500 Abarth, o AMG da Fiat
Linguagem de automóveis tem algumas palavrinhas a
simbolizar performance extra, diferenciativa dos demais da mesma marca, do
mesmo tipo, porém de comportamento menos expressivo. No jargão do setor: AMG,
M, S, significam na Alemanha, por exemplo, terem sofrido desenvolvimento pelas
próprias Mercedes, BMW e Audi. Saleem, Cobra, SOV indicam nos EUA preparação
para Fords. AMG é sobrenome mais conhecido e indicador deste apetite extra. Na
Itália, país quase monomarca – a única não Fiat é a Lamborghini -, o nome
Abarth é auto explicativo. Aliás, lá ultrapassou a espécie. Um Café Abarth é um
expresso curto e muito forte. País de automóveis pequenos, a sempre líder Fiat
foi a marca de maior interferência pela Abarth e este convívio levou-a a
assumi-la pós passamento do fundador em 1979.
500 Abarth
Automóveis com rendimento implementado ultrapassam a
noção superficial que para conseguir tais resultados basta apenas motor forte.
Conversa fiada. Automóvel é equação matemática, e alterar apenas um de seus
termos dá maus resultados. Assim, o uso do implementado motor 1.4 Turbo, 167
cv, aptidão para acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 6,9s e atingir reais
214 km/h, exigem adequações na caixa de marchas, na suspensão, direção,
amortecedores, freios. E, como automóvel não se vende apenas através do apelo
de performance ao proprietário, há agrados para o seu vizinho. Quando ele fala “Aaah ...” você sabe, valeu a pena ter pago mais caro.
E, como ele não andará no carro, mas apenas o verá em sua vaga de garagem, há
mudanças visuais.
Entre itens visualmente diferenciativos estão o
escapamento duplo cromado – equipamento nacional pois o original e seu ronco
viril ultrapassam os 80 decibéis da regra brasileira -, faróis com desenho
particular, rodas leves exclusivas em aro 16” e pneus 195/45x16, faixas
laterais contrastantes com as três disponíveis para a carroceria: vermelho
sfrontato, chocante, branco, preto e cinza. Para choques aumentado para receber
os radiadores de água e óleo. Dentro, estofamento em couro, bancos envolventes,
pespontos vermelhos e como opcionais teto solar elétrico e som Dr. Dre,
produtor musical e criador do sistema Beats Music. No total, 16 pontos tem a
marca característica ou sua logo, o escorpião. Segurança por sete bolsas de ar
laterais, de joelho, freios ABS com EBD, sinal eletrônico de parada súbita,
programa de estabilidade, controle de tração e de torque. Ou seja, errou, ele
corrige. No pacote funcional- decorativo discos de freio maiores com pinças em
vermelho. Falta câmera de ré ou sensor de estacionamento – talvez a Fiat ache
os proprietários capazes de fazer baliza sem a ajuda tecnológica.
Parte comercial desconhecida, embora previstas 400 vendas
mensais. Preço ? Indefinido – ou taticamente esperando a definição sobre o
futuro econômico do país, eis ser importado do México e pago em flutuantes
dólares. Pela pretensão e posição de nicho no nicho, concorrente de Mini,
projeta-se entre R$ 70 mil e 80 mil quando estiver à venda como presente de
natal.
O homem
Carl Abarth, austríaco ligado em corridas, seguiu o
caminho natural do pós guerra, foi para a Itália. Naturalizou-se, virou Carlo,
iniciou produzir comandos de válvulas, coletores de admissão e escape para
aumentar potência dos fraquinhos automóveis de então. Em torno dos anos ’50
integrou, com Piero Dusio e Dante Giacosa a criação do Cisitália, divisor na
construção de automóveis. Expandiu negócios, e seus escapamentos ganharam o
mundo.
Evoluiu, fez derivados de Fiat e Simca, carros ganhadores
de corridas, e foi ao pico com produto próprio a partir da plataforma do Fiat
1100 e seu motor. Daí, plataforma própria, agregou a temperamental caixa
Colotti de 6 velocidades, e criou motor de sua lavra, 2.0, duplo comando de
válvulas, dupla alumagem – duas válvulas por cilindro. Fazia 192 cv a 6.700
rpm, extremamente rentável e resistente. Dois, vindo ao Brasil, fizeram
temporada de 13 corridas, sem retificar o engenho.
A Simca, marca aqui existente, para fomentar seu projeto
de lançamento do modelo Tufão, importou três unidades em 1964: uma 1.6, quatro
marchas, carro reserva, e duas 2.0, seis velocidades extra longas, inadequadas
às nossas pistas. Na inauguração da extensa Rodovia do Café, no Paraná, em
1965, uma delas foi cronometrada a 303 km/hora – Jorge Lettry, o mago chefe da
equipe Vemag, acompanhando-a por avião pequeno, contava, divertido ser a
velocidade em terra superior à do ar! Fizeram 13 coridas, ganharam 9, e se
foram sem deixar herança, cópia de plataforma, carroceria, motor. Década de ’70
a Fiat comprou a marca e recentemente enzimatizou-a, colocando a trabalhar e
desenvolver versões sobre seus produtos. O 500 Abarth ora importado é o
primeiro degrau de preparação.
O local
Autódromo de Goiânia, um dos melhores do país,
racionalmente recuperado: pista com asfalto removido, base corrigida e
colocação de novo revestimento com especificações para corridas; 23 boxes sob o
critério de equipe – 19m de frente, para dois carros; camarotes sobre os boxes;
arquibancadas refeitas, mudança das áreas de escape nas curvas, substituindo a
brita por asfalto.
A inteligência do projeto está em colocar cercas vazadas
expondo o movimento interno, abrir o autódromo à população – ciclistas
profissionais o utilizam nas primeiras horas e após, público em geral. Além
disto, criação de pistas para patinação e skate, de kart, play ground.
O governo de Goiás entendeu sua importância como alavanca
de política, geração de recursos pela atração turística e a bandeira goiana
mais visível no mundo. Não é apenas dos melhores autódromos no país, mas espaço
aberto ao público, onde se realizam corridas. Ótima estrutura foi mandatória
para a Fiat lançar o 500 Abarth em Goiânia.
Mudança na Volkswagen. Sai Schmall, entra Powells
Ativo presidente da Volkswagen nos últimos sete anos,
Thomas Schmall, administrador, 51, brasileiro nacionalizado, foi promovido:
passa a integrar a mesa diretora da marca VW, na sede em Wolfsburg e, como
executivo, responderá mundialmente pela área de Componentes.
David Powells, auditor, 52, pelo mesmo período foi o número 1 da VW da África do Sul, mas tem experiência na filial brasileira, onde
foi VP de Finanças e Estratégia Corporativa entre 2002 a 2007.
Schmall, workaholic
assumido, substituiu outro ex-presidente da VW sul africana e realizou grandes
obras na VW. Pessoalmente conseguiu resgatar o comando da marca na América
Latina, antes com a VW da Argentina, obteve apoio para largos investimentos na
expansão e re equipamento das fábricas, mudou a motorização para engenhos
atualizados, mudou e aumentou a capacidade da linha de produção da Saveiro,e
prepara a velha usina de São Bernardo do Campo, SP, para receber a produção do
novo Jetta. Talvez esteja aí sua maior conquista, ter re inserido e elevado a
VW Brasil no organograma da matriz. Produzir o up!, e agora o Jetta alça-a à
padronização mundial da marca e acabará com os produtos exclusivos.
Powells tem credenciais acadêmicas para focar o aspecto
financeiro – a VW deverá escriturar prejuízo neste ano -, e aproveitar os
resultados em métodos e produtos implantados na gestão Schmall. Relativamente
aos dois outros presidentes oriundos da África do Sul, tem dois predicados:
fala, entende e lê a linguagem local; ser presidente da VW do Brasil não será
seu último posto, o que instiga ambição de bons resultados, escada para subir.
A VW do Brasil já alavancou carreiras anteriores. Um, para a presidência
mundial, outro para a presidência da Audi. Mudança ocorrerá na virada do ano.
Roda-a-Roda
A fim ? - Gostas do Fiesta dito Rocam para indicar o
motor, e com formas da geração anterior ao do hatch ora produzido ? Corra. A Ford o descontinuou e últimas unidades
remanescem na rede de revendedores. Acabou, acabou.
P’ra fora – Toyota inicia
vender Etios flex para o Paraguai. É, no Mercosul, o único a dispor do
combustível em postos de reabastecimento.
Ocasião – Para sinalizar
gestão cuidadosa, o governo cortará o benefício da redução de IPI para os
veículos O Km. Afim ? Aproveite até o fim do ano.
Renovação – Após
intervenção nos anos ’90 para construir o Polo, atualizar linha de produção do
Saveiro em 2013, fábrica Volkswagen na Via Anchieta – ligação S Paulo/Santos-,
comemora 55 anos, produção de 13M de veículos, e repaginação interna para
produzir o Novo Jetta no início de 2015. Produto atualizado, no conceito Globalização Tecnológica .
Demanda – No Fórum Direções Quatro Rodas, Luiz Moan, presidente
da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, clamou por previsibilidade.
Segundo ele não se pode pensar apenas nos 4 anos vindouros, mas em política até
2025. Isto permitiria planejamento para investimentos.
Mais – Em seu entender, quando
se clama pela mudança do transporte individual para o coletivo, não se entende
razão de os terminais de Metrô sem estacionamento para receber usuários de transporte individual.
Para entender – A apuração
dos fatos descobertos pela Operação Lava
Jato da Polícia Federal, o cuidado tático do juiz Sérgio Moro, para apurar
e sentenciar consertarão os furtos, alcances, prevaricação dos gestores públicos
?
Sem entender – Não. Mudarão
apenas os agentes, e o mal está na distribuição dos cargos aos políticos. O
indicado é um fomentador de negócios ao partido, ou a quem o indicou, ou para
si – ou para todos juntos. Mudança apenas com gestores de carreira e
competência provada.
Oficina – Em cotejo da Caçula
dos Pneus, centro automotivo, surpresa no maior volume de serviços: Toyota
Corolla 28% das intervenções, Honda Civic em 2ª. posição, 18% da clientela.
10º. lugar Honda CR-V.
Mercado – Com vendas acima dos
carros novos, segmento dos usados tentará entender o momento, projetar o
futuro, aproveitar a onda no 3º. Congresso Nacional de Seminovos, 3 a 5 de
dezembro, litoral baiano.
Dúvidas quanto ao futuro e
elevação dos preços dos novos pela restauração do IPI pleno devem turbinar o
mercado dos usados.
Belém
– Importadora Chevrolet, em Belém, Pa, reforçou equipe de vendas, estoque de
veículos, e financia alguns modelos por taxa zero em até 36x.
Gosto – PPG, fábrica de tintas, indica mudança em
preferências por cores na América do Sul. Branco agora lidera; preto caiu a
terceiro lugar; prata é segundo. Por formas: prata domina em hatches; SUV e SAV, o branco. 2015, cores naturais, cobre, laranja e marrom, metálicos
bronze, chumbo e ouro rosé.
Triciclo – Em Goiânia a
primeira revenda Motorcar em Goiás. Monta triciclos motorizados em Manaus,
aptos a transportar até 350 kg de carga ou passageiros, de acordo com a
configuração. Preços de R$ 13.900 e R$ 14.900.
Ação – Investe São Paulo,
agência paulista fomentadora de negócios, atraiu fábrica de trens e material
rodante da Hyundai para Araraquara. Investimento de R$ 100 milhões, 300
empregos. Inauguração em 2016, e pré vendas de 240 carros para a Cia Paulista
de Trens Metropolitanos e 112 para Metrô Bahia.
No ar – Gol terá voo direto de Brasília a Buenos Aires, demanda
antiga dos brasilienses, condenados a grandes esperas de conexão. A partir de
março, quando Capital passa a ser hub,
um dos pontos de distribuição de voos.
No chão – Aerolineas Argentinas avisa ter montado frota com 15 ônibus O km
para ligar Aeroporto de Aeroparque a cinco pontos em Buenos Aires. Gracioso aos
membros de seu programa de milhagem.
Dia – Santo Elígio, ou Elloy,
ou Elói, padroeiro dos ourives e dos mecânicos, comemorado no 1 de dezembro.
Fazer mecânica limpa é ourivesaria.
Cizânia – Coluna
passada informou protesto de funcionários contra a GM por pedir prédio onde
funciona a associação desportiva da marca. Empresa diz ter feito parceria com o
SESI para atividades sócio esportivas recreativas dos funcionários e
familiares. Sem prejuízo neste setor venderá o valioso terreno.
Mais – Coluna iniciou ser veiculada no sítio BestCars, uma das referências nacionais em qualidade auditada de
informações. Também, em Automóveis &
Caminhões, do polêmico editor Raymar Bentes, Belém, Pa. Com tais adições,
em mídia impressa e on line, atingiu
pico de 9.938.300 leitores - responsáveis pelo surpreendente número.
Museu – Jorge Cisne, hoteleiro em Salvador, Ba, e ativo
resgatador do antigomobilismo em seu estado, implantará museu temático. Será no
futuro autódromo em São Francisco do Conde, a 60 km da capital baiana. Passo
importante, cria atrativo turístico e qualifica o antigomobilismo na Bahia.
Gente – Fábio
Fossen, brasileiro engenheiro mecânico, mestre em Administração, diretor da
Coca-Cola, mudança. OOOO Novo presidente da Bridgestone de pneus. OOOO Outras, na área: Paolo Ferrari, ex CEO na
matriz para a região Nafta, novo número 1 para América Latina. Gianfranco Sgro,
ex CEO, muda-se para a Suiça, membro do board da K+N de logística. OOOO Ronaldo
Znidarsis, novo VP de vendas e marketing da Nissan Brasil. OOOO Cadeira
incômoda, não esquenta. OOOO Paulista,
carreira no exterior, deixou a GM alemã pela área comercial da VW Brasil há
quatro meses. OOOO Emerson Fittipaldi, quase
69, bi campeão em Fórmula 1 e das 500 Milhas de Indianápolis, retorno e sonho.
OOOO Competirá nas Le Mans 6h de São
Paulo, prova do mundial da categoria, em Ferrari F458 Italia GTE. OOOO Fittipaldi, por condições diversas
nunca viabilizou o convite do comendador Ferrari para conduzir carro da marca. OOOO Pedro Piquet, 16, campeão brasileiro de Fórmula 3 por antecipação. Tem
dos melhores recordes de atuação: venceu 11 das 16 provas disputadas e foi o
principal nome da categoria neste ano. OOOO