quarta-feira, 27 de julho de 2016

Cada vez mais países possuem legislações que tornam obrigatório o ABS para motos

Estudos apontam que até 2021, a produção mundial anual de motos deve ultrapassar 160 milhões, sendo que 90% serão fabricadas na China, Índia e Sudeste Asiático. Entre os modelos estarão, predominantemente, lambretas de até 250 cc, visto que essa é a forma de transporte mais comum em boa parte da Ásia. 

A partir de 2018, o Sistema Antibloqueio de Frenagem (ABS) será equipamento obrigatório em motocicletas na Índia. De acordo com o relatório apresentado pelo Ministério dos Transportes Rodoviários e pelo Departamento de Estradas de Rodagem do país, em 2012 aproximadamente 36 mil pessoas morreram na Índia enquanto conduziam motos, o que representa cerca de 26% do total de acidentes de trânsito. 

Dados de uma pesquisa conduzida pela Bosch apontam que um em cada três acidentes envolvendo motos poderia ser evitado com o uso do ABS. O estudo mostra ainda que um em cada cinco acidentes poderia ter a velocidade de colisão reduzida com a implementação do sistema, contribuindo para a redução da gravidade das lesões corporais. 

Exatamente por isso que mais e mais países estão apoiando o uso do ABS em motos. Na União Europeia, o sistema para motocicletas é obrigatório para todos os novos projetos desde o início de 2016 e, a partir de 2017, todas as motos com mais de 125 cc deverão estar equipadas com o sistema antibloqueio de frenagem. Legislação semelhante também será aplicada no Japão, a partir de 2018 e, em Taiwan, a partir de 2019. O tema também está na agenda política dos EUA e Austrália. 

No Brasil, a resolução de 2014 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina o uso mandatório do ABS nas duas rodas para motos com cilindrada maior ou igual a 300 cc e, em pelo menos uma das rodas para veículos menores que 300 cc. e, neste último caso, o fabricante do veículo pode optar ainda pelo Sistema de Freios Combinados (CBS - Combined Braking System). 

A obrigatoriedade do ABS significa um passo importante no intuito de salvar vidas, já que o sistema evita que as rodas travem e possibilita que o piloto tenha maior controle da motocicleta durante a frenagem. Segundo dados do Caderno de Acidentalidade no Trânsito em Campinas de 2015, da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), a motocicleta possui influência em quase metade dos acidentes fatais no município, estando envolvida em 43% dos casos, sendo 33% nos acidentes com vítimas e 10% nos atropelamentos. 

Soluções para diferentes classes de veículos e mercados .Desde 1995, a Bosch fabricou mais de dois milhões de unidades de ABS para motocicletas. O ABS10 é a mais nova solução da Bosch e que logo estará disponível no mercado. O novo dispositivo tem dimensões mais compactas e pesa apenas 450 gramas (cerca de 30% mais leve e 45% menor que a versão anterior, o ABS9). Essa nova versão do sistema ABS para motocicletas está mais alinhada à demanda dos mercados emergentes, onde prevalece a presença de motos com até 250 cc, além de ser uma categoria mais sensível ao preço. 

Já para as motocicletas de alto desempenho, cuja demanda é mais forte na Europa, Japão e América do Norte, a Bosch desenvolveu em 2013 o Controle de Estabilidade de Moto (MSC), que é um tipo de ESP® para motocicletas. Ao monitorar os parâmetros da motocicleta, como o ângulo de inclinação, o sistema pode ajustar instantaneamente suas intervenções eletrônicas de frenagem e aceleração para se adequar à situação do motociclista. Isso evita que a moto derrape e caia ao frear em curvas. 

Mas os desenvolvimentos não pararam por aí. Em 2015, a Bosch lançou o primeiro sistema de assistência para motocicletas do mundo, o Side View Assist. Ao mudar de faixa, o assistente usa sensores ultrassônicos para verificar o perigo nos dois lados da moto - áreas de ponto cego do motociclista. É a Bosch levando mais segurança para todos os modelos de motocicletas e demandas de mercados. 

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