Estudos apontam que até
2021, a produção mundial anual de motos deve ultrapassar 160 milhões, sendo que
90% serão fabricadas na China, Índia e Sudeste Asiático. Entre os modelos
estarão, predominantemente, lambretas de até 250 cc, visto que essa é a forma
de transporte mais comum em boa parte da Ásia.
A partir
de 2018, o Sistema Antibloqueio de Frenagem (ABS) será equipamento obrigatório
em motocicletas na Índia. De acordo com o relatório apresentado pelo Ministério
dos Transportes Rodoviários e pelo Departamento de Estradas de Rodagem do país,
em 2012 aproximadamente 36 mil pessoas morreram na Índia enquanto conduziam
motos, o que representa cerca de 26% do total de acidentes de trânsito.
Dados de
uma pesquisa conduzida pela Bosch apontam que um em cada três acidentes
envolvendo motos poderia ser evitado com o uso do ABS. O estudo mostra ainda
que um em cada cinco acidentes poderia ter a velocidade de colisão reduzida com
a implementação do sistema, contribuindo para a redução da gravidade das lesões
corporais.
Exatamente
por isso que mais e mais países estão apoiando o uso do ABS em motos. Na União
Europeia, o sistema para motocicletas é obrigatório para todos os novos
projetos desde o início de 2016 e, a partir de 2017, todas as motos com mais de
125 cc deverão estar equipadas com o sistema antibloqueio de frenagem.
Legislação semelhante também será aplicada no Japão, a partir de 2018 e, em
Taiwan, a partir de 2019. O tema também está na agenda política dos EUA e
Austrália.
No
Brasil, a resolução de 2014 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
determina o uso mandatório do ABS nas duas rodas para motos com cilindrada
maior ou igual a 300 cc e, em pelo menos uma das rodas para veículos menores
que 300 cc. e, neste último caso, o fabricante do veículo pode optar ainda pelo
Sistema de Freios Combinados (CBS - Combined Braking System).
A
obrigatoriedade do ABS significa um passo importante no intuito de salvar
vidas, já que o sistema evita que as rodas travem e possibilita que o piloto tenha
maior controle da motocicleta durante a frenagem. Segundo dados do Caderno de
Acidentalidade no Trânsito em Campinas de 2015, da Empresa Municipal de
Desenvolvimento de Campinas (Emdec), a motocicleta possui influência em quase
metade dos acidentes fatais no município, estando envolvida em 43% dos casos,
sendo 33% nos acidentes com vítimas e 10% nos atropelamentos.
Soluções
para diferentes classes de veículos e mercados .Desde
1995, a Bosch fabricou mais de dois milhões de unidades de ABS para
motocicletas. O ABS10 é a mais nova solução da Bosch e que logo estará
disponível no mercado. O novo dispositivo tem dimensões mais compactas e pesa
apenas 450 gramas (cerca de 30% mais leve e 45% menor que a versão anterior, o
ABS9). Essa nova versão do sistema ABS para motocicletas está mais alinhada à
demanda dos mercados emergentes, onde prevalece a presença de motos com até 250
cc, além de ser uma categoria mais sensível ao preço.
Já para
as motocicletas de alto desempenho, cuja demanda é mais forte na Europa, Japão
e América do Norte, a Bosch desenvolveu em 2013 o Controle de Estabilidade de
Moto (MSC), que é um tipo de ESP® para motocicletas. Ao monitorar os parâmetros
da motocicleta, como o ângulo de inclinação, o sistema pode ajustar
instantaneamente suas intervenções eletrônicas de frenagem e aceleração para se
adequar à situação do motociclista. Isso evita que a moto derrape e caia ao
frear em curvas.
Mas os
desenvolvimentos não pararam por aí. Em 2015, a Bosch lançou o primeiro sistema
de assistência para motocicletas do mundo, o Side View Assist. Ao mudar de
faixa, o assistente usa sensores ultrassônicos para verificar o perigo nos dois
lados da moto - áreas de ponto cego do motociclista. É a Bosch levando mais
segurança para todos os modelos de motocicletas e demandas de mercados.
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