Coluna 3016 - 22.07.2016 - edita@rnasser.com.br
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Caro Kicks
Nissan mostrou seu
próximo produto, o Kicks. Segue o rito usual no processo: apresentação à
imprensa, mídia sem custos; pausa para divulgação entre leitores; após,
anúncios pagos e promoções. Até março será importado. Aí, quando iniciar ser
produzido na fábrica de Resende, RJ, será o primeiro Nissan atualizado. March e
Versa, atualmente lá feitos existiam há tempos. Por atualizado projeto inclui
demandas de estilo, habitabilidade, uso de materiais para reduzir peso e
aumento da rigidez estrutural, itens de segurança.
Vendas começam com
o início dos Jogos Olímpicos – a Nissan é patrocinadora. Larga com veículos feitos
no México – e estreando vendas no Brasil. Depois permeia ao mundo.
Lembrando
Foi exibido como
conceito no Salão do Automóvel, S Paulo, 2014 e ali descrito como SAV –
Sport Activity Vehicle. Termo, criado pela BMW, descreve veículos com
habilidades superiores às de um automóvel, cara de pretensa disposição,
entretanto sem tração total. Agora, entretanto, a Nissan mudou, dizendo-o crossover –
misto de automóvel e station wagon. Rodar de automóvel,
dimensionamento para enfrentar os desníveis e defeitos no piso urbano. Nesta
miríade de siglas, fico com o acróstico criado pela Ford para seu projeto Amazon –
o EcoSport. A companhia disse-o LUAV – Light Urban Adventure Vehicle – veículo
leve para aventuras urbanas. É-me mais descritivo.
Entre um termo e
outro, mesclando morfologias, a Nissan se apresenta como criadora dos Crossover,
assim tipificando Qashaqui, Muraro, X-Trail e Juke. O Kicks será o primeiro
degrau nesta escala.
Por alto
Marca se assina
por um V frontal. Coisa inexplicável – adquirentes do March pintam-no de preto
e o carro melhora ... Mais, tenta criar caminho próprio e particulizador num
tempo de imposição pelos computadores de soluções ideais a todos os
fabricantes, daí a similitude de linhas e a falta de personalidade de marcas. O
Kicks consegue se diferenciar, com soluções mais rebuscadas ante um dos
queridinhos do mercado e concorrente Honda HR-V, em especial pelo teto
flutuante criada pelos vidros de grande área. Produto foi tratado como bloco
único, daí ligações visuais entre elementos da frente à traseira e o realce
pelas rodas em liga leve, aro 17” e para choques pintados em preto fosco.
Mais atual dos
produtos à venda no Brasil, além do estilo marcante, porta câmera 360 graus e
Detector de Objetos em movimento, por quatro câmeras integradas. O interior
tentativamente funcional e terminação em alto padrão intenta oferecer o melhor
espaço da categoria, apesar da linha descendente do teto, lembrando o Land
Rover Evoque, e a pretensão de sugerir a performance de um cupê. Painel
evidencia tela colorida com 18 cm ao centro.
Dinamicamente
utiliza o conceito de Mobilidade Inteligente, recursos de engenharia,
manufatura e tecnologia focando equilíbrio entre performance e consumo, em
paralelo aumento de segurança. Na prática, menor peso, aerodinâmica, motor
moderno, 1,6 litro, 114 cv – embora em fim de vida e com substituição
programada -, transmissão CVT eletrônica. Agrega adjutórios como o Controle
Dinâmico de Chassis; de Curvas; de Freio Motor, influindo na suspensão, freios
e estabilidade. Estabilizador Ativo da Carroceria. O foco é proteger quem forma
o conteúdo e dar boas sensações ao dirigir. Pacote moderno e atualmente único
no segmento no Brasil.
Operacionalmente
tem 200 mm de altura livre do solo – idêntica à da Kombi -, e capacidade de
transposição de trechos alagados em 45 cm – parece, na fase de adequação ao
país mediram algumas pequenas enchentes urbanas.
Em resumo
Atrevido em
linhas, marcante, espaço interno bem administrado, bom tamanho urbano – 4,30m,
econômico, nível A pelo Inmetro. Ótimo conteúdo de tecnologia e segurança.
Tem peso politico
na Nissan – é produzido no México, mas de início apenas vendido no Brasil.
Decisão impositiva mostra, a ordem de Carlos Ghosn, presidente mundial de
Nissan-Mitsubishi-Renault para a Nissan ter com 5% do mercado é para valer.
Hoje mal cisca em 3%. Daí a solução tipo barriga-de-aluguel com o México. Visa
disputar com Honda HR-V e Jeep Renegade, líderes, vendendo em torno de
respectivos 6 mil e 5 mil unidades mensais. Nissan disse poder dispor de 3 mil exemplares
ao mês, volume pouco superior ao obtido por Ford EcoSport e Renault Duster.
Inicialmente
versão SL, topo de linha, a R$ 90 mil. Cara. Concorrente assemelhado, o HR-V,
como todos os Honda com preço inexplicavelmente elevado, tem dimensões assemelhadas,
câmbio para quem não gosta de dirigir, o sistema CVT de polias deslizantes,
porém motor maior, 1,8 e 140 cv.
O City da Toyota
Fabricante
japonesa administra os passos industriais para lançar, em dois anos, modelo
intermediário entre o Etios sedã e o Corolla. Quer ocupar o espaço, como faz a
Honda com o City, entre o Fit e o Civic. Sem nome definido, pode seguir
tendência da marca em aproveitar denominação de outro produto, como faz no
Brasil chamando Altis a versão de pico do Corolla. Lá fora é outro automóvel.
Nesta lógica o produto pode se chamar Yaris.
Produto será
baseado na plataforma do Etios sedan, adequada para receber carroceria mais
comprida e mais larga, e empregará a arquitetura mecânica liderada por motor 4
cilindros, 1,5, 16V e 103 cv.
Produto
assemelhado é o Vios, inspirador de linhas.
Roda-a-Roda
Piração ? - Atualmente os dois automóveis
mais potentes em produção nos EUA são o Charger e o Challenger Hellcat, com
briosos 707 hp – 717 cv – sobre plataforma já antiga, exigindo muita
engenharia para torná-los dirigíveis.
Mais - Notícia
mais recente, próxima geração terá plataforma do Alfa Giulia, recém
desenvolvida e com tração traseira, motor V6, 3,0 e 512 cv. A FCA quer
internacionalizá-la. Pela qualidade dinâmica novos Dodge terão potência elevada
– uns dizem 750 hp – 760 cv -, outros 777. E tração total.
Negócio – Ferrari
anunciou a acionistas bons números de atividade paralela, parques temáticos.
Tem operação em Maranello e Abu-Dhabi; constrói em Barcelona; fez sociedade
para implantar na China. Será negócio de franchise.
Caminho – Na
trilha para atender às imposições legais de redução de consumo e emissões,
fabricantes usam metais mais leves, ligas, e a Ford lidera caminho ao aplicar
alumínio militar em seu produto mais vendido, o picape F150.
Mais – Jeep
prepara nova geração do Wrangler com mesma fórmula, e GM adotará processo no
seu topo de linha, o Cadillac CT6, seu primeiro a mesclar materiais. Será
produzido nos EUA e na China. Plataforma com quase 2/3 em alumínio reduz peso
em 100 kg. Fornecedor é canadense Novellis, líder mundial em laminação e
reciclagem de alumínio.
Alemão – Audi
R8 Spyder V10 teve pré venda iniciada na Europa e aqui chegará até o final do
ano. 5,2 litros, atmosférico, faz 540 cv e 55 m.kgf de torque. Acelera aos 100
km/h em 3,6s e atinge acima de 310 km/h.
Especial -
Construção quase artesanal, plataforma mescla alumínio, e plástico reforçado
com fibra de carbono; câmbio S-Tronic de duas embreagens, 7 marchas, tração nas
4 rodas. Tens R$ 1 milhão ? É o preço projetado.
Motores –
Expansão de mercado a veículos de grife, performance e preço induziu Porsche
aplicar US$ 88M em nova fábrica de motores em Zuffenhausen, Alemanha. Apta a
200 unidades/dia faz V8 4,0, twin turbo, 550 hp. Também 4,0 diesel, 422 cv,
para si e para o Audi SQ7.
Situação –
Dentro da atual quadra econômica de contração de mercado, solução para chamar
atenções do consumidor é fazer séries especiais – veículos com agregações de
equipamentos e acessórios. Da Hyundai, Ocean nos HB 20.
O que – Em
6.000 unidades, câmera de ré; grade frontal lembrando os Lexus; rodas
diamantadas, bancos em couro. Trato vale para Hatch 1,0 e 1,6,
e sedã 1,6. De quase R$ 50 mil a quase R$ 65 mil. Hyundai é marca coreana, mas
produtos parecem japoneses da marca Takaro...
Prêmio –
Desenho do picape Toro mereceu premiação internacional pelo Red Dot
Design Award, um dos mais abrangentes e referenciais na especialidade.
Recebeu-o pela equipe Peter Fassbender, diretor de design da
FCA América Latina. Conformação estética, grupo óptico frontal, parecença com
automóveis e porta traseira bi partida calçaram as diferenciações para a
láurea.
Recorde –
Paganani Logística empresa goiana com 16 caminhões de potência acima de 350 cv
adotou filtros Fleetgard/Cummins. Surpreendeu-se obtendo 80 mil km de vida útil
ante previsão do fabricante de máximos 60 mil km. Período esticado não é
desídia confortável. Indicação de saturação por visor.
Atrás –
O Pebble Beach Concours d’Élegance, visto como pico dos eventos de
automóveis antigos, ampliou agenda: terá encontro, palestras e debates com
pilotos famosos. No caso, os condutores dos míticos Ford GT 40.
Agenda – PB se
ampliou nos últimos anos, incluindo pequeno salão de automóveis; test-drives com
lançamentos; feira de automobilia. Mas a presença dos pilotos parece inspirada
no feito há tempos pelo Amelia Island Concours d’Élegance, seu
concorrente na Flórida.
Oportunidade –
À venda espólio do colecionador Célio Ciari, médico em Jundiaí, SP, pioneiro no
reunir Brasincas e Uirapurus. Dos raros brasileiros produzidos em circa sete
dezenas, há versões conversível e SS. Ocasião única. Brasinca/Uirapuru, junto
com os Willys Executivo, são formalmente os únicos Clássicos Brasileiros. O
resto é papo. Thiago, 019.999.661.696, zap.
Gente – Oswaldo
Barros, 82, alfista, passou. OOOO Ícone e referência da em
Alfa Romeo, dedicado exclusivamente há décadas, conhecia a teoria da prática.
OOOO Assistia, preparava, competia, auxiliava com conhecimento
enciclopédico em motores 2000/2150/2300. OOOO Por tudo, grande perda. OOOO Lyle
Wallers, 51, novo presidente Ford America do Sul. OOOO Financista, vem para botar ordem e drenar e
prejuízo de US$ 3M/dia. OOOO Steven Armstrong, que passou três anos na
função, sem se integrar ao país, transferido. OOOO Em dezembro Coluna 4915 antecipou troca.
O mítico Jeep faz
75 anos
Dia 14 marcou o
início da carreira de um dos mais míticos veículos do mundo, o Jeep. Em 1941, a
Willys-Overland recebeu o primeiro pedido do governo dos EUA para produzi-lo,
preparando-se para entrar na II Guerra Mundial.
Produto ímpar,
projeto de Karl Probst, projetista contratado pela Bantam, pequena fábrica,
então fechada, filial de marca inglesa, em apenas 18 horas. Olhou o que havia
no mercado, pensou em modificações, reuniu componentes. Segundo passo,
construiu-o do zero ao produto final em 44 dias! No capítulo, o governo dos EUA
preocupou-se com a encomenda à Bantam, então fechada, única a cumprir o edital
do Exército, abriu excepcionalidade à Willys e à Ford. Ao final, depurando o
projeto, valeu o Willys MB, dividido com a Ford, o GPW. Dentre 637.000 Jeeps,
Bantam BRC construiu imaginadas 2.000 unidades.
Outros marcos
Jeep criou o
primeiro utilitário esportivo, a Rural; idem para o primeiro picape maleável
com tração nas 4 rodas. Historicamente veículo definiu o surgimento das
indústrias automobilísticas no Brasil e na Argentina; e pai e mãe de
assemelhados mundo a fora. Do francês Hotchkiss ao indiano Mahindra e ao
japonês Mitsubishi. Integra o acervo do MoMA, museu de arte moderna em Nova
Iorque como exemplo de desenho limpo e funcional.
FCA, Fiat Chrysler
Automobiles, atual dona da marca, homenageia a data produzindo unidade do seu
produto Wrangler, tentando identidade ao mítico antecessor, apondo-lhe itens
empregados no uso durante a II Guerra Mundial.
Pintado na cor
Olive Drab, rodas em 16 polegadas com desenho lembrando as originais, pneus
militares, releitura em retrovisores e estofamento, ganchos no para choque em
forma de trilho, emblemas militares. Será utilizado mundialmente para o
aniversário e, após, irá ao Museu do Jeep.
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