A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores apurou o desempenho
do setor automotivo no mês de janeiro, em comparação com dezembro de 2015.
No levantamento dos emplacamentos, o primeiro mês de 2016
teve queda de 29,67% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões,
ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, no comparativo com
dezembro de 2015. Ao todo, foram comercializadas 260.914 unidades em janeiro,
contra 370.990 no mês anterior. Na comparação com janeiro 2015 (372.993
unidades), o setor apresentou retração de 30,05%.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados,
apresentaram queda de 32,15% em janeiro. Foram emplacadas 149.699 unidades,
contra 220.640 em dezembro de 2015. Se comparado com janeiro do ano passado
(243.882 unidades), o resultado aponta queda de 38,62%.
Para Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave,
alguns fatores influenciaram na queda das vendas de veículos. “Começamos o ano
sem expectativa de crescimento, porém, os resultados de janeiro não devem ser
balizadores para as projeções para 2016, pois este mês é atípico
historicamente, e carrega aspectos negativos por algumas razões que não se
repetem ao longo do ano. Como ocorre tradicionalmente no mês de dezembro, as
promoções atrativas de final de ano se destacaram e os consumidores estavam com
mais disponibilidade de recursos, em função do 13º. Salário, provocando alguma
antecipação de compra.
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Esse aumento de
demanda no final do ano passado refletiu, diretamente, no baixo desempenho das
vendas em janeiro deste ano, que já é um mês mais fraco em função das despesas
extras das famílias, com matrículas e materiais escolares, impostos como IPVA,
entre outros que inibem investimentos. Esse ano, a retração de janeiro se
mostrou ainda mais acentuada na comparação com o mesmo mês de 2015 porque,
naquela época, ainda havia veículos disponíveis com redução do IPI, favorecendo
o mercado”, explicou o presidente da entidade.
Para o empresário, apesar de o ano de 2016 começar com
uma queda importante, as perspectivas apontam para certa acomodação do mercado,
o que fez a Fenabrave estimar, para 2016, projeções que apontam para uma queda
de 5,2% para os emplacamentos de todos os segmentos automotivos somados.
“Faremos as revisões a cada três meses, para que possamos avaliar melhor o
comportamento do mercado e o viés da economia, mas acreditamos que o pior
resultado ocorreu em 2015, e que este ano não deve trazer os mesmos níveis de
queda”, argumenta o presidente da Fenabrave.
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