção. Em 2013 volta mesclando as duas
condições e mais a posição política de fazer ponte da marca para o novo mercado
onde, em 2015 e 2016 lançará seis modelos Alfa, passo fundamental para cravar
300 mil vendas anuais.
Como a Coluna esclareceu
há dias, a lista de novos produtos, comunizando plataformas com outras marcas terá
sedã grande, tração traseira, possivelmente a plataforma do Maserati
Quattoporte recém apresentado, permeando para a Chrysler. E sedã médio, mais
camioneta, tração dianteira, sobre a base do próximo Fiat Bravo. O conversível
Duetto, feito pela japonesa Mazda e, lembrou leitor, executivo da Chrysler, um
pequeno utilitário esportivo dividindo plataforma com um modelo Jeep.
Estilo
Coragem é a
maior exigência para fazer revolução em estilo. E em automóveis usualmente dá
em frustração de mercado e más vendas. Citroën ID e DS, os sapos,
são exceção.
Por isto, apesar
da tecnologia pontual do aplicar fibra de carbono na estrutura e sub chassis,
mais assinatura tecnológica que necessidade industrial, os designers do
Centro de Estilo Alfa preservaram o DNA de soluções da marca, inspirando-se em
referências visuais de ícones Alfa: a distribuição de volumes da 33 Stradale,
traço de Franco Scaglione; o vidro traseiro da Giulietta Sprint de Bertone; os
ajeitados cortes do 8C.
Roda-a-Roda
Negócio – A
Daimler AG pagará 640K E por 12% das ações do chinês Beijing Automotive
Group e ter dois assentos na mesa diretora. Faz parte do processo
expansionista da marca a mercados emergentes, fundamental para sua controlada
Mercedes, reconquistar, ao final da década, o primeiro lugar nas vendas de
carros luxuosos, perdido para BMW e Audi.
Produto – A
nova situação permitirá construir as séries C e E e o utilitário esportivo GLK.
Consequência previsível, melhoria de qualidade e confiabilidade a outros
chineses, reduzindo o leque existente entre os produtos de lá, cujos extremos
vão de porcaria absoluta à alta qualidade.
Cana – A tentativa de re lançar a marca De
Tomaso, com financiamento público em nome de manter empregos e talentos na
antiga fábrica Pininfarina, acabou nas grades italianas.
Desvio –
Gian Mario Rossignolo, festejado ex presidente de empresas - Fiat,
Lancia, Ericsson, Telecom -, adquiriu os direitos da marca criada pelo
ítalo-argentino Alejandro De Tomaso, somou imagem, seu prestígio, e a emoção do
fechamento da Pininfarina, levando o pacote à municipalidade de Turim, Itália.
Treta – Exibiu o Deauville, primeiro produto, insosso
utilitário esportivo, há dois anos, no Salão de Genebra. A Coluna então, arrostando os festivos do retorno, chamou-o Medíocre.
Estava lamentavelmente certa.
Fim – Sem
carro ou produção, mas desvio de 13K Euros levou Romagnolo à prisão domiciliar,
e seu filho e outros cinco executivos à cadeia comum. As míticas instalações da
Pininfarina estão ociosas e o milhar de empregados com talento no fazer carros
de pequena produção, em inverno frio.
NADA – A associação nacional de distribuidores de
veículos nos EUA, encontro em Orlando, EUA, oportunidade de conversa entre
associados, associações, fabricantes e importadores, gerou algumas informações
importantes:
1 – Alfa
– nem todos os 202 distribuidores Fiat serão Alfa na volta da marca ao mercado
através de homeopáticas 1.000 unidades do 4C em 2015;
2 –
Chrysler – Revendedores querem receber mais jeeps Wrangler e Grand Cherokee.
Fila maior que o balcão;
3 – Ford
– Abriu crédito de até US$ 750 mil a cada revendedor que investir para mudar os
padrões de apresentação das revendas;
4 –
Cadillac – Prevê crescer 35% neste ano. Se, será recorde;
5 – Kia
– Deu a grande injeção de ânimo na rede prevendo volta de vendas ao patamar de
16K, e aconselhando os distribuidores a ter visão de longo prazo e se preparar
e às instalações para grande demanda.
Recomeço – Para mostrar-se dona da marca e senhora das ações
após romper contrato de representação com a Effa, a chinesa Lifan fará efeito
demonstração: pediu agenda a jornalistas para apresentar nova linha e planos em
bonito cenário - Punta Del Este, Uruguai.
Começo – Suzuki faz lançamento formal de seu goiano
jipinho Jimny próxima semana. Motor 1.3, transmissão mecânica em 5 velocidades,
tração nas 4 rodas, multi facetado: carro de jovem, de trabalho, para o campo.
Líder – Diz
Roger Alm, presidente, com 27% das vendas no segmento pesado, a Volvo é líder
no Brasil, seu maior mercado mundial.
Referência –
Adequada ao Actros, o refinado caminhão da Mercedes, sua cama para motorista
1m95 x 0,70m traça referências: colchão inteiriço, ventilação adequada, sem
unidade ou mofo, sobre estrado anatômico com conjunto ortopédico, cabeceira
regulável por amortecedores a gás.
Atualização –
Para falar a língua do mercado e entrar na mesma vibração que seus clientes
montadoras, a Keko, fabricante de equipamentos, dá garantia de seus produtos a
três anos aos produtos vendidos nos balcões de revendedores.
Desafio –
Cruzamento de dados entre o Denatran e o IBGE traz informação preocupante:
atualmente para cada criança nascida fabricam-se dois automóveis. E não há
estrutura para um ou outro, e o caudal de impostos gerado pelo outro não gere
bem estar para o um. Pelo contrário, prepara emissões poluentes, sacrifício no
conviver, engarrafamentos de trânsito, queda na qualidade e na perspectiva de
vida. Está na hora de organizar.
De Volta –
Corajosa freada para arrumação na Renault: parou a fábrica no Paraná para
aumentar capacidade produtiva de 280 mil para 380 mil unidades anuais;
preparar-se a crescer com o mercado. Perdeu vendas na parada, mas volta com gás
ao embate. Principal, embora não seja o pico das vendas, mantido pelo Sandero,
é a disputa entre Duster e Ford Ecosport.
Por baixo –
Perdeu a ocasião de promover vendas do argentino Clio durante a arrumação.
Nele, derradeiro tapa estético, boas características, bom preço.
Coragem –
Aqui a Renault deu três passos de coragem: deteve a produção do Mégane para
acertar a qualidade da montagem; mandou os produtos de luxo para a Argentina, e
focou nos carros Dacia, aqui os Renault Logan, Sandero, Duster; parou para reorganizar-se
em busca de solidificar o 5º. lugar em vendas em veículos de qualidade,
enfatiza Olivier Murguet, seu presidente.
Incômodo –
Indústria de auto peças reclama dos níveis exigidos pelo controle de qualidade
da Suzuki para aprovar partes para o Jimny. Nada igual no Brasil.
Viagem – Vais
à União Européia? Alugarás automóvel? Providencie a PID,
Permissão Internacional para Dirigir, alerta Marco Aurélio Strassen, no bom blog
Autoentusiastas. Mudaram exigências, incluindo documento em língua comum.
Na prática -
Assim, exceto se você tem amigos na estrutura governamental vigente, que tem
distribuído passaporte diplomático com flexibilidade, deve ir ao Detran de seu
estado e pedir a PID. Ou a tradutor oficial, chancelado, para verter os termos
constantes em sua CNH.
Gentileza –
Patrocinadora da exposição de Giugiaro no Brasil, a Volkswagen agiu com
delicadeza e convidou Anísio Campos, mais realizado de nossos designers de
automóveis à abertura. AC foi de PAG, sua criação para a Dacon, então revenda
VW. Contassem ao Giugiaro as dificuldades para fazer o carrinho em época de
embotamento oficial e importações proibidas, teria colocado o AC numa redoma.
Museu da Casa Brasileira, Av Faria Lima, 2.705, terça a domingo, das 11 às
18h, até 31 de março - exceto segundas.
Retífica – Coluna passada
derrapou, mas de lá, atento, leitor Helio Figueiredo corrigiu: Corumbá fica no
Mato Grosso do Sul, MS. Retificado.
Gente – Gerson Almeida, jornalista, olhos puxados. OOOO Saiu
da assessoria de imprensa da Renault após 10 anos, É primeiro executivo de
assistência à conta da japonesa Nissan. OOOO Desafio. A Nissan tem
pouco tempo para mostrar não ser apenas mais uma, mas valente operação
industrial no estado do Rio. OOOOConcorrente
e não apenas periférica. OOOO
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