Coluna
5014 - 12.Dezembro.2014 edita@rnasser.com.br
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Revisto, melhorado, o Citroën C4 Lounge
Ano de crise no mercado, 2014 deixa marcas na Citroën.
Primeira, a queda de vendas de 14%; após, uma freada de arrumação em busca do
equilíbrio entre produção, vendas e lucros. Francesco Abbruzzezi, diretor geral
da marca no Brasil, sintetiza a postura: o
que interessa é o lucro da fábrica e do revendedor. Para faze-lo,
automóveis com prazer de conduzir, ênfase na luxuosa e futurista linha DS,
interação com marcas de moda para desenvolver componentes ou versões, e
sinergia com a rede de revendedores, freando arroubos criativos e onerosos.
No momento o melhor retrato da Citroën nos próximos anos é o
do agora apresentado C4 Lounge THP Flex. É sedã confortável em uso, espaçoso,
aclamado e reconhecido pelo mercado, rolar muito agradável, vendendo médias 850
unidades/mês. Contando com opção do bom motor desenvolvido entre a PSA – holding de Peugeot e Citroën -, e BMW:
1,6 litro, 4 cilindros, 16 válvulas, injeção direta e turbo compressor. Fazia,
então, 163 cv consumindo gasálcool, passou por evolução a flex. Citroën gastou
muito com mudança de componentes, incluindo o cabeçote, ganhando tratamento e
metais para resistir à devastadora acidez do álcool. Para melhor resultado
econômico, baixou a taxa de compressão de 10,5 a 10,2:1, mesmo assim a potência
se elevou a 173 cv com álcool, e 165 cv com gasálcool – 1 cv relativamente à
versão anterior. Em torque, aproximados 24 m.kgf num platô indo das 1.400 às
4.000 rpm. Faixa de potência a 6.000 rpm.
Em avaliações por 600 mil quilômetros percebeu a necessidade
de incrementar a lubrificação dos mancais do turbo – o álcool na gasolina
degrada o óleo lubrificante, comum a motor e turbo. Recalibrou o mapa de
injeção, as reações ao acelerador para melhor adequá-lo ao país de orografia
variada, asfalto áspero, e aplicou nova bomba de combustível pilotada, com
pressão de 200 Bar. A inovação, da Bosch, varia a pressão de acordo com a
demanda do motorista. Resultado, menos consumo e emissões.
O conjunto testava nova transmissão automática da nipônica
Aisin, mais leve, com passagens mais rápidas para as 6 marchas. Pelos
resultados a Citroën alongou a relação final em 11%, favorecendo a redução de
consumo, sem reduzir capacidade dinâmica. Utilizando gasálcool ficou 7,5% mais
econômica em relação à geração anterior. Dentro da postura mercadológica de ser
carro para dar prazer de condução, aplicou o sistema ESP – um corretor
eletrônico para derrapagens -, nas duas versões Tendance e Exclusive.
Do resultado, além do pioneiro rótulo de primeiro dentre os
sedãs médios com injeção direta, turbo, flex.
As mudanças – ou evolução do meio ciclo -, dão-se pela
surpresa contada pelo mercado. Antes projetada para representar 30% das vendas,
o motor turbo fez dobrar o percentual. Agora, com 60% demandando tal propulsor,
aviou-se a melhorar o conjunto. Acredita o executivo maior, vendas
evoluirão das 850 unidades mensais para volume entre 1.000 e 1.200.
As duas versões tem preço em R$ 78.790 e R$ 85.490. Afim ?
Compre a Exclusive. Pacote completo inclui teto e câmera de ré.
Garantia de três anos. Custos
de revisão pré estabelecido.
Roda-a-Roda
Descentralização
– Bernd
Osterloh, líder do conselho de trabalhadores da Volkswagen alemã, defende a
descentralização do comando da marca, com maior poder aos gestores regionais.
Argumenta pelo ânimo de superar a Toyota e tornar-se líder mundial, e prejuízos
da marca nos EUA e Brasil.
Autonomia – Tomara dê
certo. Sussurros na filial brasileira dizem com clareza, os problemas da marca,
como queda de vendas e participação no mercado estão na fórmula alemã de
controle. A parte comercial local, por exemplo, é montada com escolhas de
gentes e planos realizada na matriz alemã.
Síntese – O líder dos
metalúrgicos criou bandeira para sua proposta: Centralize o
necessário, descentralize o possível.
Especial
– Peugeot
faz série especial do 308 usando denominação de seu usual agrado, Quicksilver.
Apenas 600 unidades. Caminho destas intervenções é agregar acessórios e vender
o conjunto por preço atrativo. No caso, R$ 63.190.
Do
Peru – Para
fomentar vendas Ford assumiu a representação oficial da marca no vizinho país.
Por identidade cultural condução faz-se pelo presidente da Ford Argentina
Enrique Alemany, também condutor de negócio Ford no Chile. Alemany se reporta
ao presidente da empresa no Brasil.
Conceito – Referência da
política de Globalização Tecnológica assumida mundialmente pela Volkswagen e
privilegiando o Brasil, Golf mexicano em 7ª série, recebeu o pico de cinco
estrelas em proteção de adultos e crianças em testes de segurança pela agência
LatinNCAP.
Aqui - Premiação
entregue ao dr Egon Fleischer, Vice Presidente de Desenvolvimento do Produto da
VW Brasil. Ato indica, Golf 7 a ser feito no Brasil terá idênticas
características.
Futuro – Apesar das
perdas superando US$ 1B no mercado latino americano, Ford diz terá oito
novidades industriais em 2015. Seu presidente, inglês Steven Armstrong prevê
dificuldades no primeiro semestre, tentará recuperação no segundo, fechará o
ano como 2014, em torno de 3,260 mil unidades vendidas.
E ? – Versões atualizadas do
picape Ranger – já mostrado pela Coluna -
, EcoSport, Focus, mudança tópica em Fiesta, Edge, mostrado ao início do
ano em Detroit e de apresentação delongada e, crê-se, o Mustang. E duas em
caminhões pequenos.
Na
mesma –
Francesco Abbruzzezi, número 1 da Citroën, é prático prevendo apenas em 2016
vendas iguais às de 2013. Crescimento apenas em 2017. Três anos perdidos.
Situação – As abrasões
entre a GM e o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, SP,
influenciando a produção, sempre foco de dúvidas quanto ao futuro, gerou
consequências. Investimentos para novo sedã médio foram desviados para a
Argentina. Brasil será importador.
Phoenix –
Nome da lenda grega do renascimento tem a mesma lógica da denominação das
operações da Polícia Federal. No caso é renascer da GM na Argentina, desde sua
volta ao país vizinho.
Cruze
2 – Ação ultrapassa o dividir produção com o
Brasil, como o faz agora, mas ter produto exclusivo e, mais, produzir
atualizada família de motores: bloco em alumínio, 4 cilindros, 16 válvulas,
injeção direta e turbo. 1,4 litro e 150 cv.
E
? – Transmissão de sete velocidades à frente,
automática. Não será feita na Argentina e, no Brasil, teve criado espaço
industrial na fábrica da marca em Joinville, SC, mas era projeto grande, para
mercados regional e europeu. Este, maior cliente, em crise, fez o presidente da
GM avocar e detê-lo.
DNA –
Novo Cruze, como o atual, tem o DNA coreano de estilo, herdado à Daewoo,
comprada pela GM para ter pé na Ásia. No mercado Outubro 2015.
Híbridos –
Ford vendeu o milésimo Fusion Hybrid e por suas contas, do total detém 84%.
Entrega 60 unidades/mês em principal por custar R$135 mil, sete mil sobre
versão a gasolina. Consumidor mudou. Antes pessoas jurídicas, hoje 80% são de
particulares preocupados com ecologia e contas. Diz, diferença de custo se paga
em dois anos de uso.
Bilhão –
As 147 mil unidades vendidas do Nissan Leaf atingiram 1 bilhão de km rodados,
de acordo com o Carwings, sistema registrando as unidades vendidas. Fossem a
gasolina teriam despejado na atmosfera 180 mil toneladas de CO2.
Zero –
LatinNCAP, instituto de avaliação de segurança, submeteu o uruguaio Lifan 320 –
já vendido no Brasil -, a teste de impacto. Resultado devastador: Nota Zero. É
um esquife sobre quatro rodas. Que fará o
governo federal sobre isto ? O Brasil não testa os carros antes de seu
lançamento ao mercado. Lançou, está lançado, e se tiver problemas é com o INSS
para pagar consertos pessoais, absenteísmo ao trabalho ou auxílio funeral, e o
consumidor.
Pega –
Encolhimento do mercado doméstico brasileiro em imaginados 8% em 2014 mostra
perdas e ganhos. Fiat mantém a liderança, e briga maior é para fugir do 3º.
lugar. Por enquanto GM vende 5 mil unidades a mais em relação à VW. Na prática
1% de diferença.
Valor –
Se Volkswagen ficar com terceira posição, despropositada ante investimentos,
lançamento do up!, atualização de motores, mudanças nas fábricas, resultado
pode alterar seu processo comercial. Hoje tal área no Brasil é coordenada pela
matriz, com pensar alemão, a latere do
presidente local.
Fica
- Bernd Osterloh, acima citado, defendeu em público
renovação do contrato de Martin Winterkorn, o no. 1 da empresa. Para ele o
melhor dirigente da indústria automobilística não pode ir para casa aos 69
anos. O contrato vencerá em 2016. Propõe fique até 2019, fim do ciclo de
investimentos no exterior, produtos e tecnologia.
Mercado –
Em caminhões disputa maior está entre MAN, líder e liderando por 600 unidades,
e Mercedes-Benz, querendo recuperar negócios. MAN caiu 12% em vendas e Mercedes
a metade, sinal de crescimento. Diferença é 2%.
Receio –
Queda de vendas, de perspectivas, negociação com colaboradores ociosos para não
despedi-los, e demora do governo com as regras do Finame PSI 2015, do BNDES,
maior ferramenta de vendas, atemorizam setor.
Freios – Para tentar
reduzir acidentalidade com motos e ante iniciativa aplicada aos demais
veículos, Conselho Nacional de Trânsito tornou obrigatório o uso de freios ABS,
anti travamento, e CBS, harmonizando frenagem nas duas rodas. Em 2016, 10%. Até
2019, toda a frota.
Bardahl – Marca,
sobrenome de Ole, seu criador em 1939, comemora 60 anos no Brasil, representada
pelos Nunes Galvão – Antônio e filhos Evânio e Mário. Pioneira no aditivar
gasolina e óleo lubrificante, no automobilismo apoiou a pioneira Mil Milhas
Brasileiras, e início da carreira de
Emerson Fittipaldi.
Volta – Participação
na Fórmula 1 e categorias de base na França fizeram a Renault Brasil voltar às
corridas com Fluence no Campeonato Brasileiro de Marcas. Há 50 anos a marca era
usina de tecnologia de preparação, colhedora de vitórias, forno dos pilotos
criando a base de presença brasileira no exterior.
Evolução – O Brasileiro
de Marcas, coisa promocional, para automóveis não gera desenvolvimento de
motores 2.0, padronizados, fornecidos pelo mago argentino Oreste Berta. As fabricantes
de automóveis no Brasil deram o empuxo do nosso automobilismo organizado. Está
na hora de se unir pela volta à competitividade e ao uso das corridas como
laboratório dinâmico.
Igual – Organização de
Fórmula 1 mudou regra de admissão: só após 18 anos e duas temporadas em
fórmula. Cuidados com imagem de utilidade institucional. Em esforço de
sobrevivência, F 1 deve mostrar-se socialmente útil, e o fato de jovem imberbe, sem carteira de
motorista, competir na categoria mais elevada, em caso de acidente geraria
questões agora evitadas.
Antigos – Seis de
fevereiro, durante a imponente Retromobile, em
Paris, leilão Artcurial. No programa, Ferrari 275 GTB/2, de 1966, presente do
diretor Roger Vadim à atriz Jane Fonda. Catálogo em www.artcurial.com
Parece GT Malzoni anabolizado, mas é Ferrari 275 GTB/2 do mesmo 1966.
Estimativa em US$ 3.640M a 4.300M.
Mais - Estadunidense RM Auctions cruzou o oceano e fará leilão na mesma Paris aos 3 e 4 de fevereiro. Um de suas estrelas, Delahaye 135S de 1935, competidor nas 24 de Le Mans 1937, e ex Jean Philip Peugeot, herdeiro da marca. Valor estimado entre 1,2M 1,4M Euros.
Gente – Norbert
Reithofer, alemão, CEO da BMW, promovido. OOOO Presidente do Conselho de Supervisão da empresa. OOOO
Novo titular será Harald Krueger, 49,
atual diretor de produção. OOOO
Prêmios pelos bons resultados do Saveiro
O picape Saveiro da Volkswagen foi laureado com 4 prêmios no
âmbito da imprensa especializada. Largo caminho iniciado em 1983, foi escolhido
como Melhor Picape pelo prêmio
Abiauto, único do setor pela associação formada por jornalistas especializados.
No mesmo nível, foi eleita Picape do Ano
pelo Top Car TV, grupo criado por
editores programas de automóveis. Duas revistas também o escolheram como melhor
no segmento, a cinquentenária Autoesporte
– Picape do Ano 1965 -, e Car and Driver, Melhor Picape no grupo 10
Best.
É reconhecimento aos bons resultados conseguidos pelo picape
pequeno da marca. Apostando no segmento a Volkswagen tem feito desenvolvimento constante e o mais recente foi a criação da versão
cabine dupla, diferenciada por conter espaço para cinco ocupantes. Outro ponto
importante como ganho de melhoria no produto foi a mudança da motorização,
agora o atualizado quatro cilindros, 1.600 cm3, 16 válvulas, 120 cv da família
EA 211. Na prática um crescimento modular do motor de três cilindros
caracterizador do modelo up!.
Além do motor o Saveiro porta freios ABS para estradas de
terra, bloqueio eletrônico do diferencial e o HHC trava para arrancar em
subida.
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