sábado, 23 de julho de 2016

Sem Quilômetros por Roberto Costa - Ciclovia não é tudo

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Por Roberto Costa
A moda das bicicletas chegou com força total trazendo diversão, saúde e, com seu apelo ecológico, inspirou muitos a troca de veículos automotores por umas boas pedaladas mas, com isto, chegaram alguns problemas e acidentes.
Para dar boas condições aos usuários das “bikes”, as autoridades de muitos municípios criaram milhares de quilômetros de ciclovias procurando oferecer mais prazer e, principalmente, mais segurança, um item por demais deixado de lado.
Tais vias específicas, em tese, deveriam ter estancado os problemas de segurança mas, na prática, a falta de atenção de ciclistas, pedestres, motoristas e motociclistas acabaram por colocar um sinal amarelo nesta prática.
Para o Código Nacional de Trânsito, a bicicleta é um veículo de propulsão humana, não é veículo automotor, mas nem por isto fica sem a obrigação de cumprir os requisitos emanados pela lei, e uma das faltas mais comuns é a utilização das ciclovias na contramão ou do lado contrário ao da mão de trânsito quando as mesmas são inexistentes, assim como trafegar sobre calçadas, passarelas e vias exclusivas para pedestres.
Mas, levando-se em conta que o leitor ciclista cumpre estas normas básicas, chego aos EPIs – Equipamentos de Proteção Individual.
O que vem a ser um EPI?
EPIs são todos os equipamentos obrigatórios ou não que um ciclista deve utilizar em seus translados: capacete, óculos ou viseira, cotoveleiras, joelheiras e roupas apropriadas preferencialmente claras e coloridas. Mas a escolha de tais equipamentos também precisa ser cuidadosa e procurar o selo do INMETRO já é um bom começo. Lembre que a utilização de um capacete de boa qualidade reduz em até 90% a possibilidade de Traumatismo Craniano em caso de queda, e não fica por aí.
Óculos ou viseira evitam que poeira ou qualquer outro corpo estranho penetrem nos olhos evitando desde uma simples perda de tempo, parando para se recuperar do desconforto, até casos extremos de perda da visão. Cotoveleiras e joelheiras precisam estar na medida certa já que apertadas impedem o perfeito funcionamento das articulações, e frouxas facilmente se deslocam ficando sem função.
Usar roupas apropriadas não quer dizer que seja algo desconfortável mas, sim, que cubra a maior parte do corpo protegendo do tempo e evitando muitos arranhões em caso de um tombo que, convenhamos, é algo bem comum entre os ciclistas. Estas roupas devem ser claras e, se possível, refletivas para boa visão dos motoristas especialmente a noite.
O Código de Trânsito também define alguns equipamentos obrigatórios em bicicletas: espelho retrovisor, campainha ou apito, refletores (olhos de gato) dianteiro, traseiro e laterais mas procure fazer a opção por uma luminária elétrica.
Depois da segurança passiva vem a ativa que consiste na forma de conduzir a bike nas vias públicas e nesta hora todo cuidado é pouco principalmente nos cruzamentos onde a maioria dos acidentes acontecem. Sinalizar que vai fazer uma conversão, manobra ou parar na via pública pode evitar choques entre as próprias bikes.
Um incidente comum é a batida na porta de um veículo que acabou de parar causado pela falta de atenção dos dois, ou seja, quem vai desembarcar que não olha o trafego em sua volta e pelo ciclista desatento. Também é necessário atenção extra nas sempre perigosas saídas de garagem.
E se você não é um atleta evite longas distâncias a serem percorridas, pois o cansaço físico é um grande causador de acidentes.

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